"Far Cry 5" pega leve no fanatismo e acerta o alvo com tiros e explosões
Novo game de tiro da Ubisoft, "Far Cry 5" tinha tudo para ser o episódio mais sério e polêmico da série, bem conhecida por suas aventuras radicais em paisagens paradisíacas e isoladas do mundo. No game, você é um policial enviado ao condado de Hope, em Montana, no norte dos EUA, para lidar com uma seita chamada "Portão do Édem". Fanáticos religiosos e apocalípticos, os edenetes são também entusiastas de armamento pesado, sequestros e lavagem cerebral na população local.
Embora as missões principais abordem o tema e peguem pesado na violência - e com reviravoltas realmente inesperadas - a sensação é que tudo o que acontece de pior na região é quase normal para a população de Hope County. Como quando você conversa com um pescador que parece não se importar com os corpos dos vizinhos enforcados e pendurados sob a ponte ao lado do deck onde você e ele estão pescando.
As missões secundárias dão um tom mais divertido ao jogo e deixam o clima pesado da história principal de lado. Seja "caçando" testículos de boi para um piquenique ou correndo em provas de dublê para reviver a lenda de Chuck Dixon, não faltam atividades inusitadas para você se divertir enquanto derruba o culto apocalíptico.
Aventura cooperativa
"Far Cry 5" é o primeiro jogo da série que pode ser jogado do começo ao fim ao lado de outro jogador, o que torna toda a exploração de Montana e as clássicas missões de invadir bases dos fanáticos muito mais divertidas. Como cada jogador pode criar seu personagem do zero (e customizar o visual com roupas, chapéus e outros acessórios em qualquer loja), jogar com um amigo não destoa da narrativa principal: agentes da lei lutando contra um culto de fanáticos religiosos.
Você também pode recrutar soldados rebeldes entre a população local e aliados mais poderosos. São nove personagens que você encontra ao longo do game, desde o cão Boomer e um piloto de hidroavião capaz de dar suporte aéreo, até uma atiradora de elite super furtiva e um enorme urso chamado Cheeseburger! É possível convocar dois desses aliados ao mesmo tempo para ajudar nas missões. Descobrir quais funcionam melhor juntos (como a sniper e a puma Chuchu, também furtiva) dá uma sensação de novidade e experimentação ao jogo.
Cada companheiro possui habilidades extras que são desbloqueadas conforme você os usa nas missões. Isso vale até para os soldados que você recruta entre rebeldes e prisioneiros da seita. É uma maneira legal de incentivar o uso dos mesmos personagens, não deixando com que se tornem apenas armas de fogo descartáveis.
É no 'gameplay' que "Far Cry 5" brilha: o cenário vasto e cheio de coisas para descobrir e explodir é uma recriação caprichada de parte do estado rural de Montana, nos EUA. Os combates são intensos e permitem diversas abordagens diferentes, desde nocautes e facadas silenciosas até descarregar uma metralhadora em um avião que dá rasantes sobre você. Os veículos são gostosos de dirigir e vão de quadriciclos e camionetes até aviões, helicópteros, jet-skis e um caminhão enorme equipado com metralhadoras. Não tem como dar errado!
Entre as atividades secundárias, as mais legais envolvem explorar as cabanas onde moradores locais escondem suprimentos, armas e veículos especiais. Cada cabana ou bunker traz algum desafio para liberar a entrada. Em uma, é preciso bombear a água para fora do local. Em outra, dar a volta num lago e atirar com um rifle de precisão pela janela para acertar a fechadura eletrônica pelo lado de dentro, por exemplo.
Como já é padrão na série, "Far Cry 5" chega ao Brasil legendado e muito bem dublado em português. E, se você puder jogar no Xbox One X, é um jogo que rivaliza com "Assassin's Creed: Origins" como um dos mais bonitos do console.
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