Coronavírus: Máscara, distância e isolamento: as dicas dos coreanos do LoL
Medidas de higiene e comportamento social comuns em países asiáticos servem de exemplo para os brasileiros no enfrentamento à disseminação do novo coronavírus. Jogadores profissionais de League of Legends (LoL) da Coreia do Sul que estão no Brasil confirmam que o uso de máscaras por doentes e os cumprimentos sem contato físico são eficazes para evitar a transmissão de enfermidades como a covid-19.
Kim "Rainbow" Soo-gi, pro-player do Santos e-Sports, conta que sul-coreanos com doenças infecciosas permanecem em casa, usam máscaras se precisam sair às ruas e lavam as mãos constantemente. São exatamente as medidas que as autoridades brasileiras pedem que a população adote em razão do novo coronavírus.
Na Coreia do Sul, contudo, isso é uma "questão cultural", ressalta Rainbow. Mesmo sem epidemia, é a postura adotada pelo povo, inclusive em outros países da Ásia, como no Japão. "Os próprios coreanos evitam contato com outros para diminuir a contaminação".
"Os coreanos são extremamente empáticos. Por se colocarem no lugar do próximo, em situações como a atual, empenham-se ao máximo para não transmitir a doença aos outros", comenta a tradutora Karina "Yoonie1" Sung He Yoon, que é filha de coreanos e trabalha na KaBuM auxiliando os cyber-atletas estrangeiros da equipe de LoL.
Yoonie1, que respondeu às questões do START com a colaboração dos jogadores Lee "Parang" Sang-won e Na "Wiz" Yoo-joon, acredita que os coreanos podem servir de exemplo para os brasileiros porque enfrentam crises como a atual com responsabilidade. "É respeitar os avisos que são divulgados para prevenção, como evitar sair de casa, e não tratar as informações como um exagero, seguindo as precauções recomendadas".
Nada de beijos!
Além do uso de máscara e do isolamento social em caso de doença, outra característica do povo da Coreia do Sul é o distanciamento na hora dos cumprimentos.
Ao contrário dos brasileiros, que dão beijos e abraços, inclusive em desconhecidos, os coreanos só acenam ou se curvam em direção à outra pessoa. No máximo, há um aperto de mão, que pressupõe envolvimento e é visto como sinal de respeito.
"Eu fiquei surpreso de como os brasileiros são calorosos", admite Rainbow, do Santos. "Na Coreia não é assim, somente aperto de mão. Se eu der um abraço e um beijo em uma mulher com quem não tenho intimidade, ela me dá um tapa na cara".
O treinador-chefe do Flamengo, Son "StarDust" Seok-hee, destaca que a maior proximidade faz parte da "cultura ocidental", mas que "é hora de ser mais cuidadoso". Ele diz que todos no País "devem se distanciar ao máximo uns dos outros".
StarDust também chama atenção dos jovens que acompanham as competições de esportes eletrônicos para a necessidade de se conscientizarem sobre as precauções necessárias. "Eu raramente vejo pessoas com máscaras no Brasil. A covid-19 não prejudica muito os jovens, então eles não se preocupam. Mas deveriam. Para que a transmissão seja interrompida".
Preocupação
Os entrevistados pelo START dizem que não tiveram parentes infectados pelo novo coronavírus na Coreia do Sul, onde a doença já contaminou 8,9 mil cidadãos e matou mais de 110.
"Minha família em Seul fica calma em casa, esperando que isso passe. Minha mãe trabalha em um restaurante e, quando a disseminação de covid-19 se tornou séria, decidiu fechar o estabelecimento por um mês", conta StarDust.
"Nossos parentes sempre nos informam sobre a atualização dos testes para detectar possíveis contaminações, como está o isolamento de pessoas infectadas e o tratamento intensivo aos pacientes com monitoramento contínuo", relatam Yoonie1, Parang, Wiz, da KaBuM.
Eles confessam que os familiares estão preocupados com a situação no Brasil e em constante contato para saber se estão tomando todas as medidas recomendadas pelas autoridades.
Na semana passada, o START mostrou o êxito da Coreia do Sul em conter a covid-19 a partir da óptica do pesquisador brasileiro Rafael Pereira, de 33 anos, que faz o Doutorado em Psicologia de eSports na capital sul-coreana Seul.
Os torneios oficiais de LoL no Brasil estão temporariamente suspensos em razão do novo coronavírus. O Campeonato Brasileiro (CBLoL), dos times da elite, e o Circuito Desafiante, da 2ª divisão, foram interrompidos e ainda não têm data para serem retomados. Também como precaução, as equipes brasileiras desocuparam os centros de treinamento e pasaram a trabalhar no sistema de home office.
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