Returnal: 6 coisas que aprendemos do exclusivo de PS5 com os criadores
Returnal é o próximo jogo exclusivo de PS5, com data de lançamento marcada para 30 de abril. Até agora não sabíamos tantos detalhes do game, mas depois de conversamos com os criadores podemos ter uma boa noção do que esperar.
Aqui dividimos com vocês oito coisas que aprendemos com o direito de Returnal, Harry Krueger, e o diretor de narrativa Gregory Louden.
1 - aventura arcade bullet hell com visão em terceira pessoa
Assim é como o diretor define Returnal, uma característica que combina vários gêneros de uma forma, digamos, única.
Porém, o aspecto que mais chama a atenção mesmo é a estrutura roguelike do jogo, em que cada partida conta com fases e itens diferentes, gerados proceduralmente.
Já até vejo vocês torcendo o nariz ao ler isso, mas o desenvolvedor acalma um pouco os corações ao afirmar que eles estão adotando uma abordagem híbrida.
Nem tudo no jogo é gerado proceduralmente. O que temos são áreas, arenas de combate e salas de tesouros todos feitos a mãos, de forma única em cada bioma, e nós só os colocamos de forma aleatória cada vez que você jogar
Harry Krueger, diretor de Returnal
Segundo ele, em uma partida poderemos ter uma arena cheia de inimigos, enquanto em outra pode haver somente uma sala com um tesouro, e nada mais.
2 - história é sci-fi com viagem no tempo
Selene é uma astronauta que foi ao planeta Astropos por causa de um sinal misterioso, o "White Shadow", e sofre um acidente ao chegar lá.
Toda vez que a personagem morre, ela volta para o momento do acidente e recomeça um ciclo.
De acordo com os desenvolvedores, a narrativa é bem enigmática e muito do mistério gira em torno do próprio planeta Astropos, sobre o que ele é, algo que vai se desvendando aos poucos propositalmente, para sempre deixar os jogadores intrigados.
Interessante de notar é que a nacionalidade de Selene era bastante enfatizada. A protagonista é greco-americana, talvez pelo fato do diretor Harry Krueger também ser grego. Ou pode ser só uma curiosidade.
3 - roteirista trabalhou em Control
Returnal é o primeiro jogo do estúdio Housemarque com uma história mais densa e desenvolvida, por isso chamaram Gregory Louden, que trabalhou em Quantum Break e Control, para cuidar da história.
O que os fãs da narrativa cheia de mistérios de Control podem esperar de Returnal?
O roteirista fala que Returnal tem uma experiência narrativa mais profunda e em camadas, diluída em diversos aspectos do jogo, da arte ao som.
Você encontra outras versões de Selene de outros ciclos que possuem diários que você pode ouvir, e esses diários podem ser de Selenes tanto do passado quanto do futuro que estão presas no ciclo mais tempo do que você, o que significa que elas estão tentando ajudar. Ou talvez não. Então, estamos explorando muitos elementos diferentes para a contar a história
Greg Louden, diretor de narrativa de Returnal
Ok, encontrar versões de você mesma é algo que poderia muito acontecer em Control, o que quer dizer que esses aspectos instigantes e enigmáticos devem povoar bastante a narrativa de Returnal. Ainda bem.
4 - inimigos foram baseados em animais do fundo do mar
Horror cósmico e até lovecraftiano são alguns dos temas que influenciaram a equipe para criar o clima e a atmosfera opressora de Returnal, algo facilmente identificado nos trailers.
Porém, o diretor Harry Krueger revelou uma das fontes de inspiração, principalmente para elementos de terror, foram criaturas do fundo do oceano.
Essas criaturas bioluminescentes que são encontradas nas profundezas mais escuras do oceano são provavelmente são as coisas mais alienígenas que se pode achar no planeta Terra
Harry Kruger, diretor de Returnal
Quem jogou Subnautica sabe quem como elas podem ser e isso só deixou Returnal ainda mais assustador.
5 - sem versão para PS4
Diferente de outros exclusivos, como Siper-Man: Miles Morales, que tiveram versões tanto para PS5 quanto para PS4, Returnal será lançado unicamente no novo PlayStation, e deve continuar assim, pelo menos por enquanto.
Da perspectiva criativa, poder focar só na próxima geração não nos restringe em diferença de poder entre hardware, porque normalmente quando se faz um jogo multiplataforma, o console mais fraco sempre se torna o foco. Então, você acaba fazendo concessões na qualidade final por não se comprometer completamente no hardware mais poderoso
Harry Krueger, diretor de Returnal
No PS5, a Housemarque promete uma taxa de quadros estável em 60fps, além de usufruir do SSD e dos recursos do DualSense.
Uma característica que os criadores enfatizaram é o uso dos gatilhos adaptativos, em que pressionar somente até a metade significa focar na mira. Já pressionar todo o gatilho entra no modo auto-atiro, o que, segundo eles, é intuito na hora do gameplay.
6- o jogo divisor de águas
Returnal é o começo de um novo capítulo para a Housemarque, que antes era conhecida por criar pequenos e divertidos jogos com pegada arcade. O trabalho mais conhecido do estúdio até hoje é Resogun, indiscutivelmente o melhor título do lançamento do PS4.
O problema é que os jogos não eram um sucesso comercial, o que fez a desenvolvedora abandonar esse nicho e, agora, focar em experiências mais robustas de títulos AAA. Returnal é o primeiro resultado dessas mudanças internas.
Para termos uma noção do quanto ele é ambicioso, Harry Krueger diz que Nex Machina, projeto anterior da Housemarque e da qual ele também foi diretor, teve participação de 17 pessoas na produção. Já em Returnal são 75 pessoas envolvidas só na Housemarque, fora os trabalhos terceirizados em outras desenvolvedoras. Ou seja, o novo game é 10 vezes maior.
Esse vai ser o jogo da Housemarque que vai ser lembrado como a era antes e depois de Returnal
Harry Krueger, diretor de Returnal
Returnal
Returnal será lançado exclusivamente para PS5, com legendas e dublagem em português, em 30 de abril.
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