Antes de qualquer coisa, é bom já colocarmos alguns pingos nos respectivos is: o relato que segue jamais substituirá qualquer tipo de treinamento ou exercício físico assistido, acompanhado por profissionais e realizados em locais próprios para tal.
Dito isso, sou um sujeito sedentário. Sempre fui e não tenho qualquer tipo de orgulho em admitir. Parece algo congênito. Confesso com pesar. Minhas memórias de academia (e que permaneçam devidamente fechadas na atual conjuntura), datam de um período longínquo, onde crescimento muscular e ósseo não andavam de mãos dadas. "Ou você faz fisioterapia e passa a frequentar uma academia, ou vai crescer torto", foram as palavras do ortopedista. Ainda reverberam em minha mente naquelas noites mais escuras.
Ou seja, têm reverberado mais do que nunca.
Ilhado em casa há tempos, senti o detrimento psicológico acompanhar o físico, mas não em iguais medidas. Foi quando pensei em fazer uso da realidade virtual, e de alguns jogos bem específicos ali, para me colocar em pé, em movimento. Criei uma agenda e tenho me esforçado para segui-la, assim como acontece naturalmente quando necessidades fisiológicas vêm à tona. É mais uma medida preventiva, correlacionado ao jogo em específico e como a forma de jogá-lo pode significar algum tipo de esforço específico e necessário cada vez mais.
E ficou resolvido (comigo mesmo) algo mais ou menos assim:
BEAT SABER (para condicionamento físico)
Beat Saber faz parte de minha vida há um certo tempo, mas nunca de minha rotina. Nos dias de hoje, meio que se tornou o jogo que antecede a ducha.
Ridículo para quem assiste e absurdamente intenso para quem se prontifica a picotar blocos metálicos com sabres de luz, o ritmo alucinante das dificuldades mais altas são a certeza para o coração bater mais rápido, os poros transpirarem e o cabelo desgrenhar.
O suor, no caso, diz muito. Mais ainda quando vem em bicas.
GORN (para postura e projeção)
A empreitada da sempre ousada e cacofônica Devolver Digital no mundo de realidade virtual me coloca entre gladiadores desengonçados e sedentos por vísceras. Ouço e obedeço a cabeça flutuante que me ordena a apanhar armas —no caso, escudos, maças, morning stars, machados & cia— para atacar e me defender dos desafiantes, e aqui me atento a postura.
Regular a própria altura dentro do jogo é decisivo em realidade virtual, e uma atenção extra a como meu personagem se posiciona enquanto digladia, ressoa como um puxão de orelha bem dado quando me jogo no sofá para assistir seja lá o que for.
E não tem nada de errado em colocar a perna para em 90 graus assimétrico a perna de apoio, como bem ensina a esgrima, na hora de perfurar e esquartejar.
THE WALKING DEAD - SAINTS & SINNERS (para disciplina e cadência de movimentos)
O mais intenso da tríade divina da academia particular em casa. Sobreviver ao apocalipse zumbi de The Walking Dead é certeza de enrijecimento muscular em locais um tanto involuntários.
Saber como respirar, antever o esforço e projetar a estratégia, criam um ritmo elaborado de execuções compassadas - chave de fenda no olho, mantimentos devidamente recolhidos na mochila.
E quando a coisa aperta? Aí é apelar para a banho de tripa de morto-vivo: quem manja de The Walking Dead, sabe bem a que me refiro. Ainda rola aquele exercício básico de controle dos fluídos estomacais, dos movimentos peristálticos e toda essa loucura das entranhas. Realidade virtual tem dessas.
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