"Halo" ainda tem muito espaço para crescer no Brasil, dizem fãs da série

Um dos principais lançamentos exclusivos do Xbox One, "Halo 5: Guardians" chegou hoje (27) ao console da Microsoft. Para celebrar a ocasião, foram realizados eventos em diversos cantos do mundo, inclusive aqui no Brasil.

O evento brasileiro rolou na livraria Saraiva do Shopping Morumbi, em São Paulo. Os cerca de 150 fãs que estavam presentes ganharam "papercrafts" de Master Chief e Spartan Locke e puderam comprar o game um pouco antes da meia-noite (para facilitar a vida de quem tinha que ir embora de metrô).

UOL Jogos estava lá e aproveitou para conversar com alguns fãs da série sobre a paixão deles por "Halo" e entender porque a franquia, maior responsável pelo sucesso dos consoles Xbox, não é tão popular por aqui quanto nos EUA.

"Aqui no Brasil não é todo mundo que se identifica com o personagem do Master Chief", explicou Wellington Lima, de 30 anos, que foi um dos primeiros a chegar ao evento. "Comigo a identificação foi na hora, mas isso não acontece com muita gente porque falta conhecimento sobre a série por aqui".

Fã das aventuras de Master Chief, Wellington acredita que "Halo" tem muito espaço para crescer no Brasil. "Com investimento, a série poderia ganhar muito público para ser gigante aqui como é lá fora".

Diego Blonde, de 26 anos, joga "Halo" pelas partidas multiplayer e admite que há poucos brasileiros que curtem o game, mas diz que não liga de jogar contra os norte-americanos. Questionado se o "lag" da conexão não atrapalha suas partidas, Diego foi direto: "Aqui é Brasil, sempre vai rolar lag nas partidas. Mas isso não me impede de acertar  uns 'headshots'".

Amigo de Diego, Edmar Viana, de 26 anos, acreditam que a preferência do público brasileiro pelos consoles PlayStation atrapalha o crescimento da comunidade, já que "Halo" é exclusivo para as plataformas Xbox.

"Acho que o jogador brasileiro prefere o estilo de guerra mais realista e "Halo" é futurista, é ficção-científica. E tem também o pessoal que joga PlayStation desde o PS2 e continua com a Sony, jogam 'Call of Duty' e 'Battlefield'. O foco de 'Halo' é diferente", comentou Edmar, que já havia comprado o game e estava no evento para descolar algum brinde e encontrar os amigos.

Para o colecionador Diego Oliveira, a Microsoft está se esforçando para promover a série "Halo" no Brasil. "Eles estão fazendo eventos como este lançamento e o Halo Bootcamp que rolou alguns meses atrás". "O problema é que eles não alcançam mais fãs por causa do console: aqui no Brasil o Xbox não é tão forte quanto o PlayStation e isso não deixa o 'Halo' decolar no Brasil".

A opinião de Amanda, que tem 19 anos e joga "Halo" desde os 6, é de que faltam ações de marketing para divulgar melhor o game. "Se fala muito de 'FIFA' e 'Call of Duty'. Não tem nada de 'Halo' por aqui. Só com mais ações de marketing para a série decolar no Brasil".

Embora a Microsoft faça um trabalho dedicado para oferecer os jogos da série "Halo" ao público brasileiro devidamente dublado e legendado e esteja investindo em muita propaganda para o lançamento de "Halo 5: Guardians", apostando até em propagandas veiculadas na TV aberta, a maior queixa dos fãs é a falta de ações voltadas para a comunidade, como a realização de campeonatos, por exemplo.

É o que pensa Roberta, de 19 anos e membro do site "Halo Project Brasil", uma comunidade de fãs que traz notícias e novidades sobre a série "Halo" para o público brasileiro.

"Eu acho que 'Halo' definitivamente precisa de mais apoio no Brasil", disse Roberta ao UOL Jogos. "Realizar campeonatos de 'Halo' no Brasil, por exemplo, mobilizaria mais a comunidade e divulgaria o game. Com o Halo World Championship, talvez isso seja possível, o Brasil entrar nesse eixo competitivo".

Dublado em português, "Halo 5: Guardians" está disponível para Xbox One.