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E3: "Destiny" recebe boa injeção de conteúdo com expansão "The Taken King"

Pablo Raphael

Do UOL, em Los Angeles

19/06/2015 19h48

“Destiny" é um jogo em constante desenvolvimento e, quase um ano depois do lançamento, um bocado de atualizações e duas pequenas expansões, o game é bem diferente do que era lá atrás e vai mudar ainda mais quando a expansão “The Taken King” chegar em 15 de setembro deste ano para PS4, Xbox One, PS3 e X360.

“The Taken King” avança a trama do game e promete uma longa campanha que apresenta Oryx, o pai do vilão Crota, da expansão “The Dark Below”. Também traz três novas subclasses e modalidades inéditas para o Crisol, o modo competitivo de “Destiny”. Fecham o pacote novas armas e armaduras, assaltos e a terceira Raide do jogo - tudo ambientado em novos cenários, como a lua marciana Phobos e a imensa nave-fortaleza de Oryx, Dreadnaught.

Mais do que o novo conteúdo (que promete justificar o preço salgado da expansão, US$ 40 nos EUA), “The Taken King” deve corrigir algumas falhas críticas do jogo da Bungie, em especial a narrativa. É a impressão que ficou após UOL Jogos testar a primeira missão da expansão.

A aventura começa com seu guardião indo para Phobos, a lua de Marte com forma de batata (você pode vê-la no céu quando joga em Marte), respondendo a um comunicado de socorro. Lá você encontra uma estação dos Cabal sendo evacuada e, desde o primeiro instante, a história é contada com o que acontece na sua frente e não uma mera locução antes de entrar na fase.

Soldados Cabal morrendo aparecem no seu caminho, estruturas explodem, naves decolam e você vai descobrindo o que rolou aos poucos, conforme avança pela estação. No rádio, é acompanhado pelo comandante Zavala e por Eris Morn, a personagem meio doida de “Dark Below”. A interação entre os NPCs é algo que deu muito certo em “House of Wolves” e é bom ver que a Bungie preservou isso aqui.

Ao entrar nos corredores da estação, você vê inimigos sendo dilacerados e rasgos na realidade se formando. É o exército de Oryx chegando e dali a pouco o guardião dá de cara com o chefão, ou ao menos uma projeção dele. Oryx quer vingança pela morte do filho, Crota, e vai destruir tudo para fazer os guardiões pagarem.

Oryx lidera um exército de criaturas do Cabal e da Colmeia, mas bem diferentes dos que os jogadores estão acostumados. Eles são os Taken e têm uma aparência fantasmagórica, estão possuídos (dai o título do vilão e da expansão, “Taken King”).

Além do visual, os novos inimigos possuem ataques diferentes do que o jogador está acostumado. Os Taken psiônicos, por exemplo, se dividem em dois ao tomar uma certa quantidade de dano. Os cavaleiros arremessam granadas que queimam com chamas fantasmagóricas na área de impacto. Junto com as novas subclasses de personagem, isso resulta em um frescor bem vindo para o jogo.

Oryx, o vilão de "Destiny: Taken King"

  • Divulgação

    Oryx quer vingança pela morte do filho, Crota, e vai destruir tudo para fazer os guardiões pagarem

Novos guardiões

As três subclasses que estrearão em “Taken King” completam o espectro de elementos - solar (Titã), vácuo (Caçador) e arco (Arcano), além de dar mais variedade tática ou simplesmente deixar todas as classes mais legais.

Os caçadores estão entre os personagens favoritos dos jogadores, em parte pelo Super onde o jogador muda para terceira pessoa e golpeia vários inimigos com uma faca energética. Agora, todas as classes tem um Super mais ou menos assim, com o Arcano voando e disparando raios ou (minha favorita) o Titã golpeando os adversários com um martelo flamejante.

As novas classes trazem também habilidades novas que mudam o jeito de jogar, principalmente as diferentes granadas, que causam efeitos bem interessantes no campo de batalha. Como só joguei uma missão (com cada uma das classes, vale notar), não deu para ver os poderes mais avançados.

Injeção de conteúdo

“The Taken King” levará os jogadores para novas paisagens. Em Phobos, onde a aventura começa, o jogo lembra muito mais uma boa fase de “Halo" ou mesmo “Doom”, com suas criaturas de filme de terror e narrativa forte - sempre na linha, “não conte, mostre˜, que fez tanta falta no primeiro ano de “Destiny”.

A missão acaba com a base Cabal em Phobos sendo totalmente evacuada e a revelação de que Oryx entrou no sistema solar. No céu, você vê o caos das naves dos Taken chegando, sua nave vindo te buscar… não é a típica contagem regressiva de alívio no final das missões de “Destiny”. E, segundo a Bungie, isso é só o começo.

O produtor executivo de “Destiny”, Michael Fletcher, explicou ao UOL Jogos que boa parte da nova campanha se passa em uma nave espacial, a Dreadnaught. “Essa nave é gigantesca, é a fortaleza espacial de Oryx”. Não só missões, mas os novos assaltos do game e também a Raide”.

“The Taken King” traz muitas coisas novas e mais do que mudar radicalmente o jogo, busca corrigir o curso de “Destiny”, colocando o ambicioso shooter da Bungie numa direção mais próxima da que os fãs esperavam dele desde o começo.