Obra-prima, "Shadow of the Colossus" é clássico obrigatório no PS4
"Shadow of the Colossus" foi lançado há mais de doze anos, para PlayStation 2, mas resiste bravamente à passagem do tempo --e o remake para PS4 apenas realça a perfeição do jogo criado por Fumito Ueda, diretor que também fez "Ico" e "The Last Guardian".
O game é um daqueles casos raros que justificam a discussão de que jogos podem ser mais do que passatempos: a jornada de Wander e seu cavalo Agro pelo reino ocupado por 16 criaturas gigantescas é uma das experiências mais emocionantes que você pode ter atrás de um joystick.
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O jogo desperta emoções que vão da admiração pelas paisagens fantásticas, o assombro ao se deparar pela primeira vez com um dos Colossi e a adrenalina das batalhas contra essas criaturas, além de, claro, uma sensação de perda quando você derruba e põe fim à vida dos gigantes.
A narrativa é simples e, bem por isso, envolve você na descoberta desse mundo e na luta contra os Colossi: logo no começo, Wander faz um pacto com uma misteriosa entidade para salvar a vida de sua amada. O herói deve abater 16 seres gigantescos e, assim, libertar a entidade do templo onde está aprisionada.
A partir daí, você viaja pelo vasto mundo cheio de florestas, desertos e rochedos, sempre em busca do próximo colosso. É uma jornada silenciosa e sua única companhia é Agro, o cavalo. A contemplação é interrompida quando Warden encontra um dos gigantes e a batalha começa.
Cada colosso é único e é, de certa forma, uma fase do jogo em si: é preciso descobrir como subir na criatura, escalar até seus pontos fracos - marcados por runas que se iluminam na presença da espada do herói.
Recriando uma obra-prima
A Bluepoint Games, estúdio responsável por adaptações como a coletânea "Uncharted", "Metal Gear Solid HD Collection" e inclusive o próprio "Shadow of the Colossus" para PS3, fez com essa versão do clássico o melhor jogo de sua história.
Mais do que remasterizar o jogo já existente (coisa que já tinha feito no PS3), a Bluepoint refez "Shadow of the Colossus" do zero, preservando as mecânicas de jogo e o peso dos movimentos de Wander e Agro, mas construindo um mundo super detalhado e ao mesmo tempo fiel ao original.
Entre as poucas mudanças está um bem-vindo sistema de controle modernizado, com botões configurados de maneira mais intuitiva do que o formato original. E não se preocupe: se você for um purista, pode optar por usar os controles antigos.
O modo de fotografia é um deleite à parte, que permite apreciar e capturar momentos do jogo, além de aplicar filtros (que podem ser usados mesmo com o jogo rodando). Praticamente qualquer foto de "Shadow of the Colossus" é uma arte digna de ser enquadrada e captura os sentimentos que o jogo transmite tão bem.
Jogar em uma TV com HDR realça a beleza dos cenários imaginados por Fumito Ueda na época do PS2. Se você tem um PS4 Pro, pode optar por apreciar o jogo na resolução 4 K ou melhorar a taxa de quadros de animação por segundo. Ao contrário de qualquer outro game, eu recomendo muito jogar "Shadow of the Colossus" em 4 K, mesmo sacrificando os sonhados 60 fps - o deslumbre visual vale o sacrifício, pode acreditar.
Clássico obrigatório
Para quem já jogou o game no passado (seja no PS2 ou na coletânea "ICO & Shadow of the Colossus" para PS3), a jornada é pontuada pela beleza do remake, e cada batalha é um exercício de puxar na memória como enfrentar a criatura da vez.
Para quem nunca jogou, é sempre uma surpresa lidar com feras enormes, dezenas de metros maiores do que você -- e acreditar que vai conseguir derrotá-las apenas com a espada ou o arco e flecha de Wander. A adrenalina sobe junto com a trilha sonora, perfeitamente sincronizada com as batalhas do game.
Seja você um veterano ou um aventureiro em sua primeira jornada, "Shadow of the Colossus" é uma experiência incrível e um clássico obrigatório na sua coleção.
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