As maiores rivalidades de League of Legends no Brasil
Durante os quase sete anos de League of Legends no Brasil, muita história já foi escrita. Lugares como o Ginásio do Maracanãzinho, Allianz Parque e Ginásio do Ibirapuera foram palco de decisões do CBLoL (o campeonato brasileiro da modalidade), sempre com ingressos esgotados. Nessa trajetória, times se profissionalizaram, jogadores se destacaram, e as principais rivalidades surgiram.
Assim como em qualquer esporte, essas rivalidades contagiam a torcida e geram expectativa a cada possibilidade de cruzamento em uma grande decisão. Na lista a seguir, vamos contar um pouco mais desses confrontos, que podem ter novos episódios em breve.
Vivo Keyd x paiN Gaming
Durante a Primeira Etapa do CBLoL 2019, a Riot Games perguntou aos seus próprios jogadores profissionais qual era a maior rivalidade do cenário brasileiro. A maioria não teve dúvidas, assim como a torcida: Vivo Keyd x paiN Gaming.
No total, as equipes se enfrentaram em 27 oportunidades, com um retrospecto disputadíssimo: 14 vitórias únicas para a paiN, 13 para a Keyd. Em séries Md3 ou Md5, melhor para a Keyd, três a dois, mas o que impera mesmo são os cinco empates em 1-1. Ainda assim, os Guerreiros da Keyd podem contar vantagem por terem vencido a única final entre as equipes: 3-2 sobre a paiN na Série dos Campeões de 2014.
Além dessa final, os rivais se enfrentaram em apenas outra eliminatória, que virou um passeio para a paiN: 3-0 na semifinal da Segunda Etapa 2015, ano em que o time venceria o CBLoL e disputaria o Mundial de League of Legends.
É claro que não é só de partidas que vive um clássico. Além de provocações, temos jogadores que trocaram de camisa e arrastaram as torcidas para ambos os lados, casos de brTT (da paiN para a Keyd, retornando mais tarde) e Mylon (da Keyd para a paiN, onde se aposentaria).
O próximo capítulo dessa rivalidade, porém, não deve acontecer tão cedo. A paiN, rebaixada do CBLoL para o Circuito Desafiante em abril de 2018, acabou de reconquistar a subida em abril de 2019, mesmo mês em que a Keyd foi rebaixada para a segunda divisão. Ficaremos de olho para um possível reencontro em 2020.
paiN Gaming x INTZ e-Sports
O slogan "paiN não é modinha, é tradição" não é à toa. O time existe desde o começo do cenário de League of Legends no Brasil e tem uma das maiores torcidas do país. Campeã em 2013 e semifinalista em 2014, a paiN buscava o seu bicampeonato em 2015 contra uma INTZ que surpreendeu o cenário com um jogo rápido e agressivo, que conquistaria três Etapas do CBLoL entre 2015 e 2016. A INTZ só não foi perfeita porque tinha uma paiN no meio do caminho.
Em uma das finais mais épicas do CBLoL, disputada no Allianz Parque em São Paulo, a paiN Gaming não era favorita, apesar de ter crescido na Fase Eliminatória. A INTZ, mesmo sem o caçador Revolta, havia vencido a Fase de Pontos e chegava com pinta de campeã à final. Os "Intrépidos" só não contavam com a pressão da torcida (dos cerca de 12.000 torcedores, a maioria apoiava a paiN) e uma tarde inspirada de Mylon, SirT, Kami, brTT e Dioud. O placar de 3-0 pode insinuar que foi um atropelo, mas as partidas foram disputadas. A INTZ se levantaria no ano seguinte, brilhando com o quinteto Yang, Revolta, tockers, micaO e Jockster.
No retrospecto do clássico "paiNTZ", os Intrépidos lideram com certa folga em partidas únicas (20 a 15) e séries (6-3, com 4 empates). Apesar de a paiN ter vencido a única final entre as duas, na Segunda Etapa do CBLoL 2015, a INTZ lidera em eliminações, tendo derrubado a paiN nas semifinais da Primeira Etapa 2015 e da Segunda Etapa 2016. A última eliminação foi a mais dolorosa: 3-0 para a INTZ na Série de Acesso disputada em 2018, que manteve a paiN Gaming na segunda divisão do LoL nacional para o início da temporada 2019.
CNB Esports Club x paiN Gaming
Esse confronto vem de longa data. CNB e paiN são duas das organizações mais antigas de eSports do país, e disputaram o primeiro CBLoL, lá no longínquo ano de 2012. De lá pra cá, os Blumers ainda procuram seu primeiro título nacional, que muitas vezes parou nas mãos da paiN.
Essa rivalidade passa também pelos jogadores. Durante muito tempo, o confronto colocou frente-a-frente rivais como Kami e takeshi, brTT e manajj, Mylon e Leko. Era o peso da torcida imensa da paiN contra a sempre carismática e habilidosa CNB. Até pelas mudanças de jogadores, desde 2015 a alcunha de clássico perdeu um pouco a força, mas o duelo sempre é lembrado pelos fãs mais antigos.
2013 e 2014 foram os anos de ouro. Em 2013, a paiN bateu a CNB na final do CBLoL por 2-1, e tomou o troco no final do ano, quando os Blumers venceram pelo mesmo placar o Desafio Internacional. No total, a paiN segue isolada tanto em partidas únicas (19 a 11) quanto em séries (6 a 3, com 3 empates). As equipes empatam em eliminações, ambas em semifinais: a paiN tirou a CNB da Série dos Campeões em 2014, e os Blumers novamente revidaram assim que puderam, tirando a paiN da Final Regional 2014.
O velho clássico ganhará novos capítulos em breve. Na Segunda Etapa do CBLoL 2019, teremos uma CNB reformada contra uma paiN em ascensão.
Em construção: KaBuM! e-Sports x Flamengo eSports
Para um confronto se tornar um clássico é preciso uma mistura de ingredientes difíceis de encontrar: torcidas apaixonadas, grandes heróis (e vilões), histórico de confrontos e finais emocionantes. E um desses confrontos que está quase lá é KaBuM x Flamengo.
Desde que contratou jogadores coreanos e estrelas como brTT, o Flamengo mostrava a vontade de entrar com os dois pés no LoL e ser campeão. Após subir do Desafiante, onde começou sua trajetória, o Mengão disparou lado a lado com a KaBuM rumo à final da Segunda Etapa 2018, valendo vaga no Mundial. Na final, um choque: vitória da KaBuM, que não tinha tantos jogadores famosos. O time ficou com a dobradinha, já que tinha vencido também a etapa anterior, enquanto o Flamengo estava no Circuitão.
Já em 2019, com as equipes praticamente idênticas a 2018, o Flamengo venceu 20 de 21 partidas na Fase de Pontos, e a única derrota foi contra... a KaBuM!
Havia uma expectativa por um reencontro das equipes nas eliminatórias, mas a KaBuM não chegou tão longe, e o Flamengo acabou perdendo para a INTZ na final. Como disse Reven, o analista coreano do Mengão que é adorado pela comunidade brasileira, a final seria "menos legal" por não ser contra a KaBuM.
Os próximos capítulos ainda são um mistério. A KaBuM mostra desgaste no elenco, que vem há quase dois anos atuando junto, e a janela de transferências pode tanto fortalecer quanto enfraquecer essa rivalidade.
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