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Conheça Konqueror, o melhor jogador de "Mortal Kombat" do Brasil

Konqueror tem apenas 21 anos e já é campeão brasileiro de Mortal Kombat - Jefferson Kayo/UOL
Konqueror tem apenas 21 anos e já é campeão brasileiro de Mortal Kombat Imagem: Jefferson Kayo/UOL

Jefferson Kayo

Colaboração para o START

29/01/2020 04h00

O paulistano Wellington de Castro, o Konqueror, conquistou a Liga Latina de "Mortal Kombat 11" e é o mais novo campeão brasileiro e latino-americano no game. Ele tem apenas 21 anos e representa uma nova geração de jogadores profissionais na cena de jogos de luta.

Sem a cultura de fliperama mais tão presente, Konqueror e jogadores mais novos se adaptaram perfeitamente aos tempos modernos, com partidas online no conforto das suas residências, e estão aí para provar que são tão habilidosos quanto os antigos jogadores.

Na humildade

O campeão da etapa latino americana de "MK11" não se via como o representante da região em nenhum dos momentos que pudemos conversar com ele. "Na verdade, eu vim com o intuito de garantir pelo menos um Top 6 [na final brasileira], porque meu principal objetivo era conseguir jogar a final latino americana", contou Konqueror, da forma mais humilde que você pode imaginar.

Mortal Kombat Konqueror - Jeff Kayo/UOL - Jeff Kayo/UOL
Konqueror foi campeão brasileiro de forma invicta
Imagem: Jeff Kayo/UOL

Konqueror demonstrou uma performance invejável nos dois dias de campeonato. Invicto na final brasileira do sábado (25), sua primeira derrota aconteceu apenas na primeira disputa entre os vencedores do Top 8 da etapa Latam, no domingo (26).

Mesmo perdendo a invencibilidade, ele manteve a compostura: "Quando eu perdi, esfriei a cabeça e pensei 'Deixa eu ver o que ele tá fazendo de errado' e me adaptar'. Eu tava respeitando muita coisa que não era para respeitar. E quando chegou a grand finals eu simplesmente não me segurei, fui que fui"

Jogo de luta é isso, um adapta no jogo do outro e vence, no detalhe, quem joga melhor mesmo
Konqueror, campeão latino-americano de Mortal Kombat 11

Friamente Calculado

Konqueror manteve o seu Sub-Zero durante todas as partidas e enfrentou os grandes mestres de bonecos considerados favoritos dentro do game de igual para igual. "Eu jogo de Sub-Zero e, inclusive, eu só jogo de Sub-Zero, independente da matchup. É o meu personagem favorito dentro do jogo", explica Konqueror, que hoje é fácil e sem a menor sombra de dúvidas, o melhor Sub-Zero do Brasil.

Sub Zero - Reprodução - Reprodução
Sub-Zero não é um boneco muito usado em competições
Imagem: Reprodução

O jovem ingressou no mundo competitivo em 2014, durante a fase do primeiro "Injustice", outro jogo da desenvolvedora de "Mortal Kombat", a NetherRealm. Porém, foi só em 2015 que começou a participar de torneios presenciais, já na época de "Mortal Kombat X".

Ele ganhou o torneio do jogo no Fight in Rio, em 2016, e ficou em segundo no Treta Championship, no mesmo ano. Desde então, Konqueror pegou gosto pela competição e passou a se organizar financeiramente para visitar os maiores campeonatos do país, em Minas, Rio, Paraná e alguns do exterior também, tirando tudo do próprio bolso.

E é assim, quando você começa a jogar, você vai para o campeonato, e quando você ganha, você usa o dinheiro da premiação para continuar indo a outros torneios
Konqueror, jogador profissional de Mortal Kombat

Wellington chegou a conseguir um patrocínio com o time brasileiro Top Fighters e, segundo ele, foi uma parceria muito boa.

"O Top Fighters era também o antigo time do Didimokof, tinha uma administração muito boa, mas infelizmente acabou não dando certo. O time fechou as portas, não existe mais, mas foi o melhor time que eu participei, sem a menor sombra de dúvidas", explica.

Rival no controle, amigo na vida real

Dentre as suas principais inspirações dentro do jogo está o amigo e rival KillerXinok, que é um dos jogadores de maior renome na cena competitiva de "Mortal Kombat" no Brasil.

"Se eu for atrás de uma inspiração por conta do Sub-Zero, acho que não tem quase ninguém que joga com ele, só eu mesmo. Agora como jogador, KillerXinok é um cara que eu tenho muito como base. Tem também o Mr. Bruno, e esses dois para mim são os melhores jogadores do Brasil e os que eu mais me inspiro".

Para quem resolver ingressar na cena competitiva daqui em diante, fica a dica do campeão latino americano: "Para quem tá começando aí, o importante é você sempre assistir [as lutas]. Eu perco mais o meu tempo assistindo do que jogando, porque assim você acaba descobrindo algumas coisas também".

A próxima batalha do brasileiro Konqueror agora é com o consulado americano para a retirada do visto. Em 2017 ele teve seu visto negado para disputar o torneio de "Injustice 2", mas apesar da preocupação natural, o mesmo não deve voltar a acontecer, já que hoje em dia existem vistos dedicados para jogadores profissionais.

Para Wellington, agora é hora de estudar as matchups e preparar o seu Sub-Zero para a disputa final de "Mortal Kombat 11", que vão acontecer entre os dias 7 e 8 de março, em Chicago.

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