"Ghostcrawler" fala sobre os desafios da Riot e de LoL em visita ao Brasil
Nos 10 anos de "League of Legends", a Riot Games parece ter decidido tirar o atraso. Depois de anunciar novos jogos e projetos em outubro, a empresa revelou a Riot Forge, selo para expandir o MOBA para diversos gêneros em parceria com outros estúdios. Na semana passada, mais novidades durante o The Game Awards 2019: foram anunciados "Ruined King" e "CONV/RGENCE", os dois primeiros lançamento da Forge.
Um dos nomes por trás desses anúncios é Greg "Ghostcrawler" Street, veterano da indústria dos games, oceanógrafo e também um cara de sorte. Afinal, não é todo mundo que pode colocar no currículo a participação em games como "Age of Empires", "World of Warcraft" e, mais recentemente, "LoL".
Greg, que está há seis anos na Riot, veio ao Brasil pela primeira vez para a CCXP. Ele já trabalhou como diretor de design na empresa, e atualmente é vice-presidente de propriedades intelectuais e entretenimento.
Em entrevista ao START, o senhor "Ghostcrawler" falou sobre os desafios que a Riot encara ao anunciar diversos games, diversidade na indústria e como se manter atualizado no frenético mercado de jogos online.
START: A Riot Games fez 10 anos em 2019 e anunciou vários jogos, desde FPS até mobile. Como é adaptar para vários jogos diferentes uma empresa que se concentrou tanto em um jogo só?
Greg Street: Tem sido muito difícil. A empresa foi criada com o objetivo de fazer o "League of Legends", e jamais gostaríamos de passar a mensagem aos jogadores de LoL de que eles não são mais importantes. Portanto, não queríamos dedicar recursos demais para os novos jogos. Você pode imaginar que, dentro da Riot, pessoas que trabalhavam em League of Legends há muito tempo ficaram pensando "ah, agora eu trabalho em um novo jogo". Mas se todos saírem de League of Legends, ninguém vai trabalhar nele, então temos que equilibrar e garantir que vamos manter todos os jogos rodando.
START: Com essa leva de novos jogos, há chances de a Riot perder o foco?
Street: Espero que não. A empresa cresceu bastante, então permitimos que cada uma das equipes trabalhe de maneira um pouco independente. Para garantir que cada jogo receba o apoio necessário e que as equipes, como a minha, estejam lá para ajudar a apoiar todas as diferentes equipes. Portanto, se as equipes precisarem conhecer uma parte específica do nosso universo, podemos ajudá-los com isso. Espero que as equipes de suporte ajudem a garantir que não percamos o foco.
START: Há outros desafios que a empresa encara?
Street: Sim, nós terminamos o Mundial e, portanto, o próximo grande passo para nós será o início da temporada para o próximo ano. Então vamos fazer mais um vídeo emocionante de começo de temporada. Depois temos que começar a pensar sobre coisas como o Mundial para 2020. É, nunca termina, temos sempre alguma coisa nova.
Precisamos ter muitas visões diferentes representadas porque é dessa maneira que criaremos conteúdo que ressoe para nossos jogadores
START: Como a Riot Games enxerga a diversidade? Na questão de gêneros, raças e países?
Street: É realmente importante para nós termos um jogo global. Temos milhões de jogadores no Brasil, Ásia, Turquia e Oriente Médio. Precisamos ter muitas visões diferentes representadas porque é dessa maneira que criaremos conteúdo que ressoe para nossos jogadores. Se você tem toda a empresa com a mesma aparência, acaba criando o mesmo tipo de coisa o tempo todo, em vez de conhecer uma diversidade de conteúdo.
START: Essa é a sua primeira vez no Brasil, o que vocês mais se surpreendeu com país? Seja aqui no evento ou com o público de LoL?
Street: Fiquei surpreso com a simpatia do povo brasileiro. Como todo mundo é tão legal conosco, mesmo quando tenho problemas para ler um menu em restaurante, pessoas que não conheço vêm ajudar, isso tem sido muito legal. Sobre os jogadores de League of Legends, eu fiquei surpreso de ver como eles adoram a história do jogo. Eles querem saber mais sobre o mundo, o que me deixa empolgado, porque essa é a parte do jogo na qual venho trabalhando mais atualmente.
Converso com jogadores mais jovens sobre o que é importante para eles e como é a vida deles e isso ajuda a lembrar quem é o público, porque queremos fazer o jogo para os jogadores, não só para nós mesmos
START: Você trabalha na indústria de games há vinte anos. Como você mantém a mente aberta com essa nova leva de jogos, diferentes ideias, novos públicos?
Street: Eventos como esse me ajudam muito porque eu converso com muitos jogadores, eles sempre querem contar sobre sua experiência. Compreendo o que é importante para eles e isso me ajuda a me manter aberto. Mesmo que eu já seja um pouco velho, isso ajuda a me manter com uma mentalidade jovem. Converso com jogadores mais jovens sobre o que é importante para eles e como é a vida deles e isso ajuda você a lembrar quem é o público, porque queremos fazer o jogo para os jogadores, não só para nós mesmos.
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