Time de League of Legends na favela vai tentar vaga no Circuito Desafiante
Um time de "League of Legends" formado só por pro-players na favela vai tentar a sorte no Circuito Desafiante, a divisão de acesso ao CBLoL, em 2020. Esse, pelo menos, é o objetivo da Afrogames, um projeto que faz parte da ONG AfroReggae e que inaugurou recentemente um centro de formação de jogadores em LoL na favela de Vigário Geral, no Rio de Janeiro.
Segundo o diretor do projeto, Ricardo Chantilly, em dezembro haverá uma espécie de peneira entre os melhores alunos, e dez serão selecionados para formar o time de LoL que participará do torneio Tier 3, que dá acesso ao Circuitão.
"Nosso objetivo em médio e longo prazo é transformar a Afrogames em uma das maiores organizações (de eSports) do Brasil com vários jogadores vindos da favela, que não têm dinheiro pra comprar um computador", diz Chantilly em entrevista ao START.
Boa parte dos garotos e garotas que estão aprendendo a jogar "LoL" na Afrogames foram convidados pela Riot Games a assistirem à final da Segunda Etapa do CBLoL 2019, entre Flamengo e INTZ, que aconteceu no Rio de Janeiro, no último sábado (7).
Nas arquibancadas da Jeunesse Arena, eles vibraram com a vitória do Flamengo, time de muitos que estavam por ali.
Apesar das aspirações ambiciosas, Chantily sabe que não vai formar um time com nível para ser campeão de CBLoL logo de cara, mas esse será o primeiro e importante passo. "Nosso objetivo é formar times fortes, claro que a médio prazo, não pra agora", comenta.
Subindo de elo
As atividades na Afrogames começaram em maio de 2019, e o projeto ainda está em sua primeira turma. Mesmo assim a procura foi grande, com mais de 300 inscrições para as 100 vagas disponíveis. Os adolescentes selecionados escolheram entre três cursos: "League of Legends", programação ou trilha sonora para games. Todos também recebem curso de inglês gratuito.
Um dos professores de LoL no projeto é Renan Costa. Ele não chegou a jogar profissionalmente em times conhecidos do MOBA, mas possui bastante experiência treinando a administrando times universitários de eSports.
Renan conta que muitos dos alunos não tinham nenhum contato com computador antes de entrarem no projeto e nem sequer sabiam o que era "League of Legends". "O grande desafio foi apresentar pra eles um jogo que é muito complexo em pouco tempo".
Renan explica que, no início, deixou eles jogarem e experimentarem o game por conta própria para irem se familiarizando com rotas, campeões e habilidades. "Primeiro eu deixei eles se habituarem com o jogo e ia ensinando ao poucos conceitos de rotação, de escolha de confrontos, de Campeões etc"
Com pouco mais de quatro meses de aulas, o professor diz que alguns alunos já começam a se destacar, e conseguiram nível mínimo para jogar as solo queue, por exemplo. "Temos gente já no elo Gold (o quarto nível no game), o que, pra mim, em quatro meses jogando, é muito bom".
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*O jornalista viajou a convite da Riot Games
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