"Borderlands 3" chega fazendo barulho e acumulando polêmicas
Caos e destruição são duas características que o marketing de "Borderlands 3" gosta de exaltar no jogo, que chega nesta sexta-feira (13) ao Xbox One, PS4 e PC (Epic Store). Só que fora dos cenários coloridos e cheios de armas malucas, há também muita confusão e polêmicas.
Entre um truque de mágica e outro de Randy Pitchford, CEO da desenvolvedora Gearbox, o barulho em torno do jogo envolveu acusações de agressão, perseguições e um método estranho de mandar cópias de análises do game para a imprensa. Explicamos tudo aqui.
O polêmico Randy Pitchford
O CEO da Gearbox e mágico entusiasta Randy Pitchford é uma figura controversa. No início do ano, por exemplo, segundo reportagem do site Kotaku (em inglês), um ex-funcionário da desenvolvedora e amigo pessoal de Pitchford o processou, acusando o executivo de receber secretamente US$ 12 milhões (algo em torno de R$ 49 milhões na cotação de hoje) da produtora 2K, valor que deveria ser destinado aos funcionários da Gearbox.
Após o evento de revelação de "Borderlands 3", em maio, que teve apresentação de mágica do próprio Pitchford, ele se envolveu em ainda mais polêmicas. Sabe aquela história de que algumas figuras públicas deveriam ficar longe do Twitter?
As mensagens de Pitchford volta e meia acabam em confusão. Seja por ele não concordar que "Borderlands 3" tenha microtransações, sendo que obviamente o game possui, e discutir no Twitter com o editor do site GameInformer, Andy McNamara, como reportou o Newsweek (em Inglês). Ele também disse que o dublador Troy Baker não quis retornar ao papel do personagem Rhys (do jogo "Tales From Borderlands") no terceiro game, sendo que o próprio Baker depois desmentiu o executivo, dizendo ao site Onlysp (em inglês) que nunca foi chamado pela Gearbox,
Pitchford ficou com a imagem tão desgastada que não apareceu mais em eventos para promover "Borderlands 3", deixando a função para outros desenvolvedores do estúdio.
Exclusividade na Epic Games Store
"Borderlands 3" foi anunciado como mais um exclusivo da Epic Games Store no PC, juntando-se a outros grandes lançamentos como "The Division 2", "Metro Exodus" e "Shenmue 3".
No caso do looter shooter da Gearbox, a exclusividade vai durar seis meses. Ainda assim, a notícia não foi bem recebida por parte dos fãs, que fizeram questão de mostrar essa revolta promovendo um review bombing em "Boderlands 2" no Steam.
Foi então que Randy Pitchford saiu em defesa da decisão de lançarem o game primeiro no rival do Steam (que, vale relembrar, é somente por seis meses). Em uma mensagem no Twitter, ele lamentava o "mau uso" da plataforma, em referência ao review bombing, e acusava o Steam de não querer resolver o problema.
A única coisa estranha nessa história é que a Gearbox ainda não deu indícios se os demais jogos da série, todos ainda disponíveis no Steam, também vão estar à venda na plataforma da Epic.
Acusações do dublador de Claptrap
Claptrap é um dos personagens mais reconhecidos da série Borderlands, mas ele vai estar um pouco diferente no novo game. Isso porque David Edding não será mais a voz do robozinho, já que ele não recebeu pelos trabalhos anteriores.
Segundo o site Gameindustry.biz (em inglês) em maio, Edding também liderava a parte de negócios na Gearbox e saiu do estúdio em 2017, mas diz que recusaram pagá-lo pelos trabalhos de dublagem.
A situação escalonou tanto, com discussões dele e do CEO Randy Pitchford no Twitter, que o ex-funcionário acabou revelando que Pitchford o agrediu fisicamente durante a GDC (Game Developers Conference) 2017.
Em resposta, na época, a Gearbox disse que "vai se abster de comentar as acusações por ser um assunto pessoal".
Confusão com youtuber
Em agosto, o youtuber americano SupMatto teve seu canal removido da plataforma após investigações da 2K, a produtora de "Borderlands 3", de que ele estaria se aproveitando de material vazado do jogo.
Pouco antes, SupMatto havia acusado a produtora de contratar dois investigadores particulares para irem até sua casa por causa dos vídeos que ele fazia sobre os vazamentos, o que foi confirmado depois pela empresa.
Em resposta ao site The Verge (em inglês), a produtora diz que as ações "foram resultado de uma investigação de meses e do histórico do criador de conteúdo de lucrar ao quebrar nossas políticas, vazando informações confidenciais sobre o nosso produto e infringindo nossos direitos autorais".
SuppMatto dizia apenas usar thumbnails vazadas de transmissões na Twitch para fazer vídeos sobre conteúdos que estariam em "Borderlands 3". Porém, algumas fontes próximas revelaram que o youtuber cobrava por um chat privado no Discord para revelar os dados vazados do game.
Review de jogo inacabado
Em vez de enviar cópias antecipadas de "Borderlands 3" para veículos de imprensa e criadores de conteúdo realizarem a análise do game, a produtora 2K optou por um método pouco convencional: a empresa disponibilizou contas especiais da Epic Games Store com versões inacabadas de "Borderlands 3" para serem testadas, como reportado pelo site Kotaku (em inglês).
Pior, a empresa deixou claro que os alguns conteúdos poderiam nem estar na versão final do game. No caso do review no site Polygon, por exemplo, foram encontrados tantos bugs que alguns apagavam o progresso ou travavam o game. Tenso.
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