Após tradução para português, "Punch Club" vê pirataria disparar no Brasil
Um dos desejos mais frequentes dos jogadores brasileiros é a localização dos games lançados por aqui, ou seja, que eles contem com ao menos menus e legendas em português. A prática é cada vez mais comum e, hoje, é bastante raro que um jogo chegue ao país sem que ao menos sua parte textual esteja em nosso idioma.
Expandir a abrangência e gerar interesse sobre o game foi a ideia dos produtores da Tiny Build, empresa por trás de "Punch Club", um game para celulares e PC no qual o jogador gerencia a carreira de um lutador. Para tal, eles começaram a traduzir o game para diversas línguas.
O resultado disso, porém, não foi um aumento considerável nas vendas, mas, sim, na pirataria: de 1 milhão de usuários, apenas 300 mil jogadores compraram o jogo. E a situação ficou pior após o game ser traduzido para o português, quando o número de cópias ilegais deu um salto considerável em especial no Brasil.
Por aqui, a cada unidade de "Punch Club" comprada no primeiro dia após a versão traduzida ser lançada, mais de 31 cópias ativas foram pirateadas. Ao todo, 11.627 cópias ilegais do game foram ativadas no país no primeiro dia após o nosso idioma passar a ficar disponível, contra 373 adquiridas por vias legais.
A constatação da produtora é que os brasileiros "gostam de piratear games localizados". A situação é diferente da vista na China, por exemplo, onde a pirataria atua independentemente do idioma do game.
A realidade também distinta de outros países, como França e Alemanha, com o jogo alcançando uma boa média de compradores em relação aos que obtiveram o game por meio da pirataria. O comunicado da produtora termina dizendo que vale muito a pena traduzir jogos para países da Europa Ocidental: "Localizar jogos para esses países compensa por ter um índice de pirataria muito baixo".
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