Streets of Rage 4: remake de Wonder Boy "deu moral" com a Sega, diz diretor
Este ano será importantíssimo para quem gosta da série Streets of Rage. Hibernando desde 1994, a franquia de porradaria da Sega retorna com Streets of Rage 4 em algum momento de 2020 para Xbox One, PS4, Nintendo Switch e PC e parece ser tudo o que os nostálgicos queriam de um novo game, sem querer inventar muita moda.
Para saber mais dos bastidores e detalhes da produção, o START conversou com Ben Fiquet, diretor de criação da Lizardcube, estúdio responsável pelo novo jogo. Ele revelou como o sucesso de Wonder Boy: The Dragon's Trap (2017) colocou o estúdio em posição de destaque para assumir Streets of Rage 4, e comentou o que os fãs podem esperar do game.
"Depois de Wonder Boy, estava procurando por coisas diferentes para fazer num novo projeto e, obviamente, Streets of Rage veio à mente, já que era um dos meus jogos favoritos quando adolescente", conta Ben Fiquet.
O Wonder Boy ao qual ele se refere é nada menos que The Dragon's Trap, remake do terceiro jogo da franquia lançado em 2017. O jogo serve de atestado definitivo para a qualidade do trabalho do estúdio. Caso alguma dúvida quanto à qualidade de Streets of Rage 4 ainda exista em sua cabeça nostálgica, experimente The Dragon's Trap.
Wonder Boy: The Dragon's Trap
"Mal sabia eu que Cyrille, da Dotemu, também estava de olho na licença. Quando saímos para beber, pensamos que seria incrível caso pudéssemos fazer outro jogo da série". Pelo visto, dividir bons drinks faz mesmo o mundo girar.
Felizmente, já havíamos trabalhado com a SEGA em Wonder Boy, e o jogo foi muito bem, tanto em vendas quanto na crítica. Já mostramos que poderíamos cuidar muito bem de uma licença tão querida, o que gerou confiança com a SEGA
Ben Fiquet, diretor de Streets of Rage 4
Recentemente, um novo vídeo de bastidores da produção (com narração de Fiquet) foi divulgado, e o resultado só atesta a qualidade do que está por vir. A parceria segue forte entre a Lizardcube, a publicadora Dotemu (também de Wonder Boy: The Dragon's Trap) e Guard Crush Games, de Streets of Fury.
Acompanhe o nosso bate-papo completo com o diretor:
START: Como você se sente ao lidar com essa responsabilidade de trazer de volta uma das franquias de videogame mais icônicas e amadas, e depois de tanto tempo?
Ben: Bem, no começo, você não pensa muito sobre isso - quando ainda está na fase conceitual, pode sonhar alto. Mas quando o projeto começa a ser real, o jogo toma forma e você pode ver muito de sua tração, acho que aí você sente a pressão. É claro que não queríamos fazer uma sequência não-fiel e planejávamos muito ser uma extensão incrível, mas trazemos tantas coisas novas, que esperamos ressoar tanto para os fãs quanto para os novatos.
START: A reação dos fãs ao primeiro trailer, quando Streets of Rage 4 foi revelado, teve um impacto positivo em você? Tem sido motivador nesse sentido?
Ben: Sim, claro, a reação dos fãs foi incrível desde o início. E através dos diferentes trailers e eventos, conseguimos convencer mais e mais pessoas. Isso nos motivou a tornar esse jogo ainda mais incrível.
START: Com Axel, Blaze e, mais recentemente, Adam, a gangue clássica já está confirmada para retornar. Podemos esperar mais surpresas da trilogia original, como o Dr. Zan, Skate ou Max?
Haverá surpresas, no entanto, não exatamente o que você está esperando.
Ben Fiquet, diretor de Streets of Rage 4
START: Donovan, Signal, Big Ben e alguns outros baderneiros dos jogos anteriores podem ser vistos na porradaria dos trailers. Pensando nisso e na nova personagem, Cherry, como é misturar nostalgia com algo novo?
Ben: Cherry está aqui para substituir Skate como um personagem rápido e nervoso. Como a história se passa 10 anos após SoR 3, não conseguia enxergar como algo legal, um Skate adulto ainda com seu par de patins, então, tentei criar algo legal para ela, Cherry, e vinculá-la de alguma forma aos personagens originais.
START: Como tem sido trabalhar com o compositor dos jogos originais Yuzo Koshiro?
Ben: Yuzo Koshiro é a alma da licença (e da família Koshiro), não faria sentido não tê-lo a bordo. Seu talento e o talento de seus colegas compositores, especialmente Kawashima-san, mas também Shimomura ou Yamagishi, foram inestimáveis, para dizer o mínimo. Espero que as pessoas gostem tanto das músicas novas quanto das originais.
START: Você se lembra como foi o seu primeiro contato com a franquia? E que tipo de impacto isso teve em você? Qual foi seu personagem favorito e o chefe mais irritante para derrotar?
Ben: Eu acho que tinha 13 anos ou algo assim quando escolhi Streets of Rage 2 aleatoriamente nas prateleiras do supermercado. Fui fisgado e joguei sem parar, destruindo um ou dois controladores no processo. Favorito: Axel. Pior chefe: Jet.
START: Sabemos o quanto isso vai ser difícil de responder, mas ainda é preciso perguntar: caso a Sega oferecesse qualquer outro jogo para você trabalhar após Streets of Rage 4, qual você escolheria?
Ben: Tantos. Há algo de especial nos jogos da Sega na era de ouro. Para ampliar o espectro de jogos nos quais poderia trabalhar, escolheria Shining Force 2. Também porque amo os desenhos de Yoshitaka Tamaki.
Streets of Rage 4
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