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Do papelão à telinha: Banco Imobiliário ganha versão app à la Pokémon Go

Banco Imobiliário vintage - Reprodução
Banco Imobiliário vintage Imagem: Reprodução

Márcio Padrão

Do UOL, em São Paulo

08/12/2018 04h00

Muito antes dos games para smartphones, gerações inteiras se divertiam com os dados e cartões de papelão dos jogos de tabuleiros. Mas nada impede que as duas paixões andem juntas. O Banco Imobiliário, que ensinou a muitos as suas primeiras lições de economia, agora está renascendo ao estilo Pokémon Go.

A startup Widow Games, que recria joguinhos clássicos da Estrela em versões para celulares, teve a ideia de trocar o formato de circuito do Banco Imobiliário por mapas de verdade e realidade aumentada, recursos que revitalizaram Pikachu e companhia no segmento móvel.

Por enquanto, o jogo está disponível apenas para Android em versão beta. Para iOS, deve sair até janeiro.

Banco Imobiliário GEO, jogo para celular - Divulgação - Divulgação
Telas do Banco Imobiliário GEO
Imagem: Divulgação

Como na versão analógica, o objetivo do Banco Imobiliário Geo (sim, este é seu nome no celular agora) é construir o maior número possível de empreendimentos nos mapas da vida real. À medida que coleta itens em minijogos, vai ganhando mais dinheiro e ouro para adquirir, via compra ou leilão, novas posses dos demais jogadores, ou vender as suas próprias. 

A geolocalização aparece quando alguns itens mais valiosos são jogados por um zepelin e só podem ser adquiridos se você caminhar alguns metros até eles. Também deverá ter realidade aumentada em algumas situações, com um minigame em que um personagem surpresa no ambiente oferece dinheiro. 

Banco Imobiliário GEO, jogo para celular - Divulgação - Divulgação
Tela da realidade aumentada do Banco Imobiliário GEO
Imagem: Divulgação

O jogo é multiplayer, mas não há confrontos por enquanto: você, na verdade, dá um lance na empresa de outro jogador, e caso ele aceite, a venda é concretizada.

"Nesta fase inicial, a ideia é incentivar a diversão. Depois queremos implementar mais desafios, como a manutenção das lojas. Se em mais de um mês você não fizer nada nela, por exemplo, vai perder a loja e o investimento feito", diz o executivo-chefe da empresa, Martin Spinetto. Outra ideia prevista é a criação de grupos de jogadores para comprar um item muito caro. "Como o Maracanã, por exemplo", brinca Spinetto.

A Widow, sediada na Argentina, pretende lucrar com o modelo freemium: o jogo é grátis, mas certos itens são pagos ou só são liberados por meio de publicidade obrigatória. Seu público alvo atualmente está no Brasil, Argentina e México, com a maioria de seus jogos traduzidos para português ou espanhol.

A empresa fez ainda algumas parcerias para melhorar a experiência do jogo, como a com o Foursquare, que traz um banco de dados de milhares de estabelecimentos da vida real para serem comprados pelos jogadores; e com o banco Santander, que dá créditos para quem optar por ver um anúncio do banco.

Se seu lado saudosista gostou da iniciativa, saiba que a Widow ainda tem outras adaptações de jogos famosos no seu cardápio, como Jogo da Vida, Genius, War e QI, propriedades obtidas com a fabricante de brinquedos Estrela.

"A concorrência em jogos mobile é muito grande. Quando criei a empresa, preferi adotar marcas conhecidas do público a criar novas, que é algo bem mais difícil", explica Spinetto.