Mundo aberto de "Just Cause 3" é convite para diversão explosiva
Em um ano tomado por jogos de mundo aberto, "Just Cause 3" chega para fechar a banca com um ar de diversão descerebrada e sem compromissos. Diferente de "Metal Gear Solid V", "Fallout 4" e "The Witcher 3", o game da Square Enix quer ver o mundo pegar fogo com as explosões mais malucas e divertidas que vimos em 2015.
Com legendas e dublagem em português do Brasil, "Just Cause 3" está disponível para PC (ao preço sugerido de R$ 130) e também PlayStation 4 e Xbox One (pelo valor sugerido de R$ 250) e é um ótimo jogo para você se divertir por fazer atrocidades em nome de um 'bem maior'.
A história serve apenas como pano de fundo para as incontáveis explosões que você vai causar, além de ser algo como uma linha-guia para desafios propostos. Aqui você encontra Rico Rodriguez, que volta à República de Medici para salvar o povo da ditadura opressora.
O país lembra um paraíso latino, com casinhas coloniais e cidades pacatas que tocam discursos gravados do presidente Medici dizendo que "os rebeldes são uma praga que deve ser exterminada". Mas basta Rico colocar os pés na porta da delegacia para o povo gritar de felicidade – mesmo que isso tenha custado a vida de alguns civis.
Esse enredo se desenvolve e tem até algumas cenas de corte divertidas, mas, honestamente, você não quer vê-las já que pouco acrescentam à aventura.
Para quem não conhece a série, Rico é o típico brutamontes dos anos 80 e recria o mesmo espírito de filmes como "Rambo" e "Comando Para Matar" para que o jogador se sinta o cara mais "durão" das redondezas.
Porém ele tem algumas habilidades incríveis que poucos heróis possuem como cair de mais de 1 Km de altura e sair andando como se nada tivesse acontecido, ou melhor, usar o paraquedas a poucos centímetros do chão e ganhar impulso para subir uma montanha.
Os controles do jogo são fáceis de aprender e difíceis de serem domados. Você vai passar algum tempo aprendendo como a planar com sua wingsuit, sequestrar helicópteros ao mesmo tempo em que causa o caos em uma base militar. Por falar em caos, isso é o que Rico faz de melhor. Ele tem à disposição diversas armas, como metralhadoras, lança-foguetes e até carros-bombas, mas seu arsenal mais mortífero é o rapel preso em seu pulso, que o lança pelos ares e pode ser usado como arma contra inimigos, veículos e até prédios.
Usar o gancho em tonéis de gasolina e ligá-los a tanques de guerra causa uma explosão sem precedentes. Em certos momentos você chega a pensar que esse é o melhor sistema de transporte do mundo e que nem mesmo o Homem-Aranha consegue ser tão descolado como Rico é. A sua imaginação é o limite para o caos e é estimulada pelo jogo a cada instante.
O mundo de "Just Cause 3" é enorme e quando você fica curioso para ver o tamanho do mapa, logo se surpreende. São ilhas gigantes, cheias de segredos e missões extras para serem cumpridas. Para dar uma sensação de progresso, você precisa libertar as pequenas cidades para liberar regiões do mapa. Após liberar uma área você ganha acesso a missões extras que garantem melhorias para seus equipamentos – o que ajuda a amplificar o caos que causa.
Claro que existem inúmeros problemas – e muitos deles acabam sendo cômicos - como bugs de colisão, inteligência artificial deficitária e coisas do tipo. Porém o que mais irrita são as missões de campanha que são extremamente repetitivas. A maioria delas se resume em "Vá até local X e destrua tudo". É notável que a Avalanche Studios, que também produziu "Mad Max", tem um sério problema na hora de desenvolver missões de história. Na verdade, as missões paralelas são muito mais variadas do que as missões principais.
Mas dá até um tiquinho de vergonha gostar tanto de "Just Cause 3". Esse jogo não faz nada de melhor que os outros games de mundo aberto desse ano. Talvez seja pelo fato do game não se levar a sério, ou, quem sabe, pela simples temática do jogo que é tão divertido quanto seus "concorrentes" como "Saint's Row" e o modo online de "GTA V".
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