Para diretor de "Uncharted 4", diversidade é tão importante quanto gameplay

Em entrevista com o programa de rádio americano The Frame, um dos diretores de "Uncharted 4: A Thief's End", Neil Druckmann, ressaltou a importância da diversidade de personagens dentro de um jogo, indicando que é um assunto que deveria ser tão importante quanto seus gráficos, jogabilidade e narrativa.

"Tenho falado disso cada vez mais com o resto da equipe", disse Druckmann. "Quando você faz um jogo, há estes diferentes pilares para equilibrar. É Gráfico, é jogabilidade, é história, e tentar não fazer um deles se sobrepor a outro. Você está tentando manter tudo isso na sua mente, e ficar tipo, 'como tudo isso funciona ao mesmo tempo?'".

"Recentemente, compreendi que há outro pilar, o de diversidade", continuou. "Isso é tão importante quanto qualquer outro daqueles pilares. Eu meio que encorajei pessoas no time que fizeram disso sua prioridade".

Druckmann citou como exemplo a artista de conceitos para personagem, Ashley Swidowski, que durante o processo de criação fez perguntas como "Este pode ser uma pessoa de cor?" ou "Ela pode ser uma mulher?"

"Me vejo como uma pessoa progressiva, mas meu normal é um homem branco, hétero e cristão", explicou o diretor. "O que é interessante porque sou judeu, mas esta é a norma para mim, no momento. É um desafio e requer energia para desviar disso. Por isso é importante encorajar pessoas na equipe que se apoiem neste pilar".

Em "Uncharted 4", uma das principais vilãs é Nadine Ross, uma sul-africana negra - embora interpretada (tanto em captura de movimento quanto na dublagem) pela americana Laura Bailey, na versão original.

"Uncharted 4: A Thief's End" é exclusivo para PlayStation 4.