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OPINIÃO

Terror em quarentena: os games mais tensos sobre pandemia e clausura

A Plague Tale: Innocence foi um dos jogos mais envolventes de 2019 - Divulgação
A Plague Tale: Innocence foi um dos jogos mais envolventes de 2019 Imagem: Divulgação

Makson Lima

Colaboração para o START

15/12/2020 04h00

Quem é fã de jogos de terror sabe que pandemias e enclausuramento são temas bastante presentes no gênero.

Enquanto seguimos em isolamento social na vida real, fomos buscar os games que mais impressionaram ao lidar com esses assuntos. Entre produções antigas e outras mais modernas, montamos uma lista de sugestões para todos os gostos.

LONE SURVIVOR (2012)

Acordar e se deparar com o fim do mundo é assunto já saturado, certo? Talvez não em Lone Survivor, obra de uma só pessoa, o talentoso desenvolvedor e compositor Jasper Byrne (e que, inclusive, é autor de algumas das faixas mais marcantes de Hotline Miami).

O solitário sobrevivente, cuja máscara de proteção se assemelha a um sorriso demente, precisa lidar com o confinamento de seu apartamento e condomínio, enquanto enfrenta monstruosidades dignas de pesadelos —ou seriam infectados?

Lone Survivor - Divulgação - Divulgação
Lone Survivor
Imagem: Divulgação

Com rotina, gerenciamento de recursos e um combate minimalista, porém funcional, Lone Survivor é um dos mais impactantes jogos de terror sobre clausura e pandemia.

THE THING (2002)

Assim como o filme The Thing de 2011 (que não é uma refilmagem, nem de um reboot), o jogo inspirado na obra icônica de John Carpenter, O Enigma de Outro Mundo, e também no clássico O Monstro do Ártico, de 1951 não é assim tão conhecido.

Situado pouco tempo depois dos catastróficos eventos do filme de Carpenter, o game leva você a acompanhar um soldado na investigação do Posto Avançado 31 na Antártica.

The Thing - Reprodução - Reprodução
The Thing
Imagem: Reprodução

A criatura alienígena capaz de assimilar e transformar outras formas de vida fez seu trabalho muitíssimo bem, pois a quantidade de monstruosidades à solta é sem precedentes.

COLD FEAR (2005)

Saudades de quando aUbisoft ousava se aventurar pelo terror? Cold Fear pega emprestado da então revolucionária perspectiva de câmera de Resident Evil 4 para criar seu próprio terror claustrofóbico a bordo de um navio e durante uma tempestade torrencial.

Confrontar monstros invisíveis e sedentos por sangue também faz parte dos horrores trazidos por Cold Fear, um expoente menor mas com sua relevância dentro do survival horror dos anos 2000.

Cold Fear - Divulgação - Divulgação
Cold Fear
Imagem: Divulgação

Seus desenvolvedores, alguns anos depois, arriscariam-se no universo pós-apocalíptico com o interessante I Am Alive, que também poderia encontrar lugar cativo nesta listinha.

OBSCURE (2005)

O subgênero do terror adolescente não é lá muito contemplado em videogame, ao contrário do cinema, mas Obscure fez um excelente papel nesse aspecto.

Estamos falando de adolescentes enclausurados no colégio tomado por criaturas aparentemente alienígenas —qual seria o papel dos professores nisso tudo?

Obscure - Divulgação - Divulgação
Obscure
Imagem: Divulgação

Além de conversar diretamente com um sucesso de bilheteria do final dos anos 1990 (Prova Final, dirigido por ninguém menos que Robert Rodriguez), o game ainda se diferenciava por permitir cooperação entre até dois jogadores simultâneos, algo raro para o gênero na época.

A PLAGUE TALE: INNOCENCE (2019)

Como se a Idade das Trevas não fosse aterrorizante o bastante, o surpreendente A Plague Tale fez de seus alicerces uma das mais devastadoras epidemias na história da humanidade: a peste bubônica, transmitida por ratos na metade do século XIV, e que levou milhões de vidas.

A Plague Tale - Divulgação - Divulgação
A Plague Tale
Imagem: Divulgação

No coração de tudo, os roedores contaminados e a religião, dando origem a uma aventura tão inesquecível quanto perturbadora. Os laços entre os irmãos Amicia e Hugo não serão esquecidos tão cedo, assim como a rataria absurdamente grotesca surgindo por todos os lados.

PARASITE EVE (1998)

Parasite Eve, o RPG cinematográfico da então Squaresoft, tem sua dose de terror inserida em realismo fantástico, e tudo no coração de Manhattan.

Uma combustão espontânea às vésperas do Natal leva a investigadora Aya Brea a constatar que na verdade não é algo assim tão espontâneo, mas controlado pela vontade de uma entidade sobrenatural, manipuladora de mitocôndrias celulares.

Parasite Eve - Reprodução - Reprodução
Parasite Eve
Imagem: Reprodução

Pandemia arquitetada e devidamente deliberada com o desfecho já em vista: a população transformada em cinzas e os animais, em monstruosidades. Um tanto desesperador.

RESIDENT EVIL (1996/2002)

A quintessencial obra de aberrações genéticas da Capcom não poderia ficar de fora da lista. Afinal, temos a epidemia de um vírus criado em laboratório e um cenário de pura clausura: a tão icônica Mansão Spencer, composta por corredores labirínticos e mal iluminados.

Resident Evil - Divulgação - Divulgação
Resident Evil
Imagem: Divulgação

Em diversos outros momentos da franquia, a clausura também foi elemento de horror: como esquecer da bela homenagem a A Noite dos Mortos-vivos, quando Leon e Luis Sera se veem sitiados por infectados naquela casa no meio do mato?

SILENT HILL 4: THE ROOM (2004)

Silent Hill 4: The Room chegou recentemente ao Good Old Games (GOG) de forma oficial e com uma adaptação (port) decente. O game foi uma grande guinada para a já consolidada franquia de terror psicológico da Konami.

Entre seus horrores mais convencionais, cuja perspectiva em terceira pessoa e câmeras cinematográficas conversavam com jogos passados, foi na clausura de seu apartamento onde Henry Townshend deu início a sua própria espiralada infernal —imagine acordar e se ver preso, confinado?

Silent Hill 4: The Room - Divulgação - Divulgação
Silent Hill 4: The Room
Imagem: Divulgação

The Room ainda encontra meios de contemplar voyeurismo, cultismo e assassinato em série na sua cartilha particular de atrocidades.

CONDEMNED 2: BLOODSHOT (2008)

O segundo (e, infelizmente, último até o momento) Condemned pode não ter se saído tão bem quanto o absurdamente barra-pesada Criminal Origins, mas é incontestável o fato de haver aqui elementos bastante doentios.

Além, claro, da praga capaz de tornar a população violenta, o pavoroso Serial Killer X está à solta, e é quando adentramos seu covil montado numa pista de boliche abandonada que sentimos o verdadeiro horror presente em Bloodshot.

Condemned 2: Bloodshot - Divulgação - Divulgação
Condemned 2: Bloodshot
Imagem: Divulgação

E não podemos deixar de citar o inexplicável momento em que a febre de cabana é interrompida pelo ataque de um urso pardo descontrolado.

PLAGUE INC. (2012)

Jogar Plague Inc. em pleno 2020 é um exercício de sadismo: trata-se de encontrar meios para erradicar a espécie humana da planeta, disseminando uma doença e, de forma estratégica, contornando todo e qualquer meio de contenção possível.

São diversos tipos de mazelas e com as mais variadas formas de contágio para se escolher, aumentando consideravelmente a extensão do jogo. Uma colaboração com a última trilogia de O Planeta dos Macacos até chegou a acontecer em determinado momento.

Plague Inc - Divulgação - Divulgação
Plague Inc
Imagem: Divulgação

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL