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Brasil é o país onde "Just Dance" mais vende no mundo para consoles antigos

Funk invade o Just Dance em desafio de passinho

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Barbara Gutierrez

Do UOL, em São Paulo

27/10/2016 20h39

Todo ano, a série “Just Dance” vende entre 150 e 200 mil cópias no Brasil. Estes números fazem do país o primeiro mercado para a velha geração (PlayStation 3, Xbox 360 e Wii) e o quinto para a nova geração, ficando atrás dos EUA, Inglaterra, França e Canadá.

“É um volume muito grande para um produto de entretenimento de luxo, similar às vendas de um álbum de música que faz sucesso no Brasil”, diz Bertrand Chaverot, presidente da Ubisoft Brasil. O sucesso nacional do jogo de dança é indiscutível, contando até com representação no cenário competitivo com o iguaçuano e bicampeão mundial Diegho San.

Provavelmente por conta desse sucesso, “Just Dance 2017” conseguiu espaço para duas artistas brasileiras no mesmo título, algo inédito na franquia.

O novo título da série da Ubisoft terá a presença de “Bang”, de Anitta e “Te Dominar”, de Daya Luz. Ainda para aumentar o repertório referente ao país, o lançamento terá também “Carnaval Boom”, do trio Latino Sunset, que traz um ritmo típico dos samba-enredos do carnaval brasileiro, mas não foi feita por músicos nacionais.

Além disso, “Tico-Tico No Fubá”, composição de Zequinha de Abreu e famosa na voz de Carmen Miranda, será representada no jogo com uma versão sem letra da orquestra The Frankie Bostello.

Representatividade

Em sua história, "Just Dance" já teve outras duas produções de artistas nacionais: “Mas Que Nada” de “Just Dance 4”, remix da versão original regravada por Sérgio Mendes com o grupo norte-americano The Black Eyed Peas, e “Dançando”, de Ivete Sangalo, que está no repertório de “Just Dance 2014”.

Então, mesmo com tanto sucesso, por que não há mais produções nacionais no game?

“Por questões de espaço e de custo só podemos colocar 40 músicas no disco”, diz Bertrand Chaverot, presidente da Ubisoft Brasil. “Posso te dizer que há muita disputa entre as filiais da Ubisoft para cada uma delas emplacar as músicas de suas nações, e ainda assim muitos dos principais países europeus sequer tem uma canção local na edição deste ano.”

Segundo o executivo, a quantidade de músicas no novo título da franquia “mostra o carinho do time de ‘Just Dance’ com o Brasil, como o nosso mercado tem crescido e o apelo dos dançarinos do mundo inteiro por ritmos brasileiros. Foi uma vitória para a Ubisoft Brasil convencer o estúdio de ‘Just Dance’ a convidar a Anitta, que é a atual cantora número um do Brasil, e esperamos que ‘Just Dance 2017’ possa contribuir para expandir a divulgação do seu nome fora internacionalmente.”

Ainda de acordo com Chaverot, é possível que mais produções nacionais entrem na série. “Falamos com vários possíveis parceiros brasileiros para expandir a oferta de músicas locais em DLCs, mas precisamos dessas parcerias porque cada coreografia tem um custo alto de criação, produção e implementação. Vamos continuar adicionando estilos novos nos anos que vêm.”