Com série de games, desenvolvedor brasileiro é mais popular fora do país

Apesar de já ter quatro jogos lançados e fama estabelecida entre desenvolvedores indie, o brasileiro Guilherme "rdein" Martins goza de mais visibilidade no exterior do que em sua terra natal. "Tenho mais reconhecimento lá fora", diz o jovem de 24 anos, que prefere até usar o inglês nas redes sociais.

'Indie' como poucos, Guilherme sequer tem um estúdio no Brasil. Ao invés disso, ele trabalha como parte de um coletivo chamado Bombservice.

Para criar "Momodora: Reverie Under the Moonlight", lançado nesta sexta-feira (4) para PC através do Steam, Guilherme aliou-se a outros desenvolvedores de países como Holanda e Canadá. Durante a produção do game, eles comunicavam-se pela internet.

"[O desenvolvimento remoto] é uma experiência bem legal", conta. "Pela internet você consegue encontrar pessoas com gostos e interesses similares aos seus - o que possibilita projetos que não aconteceriam de outra forma".

"Momodora" tem suporte a inglês, francês, espanhol e japonês - mas não ao português. Guilherme aposta suas fichas no mercado internacional.

"Nosso melhor trabalho"

O quarto game da série "Momodora", "Revierie Under the Moonlight" se passa antes de seus predecessores. A história acompanha uma sacerdotiza chamada Kaho, que tenta extinguir o mal de um mundo corrompido.

A mistura entre plataforma e elementos de ação e RPG aparenta simples, mas é, na realidade, muito complexa. Jogadores são capazes de desviar de ataques, combinar magias e itens em suas investidas, e até conectar golpes físicos para criar combos.

"Nosso norte é sempre lançar jogos melhores que os anteriores", garante Guilherme. "Esse novo 'Momodora' é nosso melhor trabalho e, na minha opinião, o melhor da série".

O game custa R$ 20 no Steam. Por R$ 4 a mais, fãs ganham uma cópia digital da trilha sonora oficial.

Para o futuro, Guilherme promete "algo maior e mais grandioso que 'Momodora IV'". "Mas ainda é segredo", brinca.