"Halo Wars 2" é ótima estratégia com o clima da franquia sci-fi do Xbox
Quando "Halo Wars" chegou ao Xbox 360 em 2009, caiu por terra o mito de que jogos de estratégia em tempo real não funcionam em consoles. E agora sua continuação mostra que é possível sofisticar a fórmula intuitiva estabelecida 8 anos atrás.
Feito pela Creative Assembly (de "Total War") com a colaboração da 343 Industries, "Halo Wars 2" acompanha o conflito entre a tripulação da nave UNSC Spirit of Fire e os Banidos, um exército liderado pelo brute Atriox - que é, sem dúvida, um dos personagens mais interessantes da mitologia de "Halo".
Assim como "ODST" e "Reach", "Halo Wars 2" traz uma narrativa separada da saga de Master Chief. O lendário Spartan é citado durante a trama e isso basta. Aqui, a história não é sobre salvar o universo, mas sobreviver ao avanço do inimigo.
A sensação de urgência e luta pela sobrevivência é transmitida pelas belas sequências em computação gráfica, pela disposição inicial das unidades nos mapas e pela superioridade do inimigo - e o jogo explora isso em suas mecânicas, como nas fases que são acompanhadas por uma barra de progresso que registra não só quanto falta para o jogador vencer, mas também quanto falta para os Banidos obterem a vitória.
A campanha de "Halo Wars 2" é divertida e desafiadora e serve como um tutorial para os controles e táticas disponíveis. Aprender a selecionar grupos distintos de unidades é tão importante quanto planejar quais evoluções realizar primeiro. Alguns estágios conseguem reproduzir muito bem o tipo de situação que os jogadores de "Halo" estão acostumados na franquia de tiro - e poderiam muito bem funcionar nesta perspectiva.
Jogo mais sofisticado
Durante os combates, a tática de juntar todas as unidades disponíveis e ir pra cima dos inimigos não funciona tão bem aqui quanto no primeiro "Halo Wars". É preciso entender as forças e fraquezas de cada tipo de soldado ou veículo e reagir de acordo com a situação.
Os modos multiplayer incluem partidas de vários tipos, com destaque para o modo blitz, que combina cartinhas colecionáveis com as disputas em tempo real. Você ganha novas cartas ao completar partidas, avançar na campanha e até ao terminar os tutoriais do jogo, o que permite montar decks variados para surpreender outros jogadores.
Por melhor que seja, "Halo Wars 2" tem alguns problemas nos controles de RTS, em particular o cursor. É muito difícil selecionar uma unidade específica, como um dos Heróis, sem puxar outros soldados junto.
Mesmo as partidas multiplayer não são para os recém-chegados no gênero e é fácil ficar meio perdido durante o combate, apenas criando novas unidades e mandando-as para cima dos oponentes (ou aliados, porque a coisa toda pode ficar confusa rapidinho). É melhor passar por toda a campanha e se acostumar com os recursos, unidades, heróis e poderes de comandante antes de encarar as disputadas partidas online.
Games de estratégia como "StarCraft", "Total War" ou mesmo "Halo Wars" não são para todo tipo de jogadores. Mas para os fãs do gênero, "HW2" é uma boa pedida para se divertir e curtir um pouco o universo de "HalO". Mas não espere a complexidade dos grandes nomes do RTS.
O primeiro "Halo Wars" foi a última obra da Ensemble, estúdio de "Age of Empires" e um dos maiores nomes do gênero de estratégia e nada mais justo do que a Creative Assembly assumir o posto e refinar o que já funcionava 8 anos atrás.
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