60 anos de Sega: as principais franquias da gigante japonesa
Sinônimo de vanguarda, a desenvolvedora de jogos com sede em Shinagawa nos trouxe várias das grandes revoluções dentro dos videogames. Hoje e sempre a rainha dos arcades, foi também nos consoles domésticos que a Sega encontrou muitos de seus melhores momentos nessas seis décadas de vida, assim como vários tropeços —mas sempre aprendendo com seus erros!
O START já celebrou a história dessa pedra angular na indústria de videogames e agora vai revisitar algumas franquias principais (porque são inúmeras!) Isso sem contar as propriedades intelectuais com lançamento único, como Decap Attack, Kid Chamaleon ou Comix Zone) das maiores franquias da criadora do Sonic.
SONIC THE HEDGEHOG (1991)
O final dos anos 1980 e começo dos 1990 foi mesmo a era dos mascotes. Depois de Alex Kidd (injustiçado, mas um remake de Miracle World está a caminho) não ter dado tão certo assim, foi hora de bater de frente com a Nintendo e num console totalmente novo.
Sonic marcou contrastes, foi a antítese de Super Mario e se tornou um dos personagens mais conhecidos dos videogames e da cultura pop.
Foram inúmeras continuações e gêneros de videogame contemplados. O sucesso recente de Sonic Mania e do filme no cinema servem de prova contundente de quanto a criação de Yuji Naka e Naoto Oshima segue em altíssima velocidade.
DAYTONA USA (1993)
O sempre genial Yu Suzuki e sua AM2 já haviam deixado suas marcas na Sega de inúmeras maneiras até a chegada do seminal jogo de corrida Daytona USA, rival direto de Ridge Racer, da Namco, tanto que colocou para encabeçar essa criação um de seus discípulos mais promissores, ninguém menos que Toshihiro Nagoshi.
Foi o título a inaugurar a novíssima placa Sega Model 2, mostrando todo seu poderio técnico. A parte romântica da coisa toda é que a Model 1 havia começado com Virtua Racing, outro clássico da AM2.
A música tema, assim como as pistas, gráficos e, em especial, o gameplay, serão para sempre lembrados pelos fãs do gênero.
GOLDEN AXE (1989)
O mesmo criador de Altered Beast, Makoto Uchida, foi também o responsável pela empreitada da Sega no cada vez mais popular gênero dos jogos de porradaria. Fugindo das lutas de rua e becos e mergulhando de cabeça na fantasia medieval, total estilo Conan, Golden Axe foi sucesso tanto nos fliperamas quanto no Mega Drive.
Foram diversas continuações e até ousadias em outros estilos de jogo, como no ótimo jogo de luta, The Duel, que chegou aos arcades e Sega Saturn em 1995.
PHANTASY STAR (1987)
O RPG de ficção científica e com batalhas em turnos de Rieko Kodama marcou, mais uma vez, o quanto a Sega sempre esteve disposta a seguir na contramão das concorrentes e das tendências da época. Enquanto Dragon Quest e Final Fantasy abraçavam a linha medieval e de contos de fada, Phantasy Star criava um sistema planetário próprio, colocava a protagonista Alisa (uma mulher encabeçando o time de desenvolvimento e, outra, o grupo de exploradores intergaláticos, sempre bom apontar) contra uma força secular e sua tentativa de despertar a todo custo.
Hoje, Phantasy Star Online 2 segue firme e forte com seus oito anos de muito conteúdo e diversão para os fãs da série.
OUT RUN (1986)
Hang-on já era sucesso dos fliperamas quando Yu Suzuki resolveu expandir a ideia para outros patamares. Um contrato com a Ferrari seria o caminho?
Out Run foi um dos primeiros jogos a fazer uso de uma marca licenciada, colocando o jogador dentro de uma Ferrari Testarossa Spider, e com direito a cabelos esvoaçantes em Frankfurt, Mônaco e nos Alpes Suíços, só para citar algumas das pistas.
É bom dizer que o sucesso de Out Run levou o apaixonado por velocidade, Yu Suzuki, a se embrenhar com tantas outras franquias de corrida, como Virtua Racing e Daytona.
CRAZY TAXI (1999)
Poucas trilhas sonoras são tão condizentes e marcantes quanto a de Crazy Taxy. Seu estilo arcade de ser —com uma ficha, ou um "press start", quantos passageiros você consegue levar até o seu destino antes de o tempo acabar?—, a performance rápida e gráficos incríveis, fazendo total uso do poderia da placa NAOMI, fosse no Dreamcast, fosse nos arcades, fizeram de Crazy Taxy uma das mais queridas franquias contemporâneas da Sega.
STREETS OF RAGE (1991)
A porradaria de rua ressuscitou recentemente com Streets of Rage 4, introduzindo toda uma nova geração a esse estilo de videogame tão primordial. A trilogia de Mega Drive fez história no console e na vida de muita gente, inclusive na de desenvolvedores de videogame.
O compositor Yuzo Koshiro foi o primeiro a ser creditado na tela de "press start" de um jogo, promovendo uma pequena grande revolução na estrutura bizarra de pseudônimos da época. Axel, Blaze e Adam voltaram a ser o centro das atenções e só esperamos que continuem por lá.
SHENMUE (1999)
A obra-prima de Yu Suzuki é também um dos jogos mais injustiçados e revolucionários da história dos videogames. Falamos muito de Shenmue aqui no START em antecipação a retomada da jornada de Ryo Hazuki em busca de vingança pela morte de seu pai com Shenmue III.
Além de anteceder o esquema "mundo aberto" e "sandbox", tão comuns nas últimas décadas, enfatizou a importância do mundano em videogame, servindo de contraste às tramas de fim/salvação de mundo e heroísmo que inundavam (e inundam) a mídia desde sempre.
YAKUZA (2005)
A obra máxima de Toshihiro Nagoshi é também uma das mais bem-sucedidas franquias recentes da gigante Sega, com quase 15 anos de idade e diversas continuações e spin-offs. A saga de Kazuma Kiryu, o Dragão de Dojima, nos levou até os confins de Kamurocho para desenrolar confabulações tão dramáticas quanto jocosas, tão intensas quanto bizarras, de um jeito jamais feito até então.
Ao menos, não nesse mesmo nível de profundidade. Cantar no karaokê, jogar boliche, Virtua Fighter, pescar, cuidar de bebês e entender o real significado de uma tatuagem de dragão nas costas - foram muitos (e serão outros tantos) momentos marcantes para serem listados. Yakuza é eterno.
PANZER DRAGOON (1995)
Jogos de tiro sobre trilhos nunca mais foram os mesmos depois de Panzer Dragoon, que pegou um pouco também do já clássico Space Harrier, de Yu Suzuki, para criar sua própria realidade de estranhos dragões, fim dos tempos e civilizações ancestrais. Idealizado por Yukio Futatsugi, e que hoje trabalha com Hidetaka Suehiro em seu novo projeto, The Good Life.
Panzer Dragoon teve uma continuação, Zwei, que melhorou todos os elementos do jogo original e uma outra, Azel (ou Saga, no ocidente), que transformou o jogo num RPG muitíssimo cultuado. O último da franquia (excetuando o recente remake) foi Orta, no primeiro Xbox, um dos grandes títulos dentro desse subgênero tão específico e especial.
VIRTUA FIGHTER (1993)
Mais um para a lista de títulos revolucionários da Sega: Virtua Fighter foi o primeiro a fazer uso de captura de movimentos para recriar com fidelidade os estilos de luta de cada um de seus lutadores via polígonos pontudos, numa época onde os desenvolvedores ainda tateavam na nova tecnologia e na era de ouro da lutinha em 2D.
O prefixo "Virtua" se tornou sinônimo de tridimensionalidade e em diversos gêneros, da corrida ao futebol e tiro sobre trilhos. Histórias antológicas cercam a produção, entre elas a de que Yu Suzuki teria levado seu time de desenvolvimento para aprender artes marciais como pesquisa de campo. Faz sentido.
SHINOBI (1987)
A Sega tem sido um tanto injusta com uma de suas mais seminais franquias (mas a gente fez questão de lembrar de sua importância e legado recentemente, mas o passado imortal do maior ninja dos videogames jamais será esquecido. Na leva recente de remakes e revisitações, é hora do dançarino das sombras e seu fiel companheiro canino, voltarem juntamente a febre desses agentes secretos do Japão Feudal, que dominou o ocidente nos anos 1980 e 1990.
Shinobi, Shadow Dancer, suas shurikens, kunais, invocações mágicas e toda obra de Yutaka Sugano, sem dúvida nenhuma, deixaram sua marca nos videogames.
SHINING (1991)
Das mais longevas e mutantes franquias da Sega, o que começou com calabouços, batalhas em turno e numa perspectiva em primeira pessoa em Shining in the Darkness no Mega Drive, se consolidou como uma das grandes franquias de RPG tático com Shining Force e se desdobrou para o hack'n slash com títulos como Shining Force EXA e Shining Force Neo na geração 128-bit.
O mais recente, Resonance Refrain, é um RPG de ação bem nos moldes de uma das grandes influências da franquia já há muitos anos, Tales of, da Namco.
THE HOUSE OF THE DEAD (1996)
É incontestável: as máquinas de fliperama da Sega sempre foram as mais chamativas e espetaculares. Com The House of the Dead não foi diferente, pegando todo aprendizado de Virtua Cop para adentrar os domínios dos cientistas loucos, mansões macabras e monstruosidades de todos os tipos e portando motosserras, evidentemente.
Gastar inúmeras fichas, e muito da cartilagem dos dedos, veio no pacote de The House of the Dead, com diversas continuações tão incríveis quanto o original - como não pensar em Typing of the Dead e sua contribuição para a sociedade no aprendizado de toda uma geração em digitar rápido e sem olhar para o teclado!
VALKYRIA CHRONICLES (2008)
Reunindo um time dos sonhos para os fãs de RPG, com envolvidos em jogos como Wild Arms e Skies of Arcadia na produção, Valkyria Chronicles criou sua própria realidade de guerras em nosso planeta envolvendo deidades em campos de batalha altamente estratégicos com o revolucionário sistema BLiTZ de batalha.
Os gráficos, que simulam pintura a mão, conversou com a proposta diferenciada do jogo, que angariou sucesso o bastante para que outras três continuações (e um spin-off, Valkyria Revolution) vissem a luz do dia —e torcemos para que outras estejam a caminho!
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