Sem erros do antecessor, "Destiny 2" mostra verdadeiro potencial da série
Uma enorme aventura espacial, com uma história cativante e, o melhor, que poderia ser aproveitada por você e por seus amigos. A Bungie prometeu muito antes do lançamento de "Destiny", em 2014, mas quando o game efetivamente chegou às lojas…
...bem, ao menos a jogabilidade era viciante, não é mesmo? Porque o restante dava a impressão de que o primeiro "Destiny" era um game incompleto, tanto que quem jogou a versão inicial do jogo teria problemas para reconhecê-lo após todas suas expansões serem lançadas.
Mais do que uma mera mudança de interface e inclusão de alguns conteúdos, a mudança sofrida pelo game ao longo dos anos dava a incômoda sensação de que quem jogou a sua versão inicial, na verdade, havia apenas aproveitado uma mera prévia do game real.
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Diante do que UOL Jogos viu em cerca de 20 horas de jogo, é possível afirmar que essa é uma sensação que dificilmente se repetirá com "Destiny 2". O game, com lançamento marcado para amanhã (6) para PlayStation 4 e Xbox One (o PC receberá o game posteriormente), parece chegar mais "completo" aos jogadores - descontamos aqui as inevitáveis expansões - e, entre aprimoramentos e correções, o novo game explora um elemento bastante negligenciado pelo seu antecessor: a história.
Há um propósito, guardião
Por que você explorava a Lua, Marte e outros cenários no primeiro "Destiny". Afinal, o que Cabais, Vex e Decaídos fizeram exatamente? Qual era o seu real intuito?
Essas questões não eram respondidas diretamente pela narrativa de "Destiny": quem quisesse se informar precisava acessar o site do jogo ou um aplicativo de celular para ler passagens da trama.
A realidade de "Destiny 2" é completamente diferente: o que ocorre no game é explicado no próprio jogo e a linha narrativa é mais clara e, por consequência, satisfatória. Agora, há um propósito - atendo somente ao que já foi mostrado no beta do jogo, é possível que dizer que o jogador está em uma luta por sobrevivência, após ver a Terra ser invadida por cabais e seus poderes provenientes da luz do Viajante, tomados.
Nessa jornada, a trama é explorada não apenas nas missões principais, mas também nas chamadas Aventuras e em outras atividades secundárias. "Destiny 2" chega ao ponto de dotar algumas armas mais relevantes, como equipamentos exóticos, com descrições que revelam mais detalhes não apenas sobre o item, mas também sobre o mundo do game.
A narrativa ainda conta com personagens mais ativos e com personalidades únicas, o que gera alguns momentos de descontração e passagens interessantes - inclusive com influências na jogabilidade.
Sem tédio
Os mapas de "Destiny 2" são grandes e contam com visual inspirado. Mais do que um deleite para os olhos, esse tamanho todo não existe à toa: há uma série de ícones que marcam missões, sejam principais ou aventuras, além da localização de eventos públicos - com uma contagem regressiva para o seu início ou, ainda, por quanto tempo ele permanecerá ativo - e outras atividades.
O resultado disso tudo é que dificilmente o jogador ficará sem ter o que fazer em "Destiny 2", seja jogando sozinho ou com os amigos.
E o melhor de tudo é que ir até esses locais está mais simples do que nunca: além de veículos, como o tradicional pardal, agora há pontos de viagem rápida espalhados por cada área. Esqueça aquelas demoradas e tediosas caminhadas do primeiro game game da série.
Além de tudo, é possível passar o tempo em atividades cooperativas, como assaltos e incursões - estas últimas deverão chegar ao game pouco tempo depois do lançamento - ou ainda cumprindo tarefas para os personagens, como matar um determinado número de inimigos, ou terminar missões de maneira específica, da maneira como os contratos existiam no jogo anterior.
Há também modalidades competitivas, com o tradicional Crisol e suas diversas modalidades de partidas de times. Aqui, cabe observar que em tempos de jogos de tiro investindo para ter mais jogadores simultâneos em partidas competitivas, "Destiny 2" limitará os times da modalidade a quatro jogadores, o que pode ser considerado um dos pontos negativos do game.
O que era bom, ficou
Se o primeiro "Destiny" era um game altamente repetitivo, por que afinal as pessoas o jogaram tanto? É inevitável responder a essa questão sem tratar de duas questões: a jogabilidade e o sistema de recompensa.
Basicamente, "Destiny" foi jogado repetitivamente e à exaustão pela sua comunidade porque se tratava de um game gostoso de jogar, tanto quando falamos sobre comandos quanto em relação ao senso de conquista - a sensação de sobreviver ao lado de amigos a uma incursão ou a um assalto do anoitecer era ótima. Controlar o personagem na tela passava longe de ser uma tarefa complicada, havendo um equilíbrio capaz de agradar tanto quem era novato em games de tiro quanto veteranos de jogos como "Call of Duty" e "Battlefield" que queriam uma nova experiência.
Isso, felizmente, foi mantido em "Destiny 2". O que deverá ter mudanças - bem-vindas, aliás - é o sistema de recompensa. Situações como a famosa "caverna do loot" de "Destiny" ou, ainda, os prêmios meia-boca dos assaltos do anoitecer que assolaram o game logo após o lançamento da expansão "O Rei dos Possuídos" não deverão existir.
E, mais do que isso: a ideia nociva de que para conseguir um item é necessário repetir tarefas à exaustão foi substituída por um sistema que tende a recompensar quem resolver vencer os desafios mais complicados do jogo. É improvável que você consiga itens bons logo de cara no jogo, mas essa evolução acontece de forma natural e, ao menos aparentemente, mais justa do que a vista no primeiro "Destiny".
Outro ponto alto do primeiro game também terá presença garantida em "Destiny 2": a excelência audiovisual. Se o game anterior tinha gráficos bonitos, a novidade mistura isso a uma direção de arte bastante inspirada. Elementos dos cenários, como ondas da lua de Saturno, Titã, e os escombros da civilização na Terra ajudam a criar um clima de exploração para a aventura. Junta-se a isso a trilha sonora, que também enfatiza momentos do jogo e é composta por belos arranjos.
O resultado de tudo isso é que, se era fácil "Destiny 2" ser recomendado para quem já era fã do primeiro game da série, a correção de pontos irritantes do primeiro game tornam essa sequência uma boa porta de entrada para novatos na série.
O maior mérito da Bungie foi ser competente ao analisar os erros e acertos do primeiro game da série. O resultado é que "Destiny 2" finalmente atinge o potencial da franquia e o resultado disso é que as horas gastas com o game tendem a ser muito mais prazerosas do que as investidas em seu antecessor - e, acredite, está mais fácil do que nunca passar das centenas delas.
* O jornalista viajou a convite da Activision
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