"SoulCalibur VI" traz muita história e criador de personagens versátil
"SoulCalibur VI" nasceu com uma enorme responsabilidade: reiniciar a tradicional franquia de luta da Bandai Namco ou marcar o final dela, em caso de fracasso de vendas. Ainda não dá para dizer se a série foi salva, mas se levarmos em conta o vasto conteúdo que o jogo oferece, agradando fãs e marinheiros de primeira viagem, o novo game obteve sucesso.
Lançado em 19 de outubro para PC (R$ 159,90), PlayStation 4 (R$ 249,90) e Xbox One (R$ 250,00), "SoulCalibur VI" é uma aposta de renovação da produtora japonesa, que decidiu revisitar os acontecimentos do primeiro título da franquia e mostrar os eventos que começaram toda história.
Antes mesmo da chegada do primeiro "SoulCalibur" em 1998 (primeiro nos arcades, um ano depois no Dreamcast), a série de jogos de luta com armas da Bandai Namco já havia mostrado que tinha potencial para ir muito longe. "Soul Edge", antecessor do que se estabeleceu como nome da franquia, ganhou lugar na sala de estar de quase todo fã do gênero quando foi lançado para o PlayStation original em 1995.
O sexto episódio de "SoulCalibur" buscou retomar o que foi despertado com os três primeiros títulos da série, pois o que se viu com os quarto e quinto títulos foi um aumento nas críticas e uma perda na qualidade. A boa notícia é que o novo game, no mínimo, recolocou a franquia nos trilhos.
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Diversidade no single player
O grande chamariz de "SoulCalibur VI" é o modo Libra das Almas, para um jogador. Nele você pode criar seu próprio personagem e acompanhar os eventos da história na perspectiva dele, realizando missões, obtendo experiência e experimentando os estilos de jogabilidade de cada um dos mais de 20 lutadores do game. É possível alterar o estilo de luta quando você bem entender, assim como a do personagem.
O modo lembra muito um RPG na maneira como é conduzido, pois você sobe o nível do seu personagem à medida que progride, pode equipar armas mais poderosas que encontrar, utiliza itens que dão vantagem nos embates e até mesmo destrava tarefas secretas. Há também ocasiões em que você deve realizar escolhas que mudarão o rumo da história, para o bem, ou para o mal.
Crônicas das Almas é o outro modo voltado para um jogador presente no game. Ele não é tão interessante quanto o Libra das Almas, mas nem por isso deixa a desejar, pois é nele que você acompanha a trama principal de "Soulcalibur VI", juntamente com a narrativa dos personagens do game, por meio de artes conceituais e diálogos totalmente dublados em inglês e legendados em português.
Por falar nos personagens, temos a presença do bruxo Geralt de Rívia, da série "The Witcher", como convidado de honra. Embora não seja a primeira vez que alguém de outra franquia dá as caras em um "SoulCalibur", este parece ser o melhor uso dessa carta na manga até agora. Além de possuir uma história própria dentro do universo do jogo da Bandai Namco, é muito satisfatório jogar com Geralt, que é um personagem bastante indicado para jogadores iniciantes, que querem pegar as manhas da jogabilidade.
Controles convidativos a iniciantes
Os controles de "SoulCalibur VI" são muito versáteis, pois embora sejam fáceis de se aprender, requerem muita prática e paciência para serem dominados por completo. Os jogadores perceberão que ficar apertando os botões sem muita objetividade perderá o efeito depois que começarem a encarar oponentes mais habilidosos no multiplayer online.
A parte online, aliás, surpreende positivamente, o que é um tanto incomum em jogos de luta, que boa parte das vezes costumam ser lançados com um netcode inadequado, causando problemas na hora de enfrentar oponentes por meio da internet. Embora tenha demorado um pouco para achar partidas, elas transcorreram sem qualquer problema de latência ou conectividade quando foram encontradas.
Outro aspecto que chama muito a atenção em "SoulCalibur VI" é o criador de personagens, um dos mais completos que eu já vi. É nele que você vai gastar boa parte dos recursos obtidos jogando, de modo a destravar mais opções para customizar o visual de suas criações. É possível também compartilhar os personagens que você criou e baixar aqueles feitos por outros jogadores.
Visual defasado
Os recursos já citados também servem para que você destrave extras na forma de artes conceituais de todos os jogos da série, juntamente com mais trechos da narrativa, voltados para quem quer se aprofundar na história de "SoulCalibur".
No aspecto gráfico, o título deixa um pouco a desejar, não apresentando mudanças muito drásticas com relação ao antecessor. Embora os personagens estejam bem trabalhados, o design dos cenários está um tanto simples demais, o que acaba criando um contraste e prejudicando a apresentação. A trilha sonora, no entanto, está magnífica, definindo bem o ritmo das lutas.
Com conteúdo de sobra para quem quer apenas jogar sozinho e também para jogadores que só se importam com o multiplayer, "SoulCalibur VI" acerta muito mais do que erra, pois possui tudo aquilo que um bom jogo de luta precisa, sendo o melhor título da série em anos.
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