De olho na limpeza: poeira é a maior inimiga dos videogames atuais
A cena é relativamente comum: você comprou um novo game e, na hora de colocá-lo para funcionar, o seu videogame parece que vai decolar feito um foguete da SpaceX. O cooler é acionado em velocidade máxima, o aparelho esquenta além do normal e você fica sem saber o que fazer.
Ainda que existam jogos que exigem mais do hardware tanto do PlayStation 4 quanto do Xbox One, é comum que, com o passar o tempo, o sintoma acima seja apresentado o tempo todo independentemente do modelo. E videogame esquentando mais do que do deveria é algo capaz de causar arrepios para donos de PS4 e Xbox One, uma vez que os videogames da geração anterior de Sony e Microsoft tiveram falhas graves por esse motivo.
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Para descobrir por que isso acontece, o UOL Jogos entrou em contato com Alex Sandro, técnico na Fratello Games, assistência técnica no centro de São Paulo. A causa é mais simples do que parece e, ao contrário da geração anterior, não tem a ver, necessariamente, com problemas de fabricação dos aparelhos.
Trata-se da poeira. "O maior inimigo dos videogames é a poeira e o calor, o que causa superaquecimento. E, em casos mais sérios, isso pode afetar o seu funcionamento e até causar danos a componentes como processador", explica Alex.
Isso pode ocorrer de várias formas, tanto bloqueando entradas e saídas de ar quanto atrapalhando o funcionamento dos coolers dos consoles. Junte isso com períodos quentes do ano e o risco de problema sério aumenta consideravelmente.
PS4 é a principal vítima
Alex aponta que, entre PlayStation 4 e Xbox One, o videogame da Sony - especialmente os modelos iniciais, popularmente conhecidos por "Fat" - é mais sujeito ao acúmulo de sujeira. "Ele permite a entrada de muito mais pó do que o Xbox One. Dependendo do game que você vai jogar, o cooler parece um avião. O Xbox One é mais resistente neste ponto. Já cheguei a pegar aparelho aqui com terra dentro e ele funcionava normalmente".
Essa "permissividade" do PlayStation 4 - o que pode permitir até mesmo a entrada de insetos - tem a ver com a sua construção. Ao contrário do Xbox One, em seu modelo inicial, o PS4 usa uma fonte de energia interna. Isso ajuda a aumentar a temperatura no interior do aparelho e, por consequência, exige aberturas maiores para ventilação.
E isso tende a piorar dependendo de onde a pessoa mora. "No interior, é comum vermos aparelhos com terra dentro. Já no litoral, um dos principais inimigos é a maresia. Nestes lugares, inclusive, recomendamos que o videogame fique envolto em plástico quando não estiver em uso", alerta Alex.
Tem solução
A melhor opção para evitar problemas com o acúmulo de poeira dentro dos videogames é fazer uma manutenção preventiva. "Dependendo de onde a pessoa mora, o ideal é levar o aparelho para um técnico abrir e limpar", diz Alex. Esse procedimento pode ser feito a cada ano, se o aparelho fica em lugares com pouco pó, ou a cada seis meses, em casos de condições mais severas de uso.
Aqui, claro, consideramos videogames que estejam fora do período de garantia.
O procedimento consiste em abrir o videogame, desmontar seus componentes internos, limpar o pó e verificar o estado da pasta térmica que fica entre o processador e o dissipador de calor.
Dependendo do estado de limpeza, o preço varia entre R$ 60 e R$ 160. É um valor pequeno perto do prejuízo que o superaquecimento pode causar.
Outros cuidados
Ainda que seja a principal causa de problemas, o pó não é o único elemento que pode fazer o seu videogame ir parar no conserto. Alex conta que também é comum que videogames sejam vítimas de descargas elétricas. "Nem sempre esse tipo de situação ocorre via rede elétrica. A queda de raio em uma antena, por exemplo, pode fazer a descarga chegar ao aparelho via entrada HDMI, passando pela TV que, normalmente, tem proteção para não sofrer danos do tipo".
Ligar o videogame em um filtro de linha devidamente aterrado e desconectar os videogames das portas HDMI durante tempestades pode diminuir o risco de danos.
Outra dica dada por Alex é usar cabos HDMI e de carregamento de controle de boa qualidade, além de acessórios, como a fonte do Xbox One, originais. "Dependendo dos conectores desses cabos, eles podem estragar tanto a entrada HDMI do console quanto as conexões dos controles. Já no Xbox One, fontes piratas não costumam durar muito e podem até danificar o console", diz.
No final das contas, a dica principal é: preste atenção no funcionamento do seu aparelho e não pense duas vezes em levar ele para o conserto caso você note algum barulho ou comportamento estranho. Realizar manutenção preventiva e periódica é a melhor forma de manter o seu "brinquedo" funcionando bem e evitar dores no bolso.
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