Análise: "Forza Horizon 4" evolui fórmula e série é a melhor do gênero
Há poucas certezas na indústria de games, mas uma delas é a de que dificilmente a Playground Games errará a mão com um "Forza Horizon". Pudera: atualmente em seu quarto capítulo, a série sempre primou por entregar games robustos, repleto de conteúdo e, especialmente a partir do segundo capítulo da série, uma variedade tremenda de eventos e localizações para serem exploradas pelo jogador.
"Forza Horizon 4" (Xbox One e PC, R$ 199,95) não faz diferente. Saímos da ensolarada Austrália (ao menos em sua maioria, apesar da expansão "Montanha Nevasca" levar os jogadores para um ambiente gelado) e chegamos à Grã-Bretanha, suas estradas apertadas e cercadas de murinhos de pedra - destrutíveis, no caso - e, principalmente, seu clima imprevisível.
E é justamente o clima, ou melhor, as mudanças dele, que funcionam como a principal novidade do jogo. E, acredite: ele afeta o jogo muito mais do que você imagina.
As quatro estações
"Forza Horizon 4" adotou um novo sistema de estações do ano. Em termos práticos, e considerando a localização do jogo, isso quer dizer que verão, primavera, outono e inverno tem características bem marcantes, como sol forte ou cenários repletos de neve.
Isso, claro, influencia na jogabilidade. Apesar de ser considerado um game "arcade", no qual a diversão fica acima de qualquer tentativa de simular a realidade fielmente, "Forza Horizon" sempre teve um "pezinho" na realidade. Isso é visto não só na vastidão de melhorias e ajustes possíveis para cada carro, mas também na forma como cada um deles se comporta quando está em ação e nos mais variados tipos de piso.
É de se esperar, portanto, que as condições climáticas mudem consideravelmente a experiência do jogador e isso, em termos práticos, se traduz em variedade. Para avançar para a próxima estação os jogadores precisam atingir uma determinada pontuação.
A variedade também é vista em dois outros pontos importantes do game. Começando pela lista de carros, as cerca de 200 opções de modelos distintos têm comportamentos e utilidades únicas. Sim, ainda é possível escolher um carro para chamar de seu e jogar praticamente o game todo com ele, mas aqueles que curtirem trocar de carro como trocam de roupa estarão bem servidos.
Outro aspecto variado é a escalação de eventos e atividades que o jogador pode cumprir. Como de praxe, chegará um momento que o seu mapa em "Forza Horizon 4" se transformará em um mar de ícones, incluindo corridas dos mais variados tipos, colecionáveis, carros escondidos em galpões e casas que o jogador pode comprar para usar como pontos de viagem rápida.
Era comum ficar perdido nos jogos anteriores da série, mas nesse a Playground Games encontrou uma solução: uma espécie de central que reúne todos os seus eventos separados por tipo. É possível se concentrar em acabar as corridas de circuito antes de partir para os desafios off-road, por exemplo, o que ajuda os jogadores a traçarem um plano de ação para encarar o game efetivamente.
Além disso, claro, há aqueles típicos desafios de "Forza Horizon", que colocam o jogador para competir contra veículos, no mínimo, inusitados, como um hovercraft.
O modo online também marca presença e, nesse ponto, há muito do que foi visto nos jogos anteriores da série. Há uma grande ênfase na interação entre os jogadores, seja correndo como adversários, montando clubes, passeando pelo mapa em comboios ou encarando corridas cooperativas.
No visual, nada de novo
Antes que soe como uma reclamação, a frase acima é um tremendo elogio: "Forza Horizon 4" mantém a excelência técnica dos seus antecessores. Isso significa carros detalhados, tanto em seu exterior quanto em seu interior e cenários críveis com excelentes efeitos de luz e que reproduzem bem as condições climáticas. O game foi testado em um Xbox One padrão: é de se esperar que em um Xbox One X - devidamente ligado a uma TV 4K - o resultado seja ainda melhor.
Ah: prepare-se para passar um bom tempo no modo foto.
Na parte sonora, há a tradicional seleção de músicas de variados estilos, separadas por um esquema de rádios, cada um com seus DJs e gêneros musicais. Em geral, elas tendem a casar bem com o gosto dos jogadores e o momento do game - acredite, pilotar uma Ferrari antiga à noite enquanto se ouve música clássica é uma experiência, no mínimo, curiosa.
Fechando o pacote de aspectos técnicos, temos a ótima jogabilidade que já virou marca da série e permite que jogadores dos mais diversos níveis de habilidade tenham, de fato, uma chance de jogarem e se divertirem. "Forza Horizon 4" mantém a tradição da franquia de ser um game acessível, portanto.
O melhor da categoria (de novo)
Robusto, longevo, bom de se jogar, divertido… Há uma série de elogios que podem ser feitos a "Forza Horizon 4" e que já foram repetidos a exaustão nos últimos lançamentos da série.
É um título que honra a tradição da franquia, apresenta novidades - mesmo sem revolucionar, elas são notáveis e substanciais - e tem a capacidade de se manter divertido e atraente por um bom tempo.
Não seria exagero dizer que, hoje, "Forza Horizon" é a melhor série de games de corrida. E, aqui, até faço uma comparação um tanto forçada com o irmão "sério" do jogo, "Forza Motorsport", ao dizer que a principal vantagem em relação ao game da Turn 10 é que "Forza Horizon" é capaz de de abranger e entreter um público muito maior. E isso o torna infinitamente mais divertido.
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