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Eliminados do mundial, brasileiros querem supertime para "World of Tanks"

Equipe brasileira chamou atenção dos times americanos de "World of Tanks" - Rodrigo Lara
Equipe brasileira chamou atenção dos times americanos de "World of Tanks" Imagem: Rodrigo Lara

Rodrigo Lara

Do Gamehall, de Varsóvia*

09/04/2016 14h12

A equipe do Red Canids acabou eliminada da final mundial de “World of Tanks” ontem (8), realizada em Varsóvia, Polônia. O time brasileiro perdeu os dois jogos de sua chave, o primeiro para o forte time europeu – e um dos favoritos ao título – Wombats on Tanks, por 5 a 1, e o segundo para os norte-americanos do SIMP, pelo apertado placar de 5 a 3.

Apesar do resultado desfavorável, a equipe brasileira acredita que a participação no evento foi uma boa experiência para o time. “Só por participar de um evento dessa magnitude já é um aprendizado. Foi importante sentir o carinho de todas as pessoas envolvidas na empreitada e também dos organizadores. Isso acaba nos incentivando a corresponder e nos dá energia extra para melhorar. Aqui, pudemos descobrir nossas fraquezas e mostrar que chegamos ao torneio por merecimento”, afirma Marlon “Mallone” Barbosa, gerente da equipe de World of Tanks do Red Canids.

Bem cotados

Mallone também revelou que a participação do time brasileiro chamou a atenção de outros competidores. “Devido às nossas táticas, conseguimos o respeito dos dois melhores times norte-americanos e fomos convidados para treinar junto com eles”.

Esse convite deverá suprir uma das maiores necessidades da equipe brasileira, segundo Mallone, que é a de ter adversários do mesmo nível para treinar. “Vamos apresentar um projeto para a Red Canids e também nos esforçar para trazermos mais um jogador de alto nível para o time. Outra meta é irmos bem na Liga Gold do game, que dá um prêmio de US$ 10 mil por temporada, e usar esse dinheiro para nos estruturar. A chegada de um servidor nacional também tende a ajudar”, diz.

Uma vez alcançado esse objetivo inicial, Mallone traça planos ousados. “Pelo que vimos da competição, nossa meta é faturar o próximo brasileiro, disputar novamente as finais mundiais e brigar pelo título. Nos parece algo bem possível”, conta.

Mallone conta que, após a derrota, foi procurado por várias equipes brasileiras que manifestaram seu apoio. “Até mesmo nosso maior rival, a INTZ, nos procurou para apoiar e fazer uma análise tática da partida. Isso foi muito bom, mostra que a comunidade brasileira entendeu que, se nos unirmos, todos saem ganhando. Também tivemos a noção de que servimos de exemplo para equipes menores e isso é bem legal”.

Como foi

A primeira partida dos brasileiros na área secundária do Torwar Hall aconteceu contra a forte equipe do Wombats on Tanks. Embalados após uma vitória de 5 a 0 contra os norte-americanos do SIMP, os europeus acabaram se valendo da maior experiência na hora de encarar os brasileiros.

A Red Canids começou a partida perdendo, porém conseguiu equilibrar as ações no segundo jogo, o que surpreendeu o público. Com o 1 a 1 no placar, porém, o Wombats on Tanks passou a dominar a partida e não encontrou dificuldades para derrotar os brasileiros por 5 a 1.

A disputa contra o SIMP, porém, foi diferente. Os brasileiros perderam o primeiro jogo, porém chegaram a virar e marcar um 3 a 2 no placar. A equipe norte-americana, porém, se mostrou mais consistente e acabou empatando virando a partida, que acabou em 5 a 3.

“Acabamos errando na hora de escolher a estratégia. Ainda assim, o jogo foi parelho e tivemos chances de ter vencido. No fim, perdemos para nós mesmos”, lamentou Mallone.

As finais seguem neste sábado (9) e terão cobertura in loco de UOL Jogos.

* O jornalista viajou a convite da Wargaming.net