Como o Nintendo Switch virou o melhor amigo dos indies
A cada ano que passa, Sony e Microsoft fazem cada vez menos esforço para cortejar estúdios independentes. PlayStation e Xbox antes dedicavam grande parte de suas conferências na E3 para os 'indies', mas hoje tomam a presença de tais games em suas plataformas como garantida. Neste vácuo, a Nintendo viu uma oportunidade, e de repente tornou-se a melhor amiga dos pequenos produtores.
De "Super Meat Boy Forever" a "Golf Story", do aclamado "Hollow Knight" ao brasileiro "No Heroes Here", todos os indies estão chegando ao Switch.
Além de negociar acordos de exclusividade (temporária ou não), a Nintendo hoje conversa com desenvolvedores de games que já são sucessos em outras plataformas, com a promessa de que o Switch merece o investimento adicional.
E quando os games são confirmados para o sistema, eles ganham exposição e o rótulo de 'Nindie' - uma marca que, como o Selo Oficial Nintendo de outrora, garante pedigree às produções.
E o rótulo ainda serve para associar os games ao Switch, mesmo que eles existam também em outras plataformas.
Os números mostram que a iniciativa está funcionando. Nos últimos meses, o Switch rendeu várias histórias de sucesso indie, relatadas pelos próprios produtores - incluindo as de jogos como "Blaster Master Zero", "Fast RMX", "Graceful Explosion Machine" e "SteamWorld Dig 2". "Wonder Boy: The Dragon's Trap", por exemplo, vendeu mais no sistema da Nintendo do que em todas as outras plataformas combinadas.
Com "Skyrim", "Doom", "FIFA" e "NBA 2K", o Switch já está agradando as grandes produtoras terceirizadas muito mais do que o Wii U conseguiu. Isso é importante para convencer novos usuários a entrarem na plataforma.
Mas para quem já comprou o sistema, a boa relação que a Nintendo está construindo com os indies talvez seja ainda mais valiosa.
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