Dá pra dizer que Returnal é o novo Metroid Prime 4?

A partir de hoje, declaro Returnal oficialmente Metroid Prime 4.

O game anteriormente anunciado com esse nome, lá em 2017, perdeu o direito por não cumprir a simples tarefa de ainda existir. Já o exclusivo de PS5 é o mais próximo que chegamos de um novo game da série em anos.

O que nós temos até hoje do Metroid Prime 4 da Nintendo? Somente uma logo e a notícia de que o desenvolvimento do game foi reiniciado em 2019, passando para as mãos da Retro Estudios, os criadores de Metroid Prime original.

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Enquanto isso, o novo "Metroid Prime 4" já está aí disponível no PS5. Ganhou por W.O.

Tudo bem que, quando apareceu pela primeira vez, o jogo então conhecido como Returnal não fedia, nem cheirava.

Sabíamos que ele era da Housemarque, criadores de Resogun, mas ali não tinha nenhum voxel explodindo na tela, então tinha algo de estranho. Estávamos todos no meme do cachorro, esperando para ver o que vinha por aí.

Após conversar com o diretor e roteirista, passei a ter certeza de que seria a mistura de Control com Hades. Um jogo Roguelike de clima esquisito, mas no bom sentido.

Eu só não esperava Metroid Prime 4.

Olhando agora, eu percebo que as pistas já estavam todas ali:

A temática Sci-fi com aquela pitada de clima de terror, tipo Alien; a protagonista feminina; a ambientação em um planeta hostil cheio de ruínas de uma civilização antiga.

E mesmo assim eu não quis acreditar.

Em "Metroid Prime 4" a nova Samus Aran se chama Selene, uma patrulheira espacial presa em um ciclo temporal. Vai ser difícil ela substituir a figura que a caçadora de recompensas representa, ainda mais com o pouco carisma, mas ela também tem lá sua cota de traumas, e com a vantagem de não ter um Other M para estragar a personagem.

Já o planeta da vez é Átropos, mas bem que poderia ser um revival de Tallon IV ou até Zebes.

O lado positivo é que elementos típicos da série estão presentes e vão agradar os fãs: as ruínas Chozo (com design remodelado), melhorias no traje por meio de tecnologia alienígena, o que possibilita explorar novas fases e áreas do mundo; e uma história que existe, está lá para quem se interessa, mas não é realmente para isso que estamos jogando.

O novo Metroid também é tão ousado quanto o primeiro Prime ao, mais uma vez, dá uma guinada na série, que agora é um jogo de tiro em terceira pessoa em uma estrutura roguelike, o gênero queridinho da vez.

Há até pequenas homenagens com trechos em primeira pessoa, mostrando que Prime 4 não esqueceu as raízes.

As mudanças fizeram bem ao jogo, mas não sem alguns sacrifícios. O Metroid de PlayStation perdeu muito da exploração e não há mais quebra-cabeças para serem solucionados, tudo em favor de mais ação e combate. São perdas realmente sentidas.

Talvez o estúdio Housemarque, assim como nós, também ficou cansado de esperar a Nintendo lançar Metroid Prime 4 e decidiu pegar essa responsabilidade para si.

O jogo poderia ter sido até uma colaboração, como a própria Nintendo fez recentemente com uma versão de Crypt of the Necrodancer de Zelda, mas quis o destino que o novo Metroid fosse um exclusivo de PS5.

"Metroid Prime 4"

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Até que o outro "Metroid Prime 4" aparece para tomar o lugar (e pode nem ser o da Nintendo), é o jogo conhecido como Returnal que detém esse título, e com todas as honras.

*A cópia do jogo foi enviada pela Sony ao START

**O PS5 usado para jogar também foi enviado pela Sony ao START

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