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Jogamos: "Resident Evil 7" quer revolucionar como fez "Resident Evil 4"

Marguerite Baker persegue a jovem Mia na mais nova demo de "Resident Evil 7" - Divulgação/Capcom
Marguerite Baker persegue a jovem Mia na mais nova demo de "Resident Evil 7" Imagem: Divulgação/Capcom

Pedro Henrique Lutti Lippe

Do UOL, em São Paulo

03/09/2016 10h00

Mais uma vez, é tempo de mudança para a principal série de horror da indústria dos games. Misturando elementos da trilogia “Resident Evil” clássica ao ritmo cadenciado e opressor de recentes sucessos indie como “Amnesia” e “Outlast”, “Resident Evil 7” quer novamente redefinir a maneira como os fãs exploram este aterrorizante mundo.

“Queremos revolucionar a série de maneira parecida com a qual ‘Resident Evil 4’ o fez lá atrás”, explica Fabio Santana, da Capcom.

Testando a nova demo “Lantern” durante o Brasil Game Show 2016, UOL Jogos foi perseguido (e algumas vezes capturado) por uma mulher decrépita em uma casa no pântano igualmente dilapidada, e precisou ser furtivo e resolver um quebra-cabeça envolvendo uma estátua disforme e seu reflexo na parede para progredir.

Fabio revela que “Lantern”, diferente de “Beginning Hour”, é um trecho da versão final de “Resident Evil 7”, ainda que modificado para fins de demonstração. A experiência se passa dentro de uma fita VHS. Nela, uma jovem chamada Mia tenta escapar das garras da velha Marguerite Baker. Ainda não é claro se Mia, Ethan (de “Beginning Hour”) ou outro personagem será o protagonista do game.

A atmosfera opressora da casa de madeira é muito reminiscente da mansão do “Resident Evil” original, mesmo com a exploração ocorrendo em primeira pessoa.

Por conta da mudança de perspectiva, esconder-se atrás de um caixote de madeira para não ser visto por um inimigo é uma experiência muito mais angustiante. Fabio assinala um detalhe importante: a câmera muda de foco de maneira bem realista dependendo da distância do objeto para qual Mia está olhando.

Após escapar de Marguerite algumas vezes, Mia encontra uma estranha escultura, que pode ser analisada a partir do inventário. Como já é tradição na série, abrir a tela de seleção de itens não significa segurança: o tempo continua correndo naturalmente.

O quebra-cabeça simples que deve ser resolvido em seguida demonstra que a Capcom não estava mentindo quando disse que enigmas estariam presentes no jogo final. A empresa também promete o retorno de outros elementos dos jogos clássicos, como ervas de cura. Mia não tem armas para evitar as investidas de Marguerite - mas o jogo final terá armas brancas e de fogo ao dispôr do jogador ao menos em certos trechos da aventura.

Como qualquer revolução em potencial, “Resident Evil 7” certamente irá causar estranheza aos fãs da série em um primeiro momento. Mas os esforços da produtora em manter a experiência em segredo a tão pouco tempo do lançamento parece sinalizar que ela confia na qualidade do game. Fabio faz questão de lembrar: “A surpresa é um dos fatores mais importantes em um jogo de horror”.

“Resident Evil 7” será lançado para PlayStation 4, Xbox One e PC no dia 24 de janeiro de 2017.