Torneios presenciais de LoL e VALORANT só voltam se casos de covid caírem
Mais de um ano após a pandemia de covid-19 interromper os torneios presenciais nos eSports no Brasil, a organização do CBLoL (Campeonato Brasileiro de League of Legends) é categórica: sem uma queda no número de casos e mortes de covid-19, as disputas continuarão apenas pela internet.
"Nós nos preparamos para fazer eventos presenciais neste ano, inclusive até para voltar aos torneios em palco", afirma o líder de eSports da Riot Games Brasil, Carlos Antunes, em entrevista ao START. "Mas tem de haver condições, vacinação acontecendo, isolamento sendo respeitado. Passa a ser uma decisão nossa de segurança mesmo."
Esta é a primeira parte da série "Um ano de pandemia nos eSports". Confira a segunda, sobre o impacto em Free Fire e Rainbow Six; e a terceira, sobre Counter-Strike
Embora tenha suspendido temporariamente a 1a Etapa do CBLoL e o Circuito Desafiante (torneio da 2ª divisão) logo no início da pandemia, em março de 2020, a Riot já vinha ensaiando um lento e cuidadoso retorno aos jogos presenciais.
Em setembro, testou as águas na 2ª Etapa: a final foi feita no topo de um prédio, em São Paulo, mas sem público. Todos os jogadores e funcionários envolvidos na produção foram testados.
Com um pouco mais de confiança, a empresa realizou outro campeonato nos mesmos moldes em dezembro - o First Strike, de Valorant. Participaram sete equipes em quatro dias. A oitava classificada, Vorax, não competiu porque teve pro-players infectados pela covid-19.
Com base nessas duas experiências, a desenvolvedora considerou fazer o CBLoL e o Valorant Masters também em estúdio em 2021, mas recuou diante do recrudescimento da pandemia a partir de janeiro.
"Levar a estrutura do First Strike para o início do CBLoL já não era viável. Mais do que isso, com mais equipes, espaço fechado, etc, a situação já era um pouco mais complicada", analisa o líder de eSports. "Quando chegou janeiro, entendemos que realmente o risco estava bem maior e preferimos não fazer".
Como o CBLoL se adaptou à pandemia
Pré-pandemia, as disputas de CBLoL em estúdio reuniam até oito times participantes - o que dava pelo menos 48 competidores, entre jogadores e técnicos. Fora os reservas, os outros funcionários dos clubes, os trabalhadores da produção do torneio e os jornalistas.
Essa aglomeração, claro, se tornou inviável durante a crise sanitária. Na maior parte de 2020, os eventos tiveram que ocorrer apenas virtualmente, e é assim que devem continuar nos próximos meses.
Engana-se quem pensa que isso facilitou a realização. Sem poder contar com a estrutura fixa já instalada para produção e transmissão dos jogos, a Riot teve de inovar. "Quando migramos para o online, inclusive com nossa própria equipe de casa, tivemos de usar outras soluções [tecnológicas] em nuvem para toda a parte de comunicação e de recebimento e tratamento de sinais."
Mas o CBLoL é mais do que só transmitir os jogos. "Fazer um campeonato remotamente com a sofisticação e a quantidade de interações que os eSports adquiriram no Brasil é mais difícil", explica Antunes. "Acabamos tendo muitas restrições em cadeia, nas soluções ou na internet. Entregamos o jogo, mas toda a experiência em volta precisa de muito mais robustez."
Um exemplo é a produção de conteúdo. "Tínhamos agenda com os times. Todos passavam um dia por semana no estúdio, ou nós íamos no centro de treinamento", relembra Antunes. "Tudo isso deixou de existir". Substituir por entrevistas via Skype ou Hangouts não foi o suficiente - a Riot testou novos formatos de informação, como a ênfase em estatísticas.
Quando o CBLoL presencial vai voltar?
Antunes diz que a desenvolvedora está com tudo engatilhado para voltar a realizar os campeonatos presencialmente. Os estúdios para os torneios de LoL e Valorant estão prontos, assim como todas as opções de evento, seja com plateia em número reduzido, só com os atletas ou apenas com a equipe de produção. As finais têm mais chance de acontecer presencialmente, já que contam com menos times.
Mas não basta apenas aguardar as estatísticas em torno do covid-19 melhorarem. O momento também tem que parecer adequado, sem o risco de passar uma mensagem negativa para a audiência. "Temos de fazer os eventos nos momentos certos, com os cuidados certos".
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