Excelente no PS4, "Final Fantasy XII" nem parece um jogo de 10 anos atrás
O PlayStation 4 recebe, nesta semana, "Final Fantasy XII: The Zodiac Age", edição remasterizada de um dos melhores jogos do veterano PS2. UOL Jogos teve acesso antecipado ao game e, após quase 100 horas de jogo, podemos afirmar: o clássico RPG japonês continua tão bom quanto na época do lançamento, mais de 10 anos atrás.
O jogo é uma típica aventura de "Final Fantasy": o reino de Dalmasca é invadido por um Império malvado, numa guerra onde espadas e magia são utilizadas na mesma proporção que armas de fogo e naves de guerra. O grupo formado pelos órfãos Vaan e Penelo, os piratas Balthier e Fran, o guerreiro Bash e a princesa Ashe, se mete em grandes confusões para enfrentar uma força invasora muito mais poderosa.
Ao longo do game, você explora o mundo de Ivalice (o mesmo de "Vagrant Story" e "Final Fantasy Tactics"), visita masmorras cheias de perigos e quebra-cabeças, entra para uma sociedade de caçadores que persegue criaturas realmente raras e poderosas, viaja em naves construídas por coelhos engenheiros - a melhor versão dos 'moogles' de toda a série - e, claro, encara batalhas com chefões que podem levar horas para serem batidos.
A trama de "Final Fantasy XII" é complexa, mas não tão embaraçada quanto a do recente "FFXV", e lembra, em alguns aspectos, o roteiro de "Star Wars: Uma Nova Esperança".
Melhorias em relação ao original
"The Zodiac Age" é baseado na "International Edition", uma versão revisada de "Final Fantasy XII", que, apesar do nome, só saiu no Japão. Pois é, vai entender. Por isso, o jogo tem melhorias nas mecânicas de evolução, com classes distintas que o jogador pode escolher para os personagens. São 12 classes e cada um dos seis heróis pode habilitar duas delas.
Também há ideias antigas que foram descartadas, como o esquema de não abrir certos baús para encontrar uma Zodiac Spear em uma das masmorras do jogo, e melhorias simples, mas importantes, como o "auto-save" ao mudar de uma região para outra, o que poupa o jogador de perder preciosas horas da vida ao levar um "Game Over" inesperado.
Um acréscimo simples, mas bem-vindo, é a opção de sobrepor o mapa na tela de jogo, sem precisar sair para um menu e voltar sempre que quiser verificar o caminho ou qual zona ainda não explorou.
Mesmo com tudo o que o jogo recebeu na remasterização, ficou faltando a localização para o português, que rolou em "Final Fantasy XV". "The Zodiac Age" tem muito texto, tanto nas legendas quanto menus e nos muitos blocos de texto - o bestiário de "Final Fantasy XII" é cheio de informações que enriquecem a experiência de jogo, mas só para quem domina o inglês.
Dividiu opiniões
Lançado em 2006 para PlayStation 2, "Final Fantasy XII" dividiu as opiniões dos jogadores: alguns odiaram os sistemas inspirados nos populares MMOs da época, outros amaram a grande aventura de Vaan, Ashe e companhia pelo vasto mundo de Ivalice.
É fácil entender a bronca de boa parte dos fãs veteranos da série "Final Fantasy": a produção conturbada do jogo, com a saída do diretor original durante o desenvolvimento, fez com que a narrativa tivesse mudanças abruptas e que foram notadas pelos fãs mais atentos. O sistema de Espers e Quickening substituiram os tradicionais (e bem mais poderosos) "Summons". Os gambits davam a impressão inicial de que você não controlava de fato os personagens.
Nada disso impediu "Final Fantasy XII" de angariar notas máximas nas revistas e sites da época. Até uma nota 12 o jogo levou, na saudosa SuperDicas PlayStation. O game também foi um grande sucesso com os jogadores, acumulando 5,2 milhões de cópias vendidas. Para quem não se apegava tanto aos sistemas clássicos da série, como o combate por turnos, "FFXII" representou um avanço e uma experimentação sem precedentes - dominar os sistemas do jogo era um "trabalho" para muitas e muitas horas, tanto quanto explorar suas tumbas e chefões opcionais.
Vale jogar de novo?
Para quem jogou e curtiu naquela época e hoje possui um PS4, a compra de "Final Fantasy XII" é obrigatória. O jogo é excelente e traz todas as melhorias da "International Edition", que antes era exclusiva do Japão.
São pequenas mudanças que tornam a experiência mais agradável, especialmente se você está atrás de explorar 100% do jogo e conquistar o troféu de Platina. Acredite, o modo turbo é ótimo para percorrer todos os mapas e enfrentar dezenas de monstrinhos.
Se você nunca jogou "Final Fantasy XII", "The Zodiac Age" é a edição definitiva e a melhor forma possível de experimentar esse clássico do PlayStation 2, com todas as comodidades dos consoles atuais.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.