APU, 4K, Ray Tracing? Entenda os termos técnicos de Xbox Series X e PS5

"Você viu que o Xbox Series X tem mais teraflops do que o PlayStation 5?". "Ah, mas o SSD do PlayStation 5 é mais rápido do que o do Xbox Series X".

Desde que os novos PlayStation e Xbox foram anunciados, é comum vermos frases como essas acima. Junto com elas, além da tradicional disputa entre fãs mais, digamos, engajados de PlayStation e Xbox, há uma lista considerável de termos que, muitas vezes, não fazem sentido para quem não manja muito de tecnologia.

Se esse é o seu caso, sem problemas: preparamos abaixo um pequeno dicionário de "next-geniquês" para te deixar por dentro de tudo que PlayStation 5 e Xbox Series S e X têm a oferecer para os seus felizes proprietários. Os termos seguem em ordem alfabética.

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4K

4K se refere à resolução de 3840 x 2160, que é a prometida por PlayStation 5 e Xbox Series X. Esse número se refere à quantidade de pixels, que são os menores elementos em um dispositivo de exibição —a sua TV, por exemplo.

Nesta resolução, a imagem tem 2.160 linhas horizontais, sendo que em cada linha há 3.840 pixels, totalizando 8.294.400 pixels ao todo. É quatro vezes mais pixels do que a resolução full HD (1920 x 1080) e, portanto, exige mais do aparelho que está gerando a imagem.

APU

Sigla para accelerated processing unit (unidade de processamento acelerado), ela pode ser considerada como o "cérebro" de aparelhos como os novos PlayStation e Xbox. Essa arquitetura combina, em um mesmo chip, processador (CPU) e unidade gráfica (GPU), uma solução diferente das utilizadas normalmente em PCs voltados a jogos, que se valem de processadores e placas de vídeo dedicadas.

No PS5, a APU reúne um processador AMD Ryzen Zen de 8 núcleos a 3,5 GHz e uma GPU com arquitetura AMD Radeon RDNA 2 e poder de processamento de 10,3 teraflops.

No Xbox Series X, a APU tem um processador AMD Ryzen Zen de 8 núcleos e 3,8 GHz e uma GPU com arquitetura AMD Radeon RDNA 2 com 12 teraflops.

O Xbox Series S, por sua vez, é mais modesto do que o seu "irmão maior". Usa uma APU com o mesmo processador AMD Ryzen Zen de 8 núcleos a 3,8 GHz e uma GPU com arquitetura AMD Radeon RDNA 2 com 4 teraflops.

Botão de compartilhamento

Novidade no controle do Xbox, o botão de compartilhamento, ao menos em tese, permitiria salvar e compartilhar trechos de vídeos de gameplay e capturas de tela. É um recurso presente no PlayStation 4 e no Switch, mas ausente no Xbox One.

CUs

Sigla para Compute Units. Tratam-se de grupos dos núcleos de processamento das GPUs que podem realizar o seu trabalho de forma paralela. Uma comparação, ainda que não totalmente precisa, seria com os núcleos de um processador.

Feedback háptico

Tecnologia presente no DualSense, o controle do PS5, o feedback háptico é uma evolução do sistema de vibração dos controles tradicionais. De forma básica, a ideia é simular melhor toques e interações que temos na vida real usando, para isso, uma variedade maior de padrões de vibração no controle.

FPS

Sigla de frames per second, ou quadros por segundo. Se refere à quantidade de imagens estáticas (os "quadros) que são mostradas em um dispositivo de exibição em um segundo. Quanto maior esse número, mais suaves são as animações de um jogo - e mais precisa tende a ser a sua jogabilidade.

Game Pass

Serviço de assinatura da Microsoft que oferece uma biblioteca de centenas de jogos para quem o contrata. Os jogos disponíveis podem ser baixados e jogados indefinidamente enquanto a assinatura estiver em vigor - e os jogos fizerem parte do programa. Tem versões para consoles Xbox e também para PC.

GHz

Refere-se a gigahertz. É uma unidade de frequência que equivale a um bilhão de Hertz que, por sua vez, se refere a ciclos por segundo. Em um processador, o número se refere à quantidade de tarefas por segundo que ele pode realizar. Quanto mais, melhor.

PS Plus Collection

Um desdobramento do serviço PS Plus, o PS Plus Collection se refere a uma lista de games que os assinantes da PS Plus terão disponíveis para baixar a jogar a qualquer momento. Se assemelha levemente ao Game Pass, porém a oferta de games é consideravelmente menor.

Ray Tracing

É um algoritmo de computação gráfica usado para renderizar imagens tridimensionais. A ênfase aqui é oferecer uma iluminação de cenas mais realista, onde há uma simulação do trajeto que raios de luz fariam na vida real.

No mundo real, infinitos raios de luz partem de uma fonte (uma lâmpada, por exemplo) e refletem em tudo que há ao redor. O que enxergamos dos objetos é apenas a parte dos raios que, de fato, chegaram aos nossos olhos.

Para simular isso, o algoritmo determina os raios que, de fato, serão captados pela perspectiva do observador da cena e os cria em um sentido oposto ao do que aconteceria na vida real. Assim, diminui-se a necessidade de poder de processamento - já que não são criados raios de luz sem função.

Essa tecnologia estará presente nos novos consoles e promete criar ambientes e cenas extremamente realistas.

Teste: Minecraft ganha vida nova com Ray Tracing

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Enquanto Minecraft Dungeons leva o game da Mojang para um novo gênero, um outro fenômeno envolvendo os bloquinhos vai tomando forma. É a tecnologia Ray Tracing, que mostra um futuro brilhante para o bom e velho Minecraft.

Sammy Anderson/GameHall

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Você já deve ter ouvido falar muito no recurso Ray Tracing, que promete revolucionar os gráficos na próxima geração de consoles. Trata-se de uma técnica de renderização de imagens tridimensionais que tem como base a recriação de luzes e sombras dos objetos até os olhos do observador em tempo real, levando em conta o ambiente.

Sammy Anderson/GameHall

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O Ray Tracing, na verdade, é uma técnica antiga, usada muito no cinema e presente em programas de renderização desde os anos 90. Porém, em termos técnicos, era algo bem demorado de ser aplicado, impossível de ser realizado em tempo real naquela época.

Sammy Anderson/GameHall

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Com a evolução da tecnologia, hoje já é perfeitamente possível experimentar essa renderização em tempo real no mundo dos games. E realmente dá pra perceber uma melhora brutal na iluminação e sombras.

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Recentemente, Minecraft para Windows 10 ganhou uma atualização que permite ter uma amostra do que está chegando na nova geração dos consoles. Vale a pena dar uma olhadinha no que já está disponível para o jogador de PC. Confira a seguir!

Sammy Anderson/GameHall

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Para experimentar o Minecraft com Ray Tracing, você deve ter a cópia do jogo para Windows 10 e entrar no Beta. É necessário também ter em seu computador uma placa compatível. Para este teste, utilizamos uma Galax GeForce RTX 2080 Super.

Sammy Anderson/GameHall

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Para você ter a oportunidade de participar do Beta, é preciso fazer parte do Xbox Insider. Basta procurar pelo app no seu PC mesmo, através da Windows Store, baixar e instalar. Depois disso procure no app pelo conteúdo do Minecraft Beta. Clique em "Join" e prepare-se para ver o mundo dos bloquinhos em Ray Tracing.

Sammy Anderson/GameHall

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O processo não é muito prático, mas vale a pena. Após instalar o Minecraft Beta, você deve procurar pelos mapas em Ray Tracing no marketplace, que foram criados especialmente para as placas da Nvidia, justamente para testar a iluminação. Basta procurar nos mundos por "RTX". São 11 mapas disponíveis no momento. Não esqueça de ligar a opção de Ray Tracing no jogo!

Sammy Anderson/GameHall

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Em Vídeo Avançado, além de ligar o Ray Tracing, é possível aumentar o nível de detalhes do jogo. Cuidado, se você aumentar muito, dependendo do mundo, ficará bem complicado de jogar. Para os testes decidimos sacrificar o desempenho e ligar tudo no máximo (24 chunks).

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Aventura Aquática RTX: um dos mundos mais bonitos e detalhados com Ray Tracing, traz um universo aquático, cheio de vidro e água. Os efeitos como reflexos, refração, sombras e a própria iluminação dão um show visual e mostram como a nova geração promete.

Sammy Anderson/GameHall

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Cores, Luz e Sombra RTX: neste mapa simples, o objetivo é mostrar justamente o que o nome do mapa propõe. Os reflexos e a iluminação são impressionantes, pena que o mapa é pequeno. Aqui vale a pena ligar tudo no máximo só pra curtir o visual.

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Crystal Palace RTX: este mapa traz um universo enorme, com barcos, muitas criaturas sombrias, castelos e claro, com Ray Tracing as construções e o ambiente ficam realmente impressionantes.

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Dark Village RTX: este mundo traz uma floresta enorme, vários puzzles, segredos e criaturas do universo de Minecraft.

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Egg Hunt RTX: esse mapa é bem fechado, com vários segredos e impressiona pelos reflexos da floresta na água. O objetivo é encontrar ovos escondidos pelo mapa.

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Hilltop Lifestyle RTX: este mapa é do criador de Cores, Luz e Sombra RTX, porém aqui ele foi mais fundo e trouxe uma espécie de vila greco-romana, com várias florestas num mundo aberto (e enorme).

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Imagination Island RTX: este mapa traz um verdadeiro parque de diversões, com várias construções que utilizam materiais de vidro. Vale a pena ligar o detalhamento do Ray Tracing no máximo para curtir as reflexões e diferenças de iluminação.

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Medieval RTX: este é mais um mapa de sobrevivência inspirado em vilas medievais, com um mundo aberto enorme.

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Neon District RTX: talvez o mapa mais bonito de todos os criados em Ray Tracing. Nele você passeia por uma cidade cheia de luzes e neon, com vários blocos de vidro que refletem todo o ambiente. Se você ligar o máximo de detalhamento, espere por várias travadas, aqui tudo é bem pesado!

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Of Temples and Totems RTX: mais um mapa de sobrevivência com vários quebra-cabeças, templos para serem explorados e claro, belíssimos cenários utilizando toda tecnologia do Ray Tracing.

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The Observer RTX: neste mapa conceito criado pra mostrar os reflexos e iluminação do Ray Tracing, você explora um misterioso prédio com alguns quebra-cabeças para serem resolvidos.

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Minecraft rodando em Ray Tracing no PC mostra uma pequena palhinha do que vem por aí na próxima geração. Os efeitos de luz, sombra e reflexos na água impressionam, ainda mais por rodar num jogo que graficamente sempre foi retratado de forma bem simples, e mudou completamente depois dos efeitos aplicados.

Sammy Anderson/GameHall

Retrocompatibilidade

Função na qual é possível jogar games lançados para consoles de geração anterior em um novo aparelho. Ela está presente de maneira mais abrangente nos novos Xbox, mas o PlayStation 5 também será compatível com "a maioria" dos jogos lançados para PS4 —mas não com games lançados para gerações anteriores do videogame.

SSD

Sigla de Solid State Drive, ou drive de estado sólido. É a tecnologia de armazenamento usada nos novos consoles, ao invés dos tradicionais discos rígidos (HDs). Neles, a velocidade é acessada muito mais rapidamente, já que não depende que um disco seja lido, mas sim de corrente elétrica.

Teraflops

Múltiplo de FLOPs, acrônimo de "Floating-point Operations Per Second", ou "operações de ponto flutuante por segundo". Essas operações, geralmente cálculos científicos - mais complexos, portanto - têm a ver com a capacidade de processamento de componentes como placas de vídeo. Novamente, quanto mais, melhor.

Versão sem disco

Apesar de ser uma expressão mais popular, falar da "versão sem disco" de um console, na verdade, se refere a um aparelho sem um drive para a leitura de discos. O PlayStation 5 tem uma versão assim, mais barata. No caso dos novos Xbox, o Series S não tem leitor de discos.

Xbox Series S e Series X

Os novos Xbox virão em duas versões. Uma mais simples, de entrada, chamada Xbox Series S, e outra mais potente, o Xbox Series X. A principal diferença está na GPU, a unidade de processamento de vídeo, mais modesta no Series S. E também no armazenamento: quanto o Series X tem um SSD de 1TB, o Series S tem um de 500GB.

Xbox Velocity Architecture

Refere-se à integração entre o o SSD dos novos Xbox com outros sistemas, de forma que os dados não são apenas transmitidos, mas também descomprimidos e lidos de forma mais eficiente e muito mais rápida. De maneira geral, isso tende a aprimorar o desempenho do console na hora de rodar os jogos.

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