"The Banner Saga 2" é game implacável, mas com ritmo arrastado
Inspirado pelas sagas dos heróis viking do passado, "The Banner Saga 2" é a continuação direta do game indie que fez sucesso em 2014, introduzindo um universo de fantasia bem mais sombrio do que as típicas aventuras cheias de elfos, anões e magos de chapéu pontudo.
O game começa logo após os eventos do último capítulo do primeiro e você pode inclusive importar seus personagens da aventura anterior, continuando de onde parou. Isso é ótimo para quem jogou "The Banner Saga", nem tanto para quem não jogou e está começando por aqui - se é o seu caso, você vai demorar muito mais para se envolver com os heróis e a narrativa fantástica da lenda viking. Ou seja, vá jogar o game original!
Com cerca de 10 horas de duração, "The Banner Saga 2" combina batalhas estratégicas em turnos e gerenciamento de recursos com uma trama cheia de elementos fantásticos e uma sensação de que o fim está próximo - porque, ao menos para os heróis da saga viking, está mesmo! O mundo está sendo engolido pela Escuridão e o destino dos personagens parece ser, invariavelmente, a morte.
Qualquer descuido na condução da caravana viking ou escolha errada em uma discussão mais acalorada pode resultar na morte de dezenas de unidades ou no início de uma batalha que você até pode vencer, mas não sem perdas pesadas em seu exército maltrapilho.
O ritmo do jogo é bem arrastado, o que pode incomodar muitos jogadores, principalmente os usuários do PS4 e do Xbox One, acostumados com games mais frenéticos. Tanto as batalhas quanto as viagens (onde é feito boa parte do gerenciamento) são lentas e pausadas.
Complica ainda mais o fato de que os muitos diálogos do jogo são todos em inglês. E entender o que está sendo dito não é importante apenas para a imersão na saga viking, mas também para tomar as decisões corretas. Conversar é parte da mecânica de jogo em "The Banner Saga 2".
Até o fim do mundo
As batalhas de "The Banner Saga 2" seguem o formato do primeiro jogo e acontecem em grandes tabuleiros isométricos, onde cada movimento conta, desde a escolha e posicionamento inicial das unidades até os ataques especiais e uso de poderes mágicos ao longo da partida.
Depois de algum tempo de jogo, você vai começar a criar combinações de guerreiros para cada situação, equipando-os com itens especiais e evoluindo seus poderes para lidar com as batalhas, mas mesmo assim, não serão poucas as vezes em que vai chegar muito perto de perder tudo.
Essa sensação constante de desolação e derrota é uma característica da ambientação e que torna as vitórias em "The Banner Saga 2" mais saborosas. Não é em todo jogo que você sente a ameaça constante dos inimigos mais poderosos, mas aqui, a Escuridão é um exército agressivo e implacável e isso é notado dentro e fora do campo de batalha.
Não é para todos
"The Banner Saga 2" não é um game para todo tipo de jogador. A narrativa densa e contada quase que totalmente em texto (e sem suporte para português) é uma barreira das grandes, mas o ritmo lento do jogo é capaz de afastar uma outra leva de jogadores.
Agora, se você persistir e continuar jogando, vai encontrar situações fantásticas, personagens profundos e partidas que exigem muito raciocínio para serem vencidas. E, vale lembrar, jogue o primeiro "Banner Saga" antes de começar essa jornada.
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