Muitos anos antes do histórico BBB 20, de Thelma campeã e Babu, já era possível viver e sentir o Big Brother Brasil também pelo videogame. Foi em 2002, ano de estreia do programa, que foi lançado o jogo oficial do reality para PC.
Mas como é jogar o game hoje em dia? Aqui vou falar um pouco mais sobre a minha experiência como uma Sister virtual, em que precisei conviver, dormir, confraternizar, brigar, namorar e lutar para permanecer como uma das finalistas. Igualzinho ao programa.
Ao jogar Big Brother Brasil é fácil perceber os elementos de The Sims —que era moda no começo dos anos 2000— como as barras de necessidades (alimentação, energia, motivação, higiene, aceitação e popularidade) e os diálogos que o jogador não entende, uma espécie de Simlish do jogo.
Tudo o que o avatar faz pode aumentar ou diminuir as barrinhas, e interagir com os outros participantes também aumenta a barra social de cada um. Conforme a intimidade aumenta, é possível desbloquear outras atividades como dançar, contar piada, fazer complô em tempos de paredão e se, for do sexo oposto, pode até rolar uns flertes e acabar surgindo algo além da amizade.
Não é possível personalizar os participantes, que também não foram baseados em Brothers famosos da época, como Kleber Bambam ou Rodrigo Cowboy. Ainda assim, os doze integrantes são bem diversificados, desde estudante de jornalismo até estilista, com idades e personalidades diferentes. Decidi ser a Ana Lúcia, de 28 anos, escritora e bastante comunicativa e emotiva.
Fui xingar um dos participantes com quem tinha menos afinidade e, para a minha surpresa, meu índice de popularidade e aceitação caiu drasticamente
Fogo no parquinho de pixel
No começo eu tentei ser amigável e puxei assunto com todos, algo comum nos primeiros episódios de realities. Alguns foram fáceis de fazer amizade, outros nem tanto mas sempre mantendo a cordialidade.
Assim que formei a minha panelinha de amigos, decidi arriscar e fazer o que pede o protocolo-não-oficial de programas desse nicho: gerar briga. Fui xingar um dos participantes com quem tinha menos afinidade e, para a minha surpresa, meu índice de popularidade e aceitação caiu drasticamente.
Devo dizer que me arrependi pois o meu "arqui-inimigo", o Paulinho, foi extremamente vingativo, sempre me xingava e fazia conspiração contra mim para me mandar ao paredão. Foi necessário passar por três paredões e discutir com outro brother para que ele saísse de vez do reality e a gente tivesse um pouco de paz na casa.
Mas nem tudo são ódio e barracos: aproveitei a estadia na casa para flertar com os outros participantes. Além de ter um pouco de romance, percebi que é uma ótima tática de fortalecer os aliados. Após alguns "nãos", consegui ter um relacionamento fechado com um dos brothers —Nakata, o gerente de hotel— e isso consequentemente aumentou minha aceitação e popularização. Pena que não durou muito pois após dois paredões ele foi eliminado e tive que lidar com meu "luto" sozinha.
Mas além de manter o namoro, é preciso ser próximo dos amigos como a Joana, uma advogada com quem me simpatizei no jogo, sempre me apoiando e chamando para dançar em momentos aleatórios. Claro que nem sempre fazia um complô quando pedia, mas confesso que fiquei arrasada quando ela foi eliminada no fim do programa.
Nos primeiros momentos é bem difícil equilibrar a barra de necessidades e socializar com tantos personagens, mas perto da reta final fica mais fácil de lidar
Jogabilidade no paredão
Além de fazer a social, seu personagem precisa ser alimentado, tomar banho e descansar. Nos primeiros momentos é bem difícil equilibrar a barra de necessidades e socializar com tantos personagens, mas perto da reta final fica mais fácil de lidar.
E há também a prova do líder, que não são bem exploradas, como escolher um objeto aleatório e depois é revelado se vai ser o líder da semana. O ponto fraco é que as provas não trabalham com as habilidades como força, inteligência e rapidez, é pura sorte e é escolhido aleatoriamente.
Ao longo do jogo fica difícil se manter interessada por muito tempo, o game não tem uma progressão que instigue a continuar, é a mesma rotina de manter seu personagem ativo, socializar com os outros e esperar até a prova do líder e paredão.
No fim, confesso: Nos momentos em que era escolhida para o paredão, fiquei com medo de ser eliminada e estar cada vez mais longe do grande prêmio. É muito interessante esse conceito do jogador ter que "convencer" a inteligência do jogo a continuar jogando.
Mesmo quase 20 anos depois de lançado e de ter, claro, limitações técnicas, o game do Big Brother Brasil consegue passar muito da sensação de competição e emoção ao assistir ao programa. Isso, por si só, é um feito admirável.
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