Família de brutt vê negligência e vai à Justiça pela morte do jogador
Resumo da notícia
- Matheus "brutt" Queiroz, promessa do Counter-Strike brasileiro, morreu em dezembro de 2019 com uma infecção desconhecida no cérebro
- Ações na Justiça são contra as equipes Team Reapers e Imperial Esports
- Mãe do jogador afirma que ele disputava partidas com dor, e que gaming houses não tinham condições adequadas
Uma série de supostas negligências levou à morte do cyber-atleta Matheus "brutt" Queiroz, promessa do Counter-Strike brasileiro, de acordo com os pais dele. O jovem morreu em dezembro de 2019 com uma infecção desconhecida no cérebro, e os parentes acreditam que o desfecho poderia ter sido outro se tivesse havido rapidez no diagnóstico, tratamento adequado e suporte das equipes de eSports pelas quais o jogador passou.
Inconformada, a mãe do pro-player, a autônoma Cristiane Fernandes Queiroz Coelho, de 48 anos, iniciará ações judiciais nas áreas cível, criminal e trabalhista contra Team Reapers e Imperial Esports, equipes que brutt defendeu na sua curta, mas promissora carreira. Os clubes também foram ouvidos pelo START: eles contestam as reclamações da mãe e negam desassistência ao jogador (leia as respostas na conclusão do texto).
Carreira em ascensão
Quando morreu, aos 19 anos, brutt vivia uma ascensão. Ele estava na Imperial e disputava o Campeonato Brasileiro de Counter-Strike (CBCS), um dos mais importantes torneios da modalidade no Brasil.
Brutt sofreu com dores de cabeça intensas, vômitos constantes e perda de visão e mobilidade. O pro-player morreu em 15 de dezembro por infecção do sistema nervoso central não especificada, provocando comoção na comunidade de eSports e deixando os parentes desolados.
Minha família acabou, a carreira do meu filho acabou. Um menino jovem, bom, bonito, sonhador. Foi muita gente no enterro dele, ninguém entendia o que aconteceu
Cristiane Fernandes Queiroz Coelho, mãe de brutt
Diarreia e dor de estômago
Depois de meses de sofrimento e reclusão, a mãe de brutt decidiu falar à imprensa sobre o caso do filho pela primeira vez. Ela conversou com o START com exclusividade e relatou o sofrimento do jogador nos últimos meses de vida.
Residente no Rio de Janeiro, brutt se mudou para São Paulo para morar na gaming house da Team Reapers em agosto de 2019. Ele havia entrado para a equipe em dezembro de 2018, mas antes jogava da própria residência pela internet. Era a primeira vez que o pro-player saía de casa para viver de eSports.
Foi a partir daí, conforme Cristiane, que brutt começou a ter diarreia. Outros jogadores do time afirmam que também manifestaram o mesmo problema. Eles desconfiavam que a causa poderia ser a água do filtro, com sabor estranho.
Um ex-jogador da Team Reapers, que pediu para não ser identificado, confirmou a informação ao START. "A água tinha gosto ruim, todos relataram isso. Umas pessoas tiveram problemas intestinais, mas não temos certeza se era por conta da água ou da comida. Por um tempo ficamos comprando água e depois voltamos a usar o filtro. Tivemos de nos acostumar com o sabor".
Após o 3º/4º lugar na primeira temporada do CBCS, a Team Reapers dispensou todo o elenco, com exceção de brutt, em outubro de 2019. Ele ficou responsável, segundo a mãe, por montar a nova line-up.
Nessa época, brutt passou a sentir dores de estômago e, por duas vezes, procurou atendimento de saúde, sozinho, primeiro na rede privada e depois na pública. Na última consulta, recebeu o diagnóstico de esofagite (inflamação do esôfago) e gastroenterite (infecção intestinal). Ele não tinha convênio médico.
Nova casa com problemas
Insatisfeito com o desempenho do novo time da Team Reapers, brutt aceitou uma proposta da Imperial, para onde se transferiu em novembro, no início da segunda temporada do CBCS.
Contudo, a esperança de dias melhores não se concretizou. Isso porque, segundo a mãe de brutt, a casa da Imperial não contava com ar-condicionado e ficava perto do Aeroporto de Congonhas, de modo que os jogadores tinham dificuldade para descansar por conta do calor e do barulho. Além disso, aconteciam episódios de desabastecimento de comida e o banheiro alagava com o constante entupimento do ralo.
Os cyber-atletas chegaram a fazer um grupo no WhatsApp para apresentar reclamações a um dos donos da Imperial, Felippe Martins. Eles contaram que precisavam pedir comida por aplicativo porque a alimentação nem sempre era suficiente e se queixaram do calor e do som alto da passagem dos aviões.
Em mensagens de áudio, o executivo admitiu as condições ruins da gaming house e alegou que não tinha conhecimento prévio disso. Os membros do clube se mudaram ainda em dezembro e hoje estão em uma casa diferente.
Para a mãe de brutt, a situação na Imperial contribuiu para a piora do estado de saúde dele.
Idas ao médico
Durante o período na Imperial, brutt procurou atendimento médico pelo menos cinco vezes. Ele só recebeu a indicação para fazer tomografia da cabeça quando se consultou com um médico conhecido da família. Depois de diarreia e dor no estômago, brutt começou a ter tosse, no início de novembro. Na sequência, passou a relatar dor de cabeça intensa.
Os médicos que atenderam brutt deram diagnósticos como tosse alérgica, sinusite e, por último, pneumonia, sem se aprofundarem na investigação do caso.
Após quatro consultas na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Vila Santa Catarina, em São Paulo, em diferentes datas, a mãe de brutt decidiu levá-lo ao Rio de Janeiro para poder cuidar melhor dele e dar os antibióticos receitados para a suposta pneumonia.
"Quando cheguei no quarto [da casa da Imperial], vi meu filho deitado em uma cama de casal. Ele, pálido, com os olhos roxos. Meu filho parecia um morto-vivo. Tinha duas toalhas molhadas na cabeça", relata Cristiane sobre o dia 30 de novembro, quando chegou para buscar brutt em São Paulo.
Ela conta que o jogador não havia conseguido comprar os medicamentos que o médico da UPA receitou naquele dia. "Ninguém comprou os remédios para o meu filho".
De noite, brutt vomitou muito e teve uma piora no quadro de saúde. "Meu filho andava todo duro, não mexia a cabeça e nem o pescoço. Ele ainda suspendia os ombros de tanta dor", relembra a autônoma.
Capuz na cabeça e toalha na nuca
No dia anterior, em 29 de novembro, brutt havia aparecido na transmissão do CBCS com capuz cobrindo a cabeça. Após a partida entre Uppercut e Imperial, o pro-player relatou à mãe que usava o capuz para esconder que estava com uma toalha molhada na nuca, tamanha era a dor na cabeça.
"Cadê a fiscalização deste evento? Mesmo que meu filho quisesse jogar doente, teria que ter uma pessoa para observar e dizer que ele não teria condições. No futebol, quando se lesiona, pode ser o melhor jogador que for, ele não entra em campo", critica a mãe de brutt.
Em nota, a organização do CBCS declara que, quando há queixa de um jogador, o responsável pela equipe é acionado para se avaliar a situação, mas que não recebeu reclamação de brutt ou da Imperial no dia do jogo. Os fiscais não relataram a presença de nenhum item além da vestimenta autorizada pelo regulamento.
"Os colaboradores responsáveis pela fiscalização do campeonato prezam pelo cumprimento de todas as regras e bem-estar de todos os envolvidos na partida", sustenta o CBCS.
Últimos dias
Com a liberação da Imperial para tratar da saúde no Rio de Janeiro, brutt esteve na Clínica Médica Cemeru no Campo Grande, bairro de residência da família. Novamente, o médico disse que se tratava de uma pneumonia. Nesse dia, o dono da Imperial transferiu R$ 800,00 para a conta de Cristiane para ajudar com as despesas.
Preocupada, Cristiane levou o filho para uma consulta em um médico conhecido da família. Foi lá, em 5 de dezembro, que finalmente se requisitou uma tomografia da cabeça pela primeira vez.
No dia seguinte, durante o exame em um laboratório particular, os profissionais que atenderam brutt logo constataram a gravidade da situação.
"O médico disse para o meu esposo que o Matheus tinha muitas lesões no cérebro e que era para procurar um neurologista urgentemente", conta a mãe do cyber-atleta.
Prevendo mais custos, Cristiane voltou a entrar em contato com a Imperial. O gerente da equipe disse que iria conversar com os donos, mas que a ajuda de R$ 800,00 dada por Felippe Martins era uma colaboração à parte, porque o clube não paga assistência em saúde ou convênio. "Ficou por isso mesmo. Não veio resposta", diz a autônoma.
O próprio brutt pagou a consulta com o neurologista. "O médico ficou apavorado quando viu o exame e ainda virou para o meu filho e disse: você está muito bem pelo que você tem", relata Cristiane.
A família levou brutt para atendimento no Hospital Estadual Alberto Torres, onde a equipe médica o internou e realizou uma série de exames para tentar descobrir o que eram as lesões no cérebro. Sem sucesso.
"Um neurologista veio conversar comigo dizendo que lá não tinham mais nada para fazer, porque haviam realizado tudo quanto é exame e não descobriram o que meu filho tinha", narra a mãe sobre a conversa que ocorreu depois de cinco dias de hospitalização de brutt.
Transferido para o Hospital Universitário Pedro Ernesto, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), o pro-player passou por novos exames, mas piorou de saúde. Ficou com a visão turva e tinha dificuldade para se equilibrar e caminhar. Ele não conseguia se alimentar, pois vomitava, e só bebia água. Nem soro recebia.
Após mais uma tomografia, uma infectologista disse à mãe que o jogador passaria a tomar uma medicação para tratar uma inflamação em um dos edemas cerebrais. "A infectologista nos deu mil esperanças", relembra a autônoma.
Dois dias depois de dar entrada no hospital, brutt foi levado para Unidade de Terapia Intensiva (UTI) devido à piora do quadro.
"Eu até agradeci", relata Cristiane sobre a transferência para a UTI. "Porque meu filho estava piorando e, na internação, era tratado como um caso de pesquisa. Eles não estavam se importando com vômito, que o menino não comia nada, com a pressão alta dele".
Morte e desalento
Porém, horas após a ida para a UTI, brutt não resistiu e morreu. A mãe e o pai do jogador receberam a notícia na manhã de 15 de dezembro, ao chegarem ao hospital.
"A médica falou que, de madrugada, o Matheus teve uma parada cardíaca de 1h20. Eu perguntei se não tinha jeito, se não tinha como operar. Ela só sacudiu a cabeça e falou que os órgãos já estavam parando, que não tinha mais o que fazer. Era só esperar", diz Cristiane.
Foi um desfecho trágico para uma vida promissora. "Um menino da Zona Oeste do Rio de Janeiro conquistar o que ele conquistou em tão pouco tempo", suspira a mãe, emocionada. "Os amigos vibravam em dias de jogos dele. Eram dias de alegria aqui em casa".
Tristeza e revolta
Depois da morte, a Imperial fez uma transferência de R$ 5 mil a Cristiane. Ela se disse surpresa, porque o clube não a teria ajudado como deveria durante a busca por atendimento médico. Ela, brutt e os parentes é que arcaram com a maioria das despesas. Enquanto esteve na gaming house, o jogador era levado à UPA, uma unidade pública de saúde.
"Com esse dinheiro eu pago o enterro do meu filho. Por que não me ajudaram antes? Por que depois que meu filho morreu apareceu o dinheiro? Mandaram R$ 5 mil. Foi o valor do enterro", reclama Cristiane.
Ela ainda aponta que nenhum representante da Imperial apareceu no enterro de brutt, no Rio de Janeiro. Até membros de outras equipes estiveram presentes. "Só mandaram uma coroa de flores", ressalta Cristiane, dizendo não ter sido procurada pelos donos do clube após a morte.
A vida deles [da Imperial] segue normal. Para nós aqui, é hospital, é cardiologista, é psiquiatra, é psicólogo, é remédio para dormir, é passar mal, é vizinho acudindo
Cristiane Fernandes Queiroz Coelho, mãe de brutt
A morte de brutt provocou consternação na comunidade de eSports e aconteceu durante a disputa da Gamers Club Masters, o que potencializou a comoção, com homenagens ao vivo na transmissão do campeonato e nas redes sociais.
Embora não tenha havido um diagnóstico conclusivo sobre o que provocou a infecção no cérebro de brutt, Cristiane acredita que houve erros, tanto nos atendimentos médicos quanto das equipes de eSports.
Ela quer o reconhecimento dos direitos trabalhistas de brutt, já que o jogador não teve carteira assinada na Team Reapers e na Imperial Esports, e a responsabilização dos clubes.
Processos na Justiça
Defensor da mãe do cyber-atleta, o advogado Helio Tadeu Brogna Coelho Zwicker conta que iniciará ações judiciais nas áreas cível, criminal e trabalhista contra Team Reapers e Imperial Esports.
"Essas empresas têm responsabilidade, em tese, pela negligência sucedida por eventos que podem ter levado brutt à morte", comenta o advogado.
"Há uma porção de provas que revelam a inexistência de condições adequadas de salubridade na gaming house. Sobretudo, existem provas ainda mais robustas de que os times não prestavam assistência à saúde do jogador e deixaram de agir quando foram indicadas ocorrências sob sua responsabilidade", sustenta Helio.
Ele alega que os processos serão contra as equipes, e não contra as unidades médicas, porque os clubes é que são responsáveis pela saúde dos cyber-atletas. "As empresas não fizeram exames admissionais, demissionais e periódicos e não tinham assistência adequada à saúde do atleta. É uma negligência das empresas. As leis trabalhistas e desportivas jogam toda a responsabilidade para cima do empregador".
Posicionamento da Imperial
Um dos donos da Imperial Esports, Felippe Martins sustenta que houve assistência a brutt, inclusive com dinheiro, quando solicitado, mesmo com o clube não arcando com convênio médico, porque a direção entendeu que se tratava de um caso atípico. Ele enfatiza que as condições da gaming house não contribuíram para a piora da saúde do jogador.
Em entrevista ao START, Felippe diz que não tinha conhecimento prévio dos problemas da gaming house e que, a partir do momento que soube, o clube trabalhou para saná-los.
Apesar das reclamações dos pro-players, o empresário nega que o desabastecimento de comida fosse comum e defende que se tratou de uma situação pontual. "Esta acusação é totalmente leviana".
Sobre o calor, Felippe diz que o clube não é obrigado a colocar ar-condicionado na casa, mas que havia ventiladores, um para cada cômodo. Como a equipe estava alugando nova gaming house, não valeria a pena instalar o equipamento na antiga, ainda mais com os problemas elétricos que a residência apresentava.
Quanto ao barulho de aviões, o executivo da Imperial ressalta que o Aeroporto de Congonhas interrompe as atividades durante a noite e a madrugada. "Se o jogador vai dormir 6 ou 7 horas da manhã, não tem muito o que fazer".
Em relação às idas de brutt à UPA, Felippe entende que é adequado jogador ir acompanhado de outro pro-player ou da namorada do técnico, pois o importante é ter atendimento. "Temos que prestar o socorro, o resto quem tem de fazer é o médico de especialidades".
Sobre a evolução do quadro do cyber-atleta o executivo alega que o clube só soube da gravidade da situação quando brutt passou a se consultar no Rio de Janeiro. "Ele ficou apenas 15 dias na gaming house e não me passaram um quadro clínico com problema iminente. Nós nem sabemos a causa da morte. Em nenhum momento nos passaram como algo grave ou mínimo. Depois que ele voltou para casa é que isso se tornou assunto. Houve, óbvio, prestação de ajuda".
Na entrevista, Felippe1 mostrou áudios da mãe de brutt agradecendo pela ajuda da Imperial após a colaboração de R$ 800,00 e expôs troca de mensagens em que o diretor se colocava à disposição da família.
O empresário diz que o pedido de mais dinheiro veio logo após os R$ 800,00 e que não era possível colaborar naquele momento. Porém, a família não voltou a entrar em contato nos dias seguintes. Só um dos irmãos de brutt o procurou, informando que o jogador havia dado entrada no Hospital Estadual Alberto Torres. "Tudo o que foi solicitado nós atendemos".
Depois da morte, a Imperial repassou R$ 5 mil a Cristiane. "Pagamos salário e débitos que tínhamos", relata Felippe.
O executivo argumenta que ninguém da Imperial compareceu ao enterro porque a equipe tinha a final do CBCS para disputar. Ele e um dos sócios estavam retornando de uma competição na China. O outro sócio é só investidor.
Mas Felippe1 afirma que mandou mensagem de condolências para o irmão de brutt pelo WhatsApp em nome de toda a família. "Eles nunca me responderam", comenta. "Fica complicado construir uma relação se a outra parte não responde".
Sobre as ações judiciais, Felippe1 destaca que o clube "prestará os devidos esclarecimentos" e que dará os depoimentos "sempre com a verdade".
Posicionamento da Team Reapers
A Team Reapers declara, por meio de nota, que preza pelo bem-estar de cada membro da equipe e por oferecer as melhores condições e infraestrutura.
"Brutt passou por diversos momentos bons enquanto esteve conosco, não apresentando nenhuma insatisfação ou sintoma que demonstrasse a gravidade de seu estado de saúde, tendo total liberdade para falar ou solicitar qualquer coisa à nossa organização", aponta a Team Reapers. "Sentimos muito esta perda e estamos à disposição para quaisquer questionamentos por parte da família e que possam auxiliar na compreensão de sua partida".
Unidades de saúde
Por nota, a direção do Hospital Estadual Alberto Torres informa que os exames de brutt identificaram lesões compatíveis com paracoccidioidomicose, uma doença causada por fungo que pode afetar pulmões, pele, ossos, meninges ou baço, mas que a análise do líquor dele não teve resultado conclusivo. Ele foi transferido para o Hospital Universitário Pedro Ernesto para "tratamento especializado".
A Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, responsável pela UPA Vila Santa Catarina, e o Hospital Universitário Pedro Ernesto não responderam aos pedidos de explicação. O START não conseguiu contato com a Clínica Médica Cemeru.
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