Taça das Favelas de Free Fire: "Jogadores de favela são as estrelas"
Provando mais uma vez ser um jogo inclusivo, Free Fire vai ganhar mais um torneio voltado para o público da periferia. A Garena e a Central Única das Favelas (CUFA) divulgaram na última semana a Taça das Favelas, torneio exclusivo para moradores de favelas de todo o Brasil.
O START conversou com a organização da CUFA sobre os detalhes do torneio e como eles querem colocar os jogadores da favela no centro das atenções. A competição é inspirada no campeonato brasileiro de futebol - de mesmo nome - considerado o maior do mundo entre favelas. Em 2019, as finais da disputa foram sediadas no Pacaembu, para mais de 40 mil pessoas nas arquibancadas.
A edição de Free Fire acontece entre 2 e 8 de novembro e as inscrições já podem ser feitas gratuitamente no site oficial até o dia 25 de outubro. A Taça das Favelas será dividida em etapas estaduais, que vão até dia 8 de novembro e classificam os melhores times para a etapa nacional.
Três quedas eliminatórias definem os três melhores times de cada grupo. Os doze classificados se enfrentam em seis quedas na final estadual. Os 27 campeões de cada estado se unem a outras 9 equipes repescadas pelo melhor desempenho na primeira fase (de 13 de novembro a 5 de dezembro).
A primeira parte da etapa nacional divide as equipes em três grupos de 12 times. Os quatro melhores de cada grupo em seis quedas avançam à finalíssima, que definirá o grande campeão.
CUFA e Garena, uma união promissora
De um lado, um sucesso no competitivo mobile, do outro, o maior torneio de futebol de campo de times da periferia. A parceria entre as duas marcas pode trazer esperança e oportunidade ao jogador de Free Fire de regiões em vulnerabilidade. Marcus Vinicius Athayde, diretor de inovações da CUFA e diretor geral do projeto, contou em entrevista para o START sobre a inclusão social através do futebol e agora pelo battle royale.
Assim como no futebol, a Taça quer deixar claro que esses jovens moradores de favela são as estrelas do palco principal. E que na Taça das Favelas tem referência de sucesso como o Patrick, meia do Palmeiras, que começou na Taça das Favelas de futebol. Temos certeza que, em breve, isso acontecerá também na edição de Free Fire da nossa iniciativa
Marcus Vinicius Athayde, diretor de inovações da CUFA
O craque citado é o volante Patrick de Paula, que jogou a Taça das Favelas Rio pelo Complexo Santa Margarida e hoje integra o time principal do Palmeiras. A estrela em ascensão fez o gol do título do Paulista de 2020, na disputa de pênaltis, contra o Corinthians e jogou a edição carioca do maior campeonato de futebol entre favelas do mundo nos anos de 2015, 2016 e 2017.
Mas para quem é da favela e joga Free Fire, ainda permeia a dúvida do que esperar com o torneio. Seria a Taça das Favelas um teste para futuras ações envolvendo games na periferia? Para o diretor, o público pode esperar por novidades, "com certeza outros jogos também são considerados para futuras ações. Quanto mais inclusivo for o jogo, quanto mais adesão tiver na favela, maior são as chances desse tipo de iniciativa estar em outras edições num futuro próximo", completa sobre o leque de possibilidades da ingressão de outras modalidades na Taça.
Após o fim das inscrições, o campeonato terá início em 2 de novembro e fim no dia 8 do mesmo mês. Nesta fase, 48 times serão divididos em 4 grupos com 12 equipes cada, todas do mesmo estado. Ocorrerão 3 quedas e após o fim delas, os 3 melhores colocados avançarão para a Final Estadual.
Desta forma, os 12 melhores de cada estado se enfrentarão em 6 partidas e o campeão levará o título estadual e jogará a próxima fase, que se inicia em 13 de novembro.
Na etapa nacional, os 27 campeões estaduais e mais 9 equipes, que serão selecionadas de acordo com o desempenho. Assim, elas serão divididas em três grupos e jogarão 6 quedas, sendo que as 4 melhores de cada grupo avançarão para a grande final, que será realizada no dia 05 de dezembro.
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