Por servidor no Brasil, "World of Tanks" depende de "audiência sustentável"
Os fãs brasileiros de "World of Tanks" ainda deverão enfrentar uma de suas maiores dificuldades para jogar o game por mais algum tempo. Mesmo considerando a comunidade de jogadores do game no país como "estratégica", a produtora Wargaming não possui planos concretos para inaugurar um servidor em solo nacional.
A informação veio do executivo Oscar Miranda, chefe da divisão de eSport da Wargaming e responsável pelos mercados norte e sul-americanos. "Um ingrediente fundamental para a criação de um servidor regional dedicado é a existência de uma audiência sustentável. Sem isso, fica difícil para os jogadores encontrarem partidas, algo crítico considerando nossa meta de aumentar ao máximo o tempo durante o qual o game é jogado", disse. o executivo falou de maneira exclusiva com UOL Jogos durante a final mundial de "World of Tanks", realizada nos dias 8 e 9 de abril em Varsóvia, na Polônia.
Miranda salienta que, por ora, a Wargaming planeja ações para aumentar o número de jogadores de "World of Tanks" no país. "O mercado brasileiro tem uma importância crítica para nós. Mesmo não sendo tão populares quanto outros jogos utilizados para a prática de eSport, nós experimentamos crescimento no país e isso nos encoraja".
Ele afirma que uma das principais metas da Wargaming no momento é analisar o mercado brasileiro a fundo e pesquisar meios de aumentar o interesse do público nacional em relação ao game.
A tal da latência
A principal consequência da falta de um servidor dedicado no Brasil é a alta latência, o popular "ping", encontrado pelos jogadores no país. A necessidade de se conectar nos servidores norte-americanos acaba afetando a experiência do jogo. "É algo que impacta muito, especialmente para quem joga de forma profissional", explica Marco Túlio Rocha (25), integrante da equipe Red Canids que representou o Brasil na final mundial.
Basicamente, alta latência significa que haverá um intervalo de tempo maior decorrido entre o jogador dar algum comando e a ação ser efetivamente executada no game. O impacto disso foi sentido pela equipe brasileira durante o torneio mundial. "Não pudemos testar o 'ping' antes do torneio e isso acabou influenciando um pouco nossos resultados", conta Marlon Barbosa (27), gerente da equipe de "World of Tanks" do Red Canids.
Mesmo sem o servidor dedicado, Miranda afirmou que a questão está no radar da Wargaming. "Continuaremos trabalhando em alternativas para tentar diminuir a diferença de latência entre jogadores brasileiros e norte-americanos", disse, porém sem detalhar os planos.
Mundial foi decidido por uma pedra
Enquanto a decisão sobre um servidor no Brasil parece adiada indefinidamente, um verso do poeta brasileiro Carlos Drummond de Andrade poderia definir muito bem o lance que decidiu a última partida do mundial realizado na Polônia. Com vantagem numérica e o título praticamente nas mãos, os russos do Hellraisers, viram uma "pedra no meio do caminho" acabar com as chances de um bicampeonato.
Um dos principais jogadores da equipe russa encontrava-se em posição de vantagem, com um tanque intocado, um companheiro ainda vivo e um adversário praticamente sem energia. Mas, em uma manobra desastrada, acabou ficando com seu veículo preso em uma colina. Fora de ação, ele apenas assistiu o tanque da também equipe russa Na'Vi derrotar seu companheiro.
Com o título, a Na'Vi - que já havia sido campeã em 2014 - levou para casa o prêmio de US$ 150 mil. Em terceiro lugar ficaram os europeus do Wombats on Tanks, equipe que chegou a vencer a Red Canids na primeira fase do torneio.
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