Sem Nintendo no Brasil, fãs esperam e pagam mais para jogar no Wii U e 3DS
Desde que a Nintendo abandonou o mercado nacional, ser um fã brasileiro da Nintendo tem ficado cada vez mais difícil. É o que afirma o analista de sistemas Thales Riolo, 25, que admite pagar R$ 100 por bonecos Nintendo que lá fora são vendidos por US$ 13.
"A alta do dólar não ajuda, mas ao menos quando a Nintendo tinha representatividade no Brasil, dava para encontrar os produtos nas lojas e com preços tabelados", desabafa.
Lançamentos recentes da empresa para o Wii U e o 3DS, como "Super Mario Maker", "Xenoblade Chronicles X" e "The Legend of Zelda: Tri Force Heroes", não são mais vendidos em grandes redes varejistas, como Saraiva e Fnac.
Na época das estreias de games como "Super Mario 3D Land" e "Mario Kart 7", quando a Nintendo atuava no Brasil, a própria Saraiva hospedou eventos de comemoração patrocinados pela empresa.
Segundo Thales, novos jogos de Wii U que antes chegavam às prateleiras custando entre R$ 180 e 200 hoje aparecem apenas nos catálogos de lojas especializadas por quantias acima de R$ 300.
Sem alternativas
Mesmo não estando no Brasil, a Nintendo ainda mantém no ar uma versão do eShop, sua loja virtual, que cobra por cópias digitais de jogos em reais no 3DS.
Donos do Wii U não têm a mesma sorte: aqueles interessados em comprar games como "Mario Kart 8" ou "Super Smash Bros. for Wii U" no eShop precisam apelar para a versão canadense da loja, que permite o uso de cartões de crédito internacionais emitidos no Brasil. Não há uma loja brasileira no sistema.
Sofrem ainda mais aqueles que colecionam cópias físicas dos jogos. "Tenho todos os 'Mario' e 'Zelda' nas caixinhas originais até hoje", explica Adriana Garoto, 31. "Para compras os jogos de Wii U, tenho que importar por conta própria. Na média, demora um mês e meio para que o pacote chegue aqui em casa. É muito estressante".
Enquanto prepara-se para lançar uma nova plataforma e mais bonecos de sua bem-sucedida linha de amiibos, a Nintendo não dá pistas de ter planos para voltar ao Brasil. Em 2014, a empresa mencionou a possibilidade de criar um console específico para mercados em desenvolvimento como o nosso, mas desde então recusou-se a comentar o assunto novamente.
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