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Para Lewis Hamilton, simulador da Mercedes é tão útil quanto "PlayStation"

Hamilton criticou o simulador da Mercedes, dizendo que a sensação no aparelho é muito diferente da vida real - Clive Mason/Getty Images
Hamilton criticou o simulador da Mercedes, dizendo que a sensação no aparelho é muito diferente da vida real Imagem: Clive Mason/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

21/06/2016 16h51

No último domingo (19), a Fórmula 1 correu pela primeira vez no circuito de Baku, um traçado de rua montado na capital do Arzebaijão. Como de praxe, nessas situações os pilotos utilizam os avançados - e caríssimos - simuladores das equipes.

O uso da experiência virtual, porém, não agradou ao tricampeão Lewis Hamilton. Segundo o piloto - que diz ter dado apenas oito voltas antes do final de semana de corrida - a utilização do equipamento para aprender um traçado é questionável.

"Eu poderia gastar 100 libras em um PlayStation e aprender o mesmo", disse em entrevista coletiva durante o final de semana da corrida.

De acordo com Hamilton, mesmo os recursos avançados do sistema não transmitem a real situação de corrida. "Não há emoção. Você tem que se ajustar ao simulador quando usa ele. Isso não acontece na vida real, você apenas pilota".

Entre os pontos problemáticos listados, estão a falta de sensação de ondulações da pista, as diferentes alturas de zebras e a velocidade em si. Nico Rosberg, companheiro de Hamilton, também criticou o simulador da Mercedes, dizendo que ele estava "estranho" na simulação da pista de Baku.

Os simuladores se tornaram itens obrigatórios para as equipes com a proibição dos testes privados, o que faz com que os pilotos gastem diversas horas nesses testes virtuais. Hamilton, porém, diz que não tem usado muito e que, para ele, o equipamento tem mais serventia para os engenheiros colherem dados. "Eles podem aprender mais sobre o gasto de combustível, como mapear a potência do carro e fazer ajustes aerodinâmicos", concluiu.