Os brasileiros da Rogue Snail vão realizar um sonho de infância: ter o seu primeiro jogo em uma plataforma da Nintendo. E convenhamos, não dava para ser uma estreia melhor, já que será uma remasterização de Relic Hunters Zero, que foi jogado por mais de um milhão de pessoas após o seu sucesso no Steam.
Relic Hunters Zero: Remix conta com várias novidades que vão agradar os fãs do original e também trazer novos jogadores. A trilha sonora foi reimaginada com novas faixas. Há novas armas, que foram criadas pela própria comunidade, e vários modos de jogo em um pacote parrudo. Desafiador e com mecânicas clássicas do roguelike, Relic Hunters é uma experiência deliciosa para quem tem o Switch.
Simples e bonito
Ao todo, o jogador pode desbloquear e escolher entre 7 personagens para encarar a peleja em Relic Hunters Zero Remix, os chamados "Caçadores de Relíquia". Todos são divertidos de controlar e cada um possui características e atributos próprios para diversificar o gameplay. Além disso, para quem curte uma variada na customização, é possível escolher entre um visual clássico e o moderno.
A parte visual, igual na versão de PC, é simples e bonita, com aquela pegada autoral na pixel art que quem já jogou outros jogos do Marcus Ventureli, como o Chroma Squad, já conhecem. A paleta de cores oscila entre o quente e o frio, mas a simplicidade dos elementos permanece, deixando que o foco fique sempre nas animações rápidas, bem executadas e que deixam a sensação de um gameplay rápido e responsivo.
A música chiptune impressiona e as novas adições na trilha foram super bem-vindas. O trabalho de áudio, como um todo, merece destaque, já que o tiroteio frenético e carregado de efeitos sonoros não se transforma, com o perdão da referência, em um "áudio bolovo". É possível discernir todas as fontes de som e ainda se deliciar com as trilhas.
O desempenho no Switch no modo portátil é bom e colabora com a proposta do jogo, mas como acontecem algumas quedas de FPS aqui e ali, principalmente no último boss do jogo, há espaço para um patch que faça uma correção no futuro e deixe o jogo ainda mais redondinho.
Roguelike de respeito
Relic Hunters Zero: Remix é um roguelike que tem uma classificação ainda mais específica, os chamados "Bullet Hell". Nesses jogos há uma quantidade enorme de disparos dos inimigos na tela e é preciso habilidade para ao mesmo tempo em que se ataca, evitar acabar morto por balas que vem por todos os lados. Se você gosta de comparações e quer exemplos parecidos, outros indies de peso, como Enter the Gungeon e Nuclear Throne, são a escolha.
O título oferece três modos de jogo, onde é possível escolher entre várias dificuldades e se mais um jogador vai te acompanhar no modo cooperativo local. Essa limitação de apenas dois jogadores é uma pena, já que outros jogos do gênero permitem um número maior e mais em roguelike, quase sempre, é melhor.
O primeiro modo é o chamado Aventura, que funciona como uma campanha. Essa jornada é bem curtinha, como apenas doze níveis, mas na verdade serve como um tutorial para a verdadeira experiência do jogo. A progressão nesse modo deixa a sua vida cada vez mais fácil e assim que você concluir todas as fases, será liberado o verdadeiro desafio e o segundo modo do Relic Hunters Zero, o modo infinito. É aqui que o jogo alcança a forma mais pura do Roguelike, onde cada investida é única e bem desafiadora nas dificuldades mais elevadas.
O terceiro e último modo é chamado de tempestade e foi inspirado pelo também divertidíssimo, Risk of Rain. A dificuldade vai aumentando aos poucos e de repente você se vê no meio do caos, tendo que usar todas as suas habilidades, armas e relíquias para sobreviver.
Além desses modos de jogo, há ainda um desafio diário que conta com um ranking. Aqueles jogadores mais competitivos e que querem testar suas habilidades agradecem mais essa adição no já bom pacote deste roguelike de peso.
Frenético e recompensador
Relic Hunters Zero: Remix é um Bullet Hell que vai tentar matar o seu personagem a todo instante, mas não sem te dar formas de se defender. O jogo conta com várias armas diferentes que podem receber melhorias e as chamadas relíquias, que servem como habilidades que garantem vida ao matar um inimigo ou regeneração de munição.
As fases são fixas mas bem executadas, com detalhes interessantes de se observar e interagir. Os dois tipos de inimigos do jogo, por exemplo, que são os soldados e os monstros, ocasionalmente brigam entre si criando cenários caóticos e que vão exigir ainda mais do jogador.
Há diversas mecânicas que também são interessantes e dignas de nota, como o escudo, que aqui ele funciona como na série Borderlands e adiciona mais uma camada de densidade ao gameplay.
Outro ponto positivo é o uso de uma inteligência artificial esperta. Inimigos mais simples vão partir pra cima de você enquanto os mais complexos jogam granadas para te tirar da cobertura. Quando sem vida, eles recuam e tentam uma nova abordagem. Um trabalho bem feito e que torna Relic Hunters Zero, junto com os outros sistemas, uma experiência muito divertida e recompensadora.
Resumo
Relic Hunters Zero: Remix conta com algumas novidades interessantes e vai ser mais uma ótima adição para a biblioteca do Switch, nesse caso indicado para quem é fã de Roguelikes.
O visual é simples, mas bonito e as animações chamam a atenção. O gameplay é frenético e recompensador, com uma inteligência artificial esperta e uma progressão divertida. O limite de dois jogadores no cooperativo local fica como um ponto negativo.
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