"Destiny 2" tenta mostrar que existe vida depois da Activision
Resumo da notícia
- Expansão "Fortaleza das Sombras" promete diversas mudanças no funcionamento do jogo
- Características de MMO, um tabu na fase Activision, são alguns dos destaques
- Jogadores voltarão para a Lua, que não aparecia desde o primeiro "Destiny"
- Game terá cross-save entre todas as plataformas, incluindo PS4
A nova expansão de "Destiny 2", chamada "Fortaleza das Sombras" ("Shadowkeep" no original), foi oficialmente revelada nesta quinta-feira (6) e será lançada em 17 de setembro. Entre as novidades, o engrama exótico que dropou foi a mudança na filosofia da desenvolvedora Bungie, agora independente, e os passos que o estúdio está tomando após o fim da parceria com a Activision.
O Último Romance
"Destiny" não existiria e não seria o que é hoje (para o bem e para o mal) se não fosse a Acitivision. A Bungie largou o filho primogênito "Halo" nas mãos da mãe Microsoft e foi buscar um novo amor nos braços da empresa de Call of Duty.
Essa relação teve muita DR e passou por um parto tumultuado que foi o nascimento de "Destiny", mas encontrou uma reconciliação com a expansão "The Taken King" ("Rei dos Possuídos" no Brasil). Só que não durou muito.
Depois, "Destiny" se tornou mais dependente da Activision, com a publicadora deixando nas mãos de alguns parentes, como a tia High Moon e tia Vicarious Vision, a criação de novos conteúdos para a "criança".
O desgaste era aparente entre a Bungie e a Acitivsion, com uma querendo mais liberdade e a outra querendo mais lucro. A gota d'água aconteceu quando a primeira grande expansão de "Destiny 2", "Renegados", agradou os jogadores hardcore, mas falhou em atrair mais público novo e não atingiu as expectativas da publicadora.
Assim, o casamento que deveria durar dez anos foi rompido no início de 2019, com pouco mais de oito anos. Nesse divórcio, foi prometido aos jogadores que todo o conteúdo já anunciado do Passe Anual de "Renegados" seria entregue. Após isso, a Bungie ficaria com Destiny para cuidar, e cada um seguiria seu caminho.
A dúvida que ficava para quem jogava "Destiny" era: o que a Bungie iria fazer com essa tal liberdade? E o que mudaria agora que só ela é quem tinha que manter um jogo desse tamanho?
Mundo da Lua
"Destiny 2: Fortaleza das Sombras" é a segunda grande expansão do game e vai levar os guardiões novamente para a Lua, que não aparecia desde o primeiro "Destiny", além da volta de Eris Morn, uma das personagens mais enigmáticas do universo do jogo.
Já uma das consequências da agora separação com a Acitivision é que a versão de PC da expansão vai ser lançada exclusivamente no Steam e não na Battle.net da Blizzard (que faz parte da Activision), onde "Destiny 2" e todo o seu conteúdo estão disponíveis até então.
Tão ou mais importante quanto a chegada de "Fortaleza das Sombras", porém, é o anúncio de que "Destiny 2" vai finalmente ter a tão pedida função cross-save entre todas as plataformas. Ou seja, os jogadores poderão usar o mesmo guardião, com armas e nível poder, tanto nas versões de PlayStation 4, Xbox One, PC e, agora, no Google Stadia.
Outra novidade muito bem-vinda foi o anúncio de "Destiny 2: New Light", uma versão free-to-play voltada principalmente para novos jogadores. "New Light" terá uma versão remasterizada da primeira missão/tutorial de "Destiny 1", no Cosmódromo da Rússia, mas logo depois já joga o Guardião ou Guardiã na torre de "Destiny 2", em que todo o conteúdo do ano 1 do game está liberado: da campanha principal, passando pela raid Leviatã e as atividades dos DLCs "A Maldição de Osiris" ("Curse of Osiris") e A Mente Bélica ("Warmind"). A expansão "Renegados" e o próprio "Fotaleza das Sombras" não estão incluídos na versão grátis.
Tanto o recurso de Cross-save quanto "Destiny 2: New Light" estarão disponíveis junto com a "Fortaleza das Sombras", em 17 de setembro.
Assumindo-se MMO
Em uma apresentação nesta quinta-feira (6), o diretor de "Destiny 2", Luke Smith, e o gerente geral da franquia, Mark Noseworthy, admitiram, pela primeira vez, que Destiny é aquilo que tudo mundo já sabia há tempos: ele é um MMO.
(O Jogo) anda como um pato, fala como um pato, (então) ele é um pato
Mark Noseworthy
Esse é um termo que sempre foi evitado publicamente pela Bungie antes e os discursos dos dois deixaram claro que a culpada era a Activision, seja por causa de marketing ou para evitar comparações com "World of Warcraft" e outros MMORPGs.
O importante é que, agora, livres para assumirem o que sempre foram, a Bungie também prometeu abraçar bem mais os elementos de RPGs, que estão timidamente incorporados no game. Isso significa, segundo eles, mais personalização de armaduras dos Guardiões e status de armas.
Assim, com a chegada de "Fortaleza das Sombras", "Destiny 2" pode passa a ser o MMORPG de ação que tanto os jogadores queriam e que parecia que a Bungie nunca conseguia entregar, com direito a versão Free-to-Play e podendo jogar com o seu Guardião em qualquer lugar.
Agora que as amarras estão soltas para o time de desenvolvimento, os jogadores talvez possam ter muito mais motivos para se afundarem em Incursões, Assaltos ou mesmo no Crisol. Se isso vai acontecer mesmo ou não, só saberemos em setembro.
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