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Bruno Motta, do Xbox: "Estamos investindo para acelerar produção de chips"

Bruno Motta Microsoft aspas - Divulgação/Microsoft
Bruno Motta Microsoft aspas Imagem: Divulgação/Microsoft

Do Start

Em São Paulo

15/06/2021 04h00

A Microsoft fez uma conferência avassaladora na E3 neste domingo (13), mas, no Brasil e em diversos mercados, ainda encara um desafio: onde os consumidores vão poder jogar os 30 jogos anunciados no evento, se o Xbox Series S e X ainda estão em falta?

A solução está vindo - ainda sem data definida. Bruno Motta, gerente sênior de Xbox da Microsoft Brasil, assegura que a empresa está tomando iniciativas."Estamos fazendo uma série de investimentos na cadeia de suprimentos, para acelerar a produção de chips com os nossos parceiros, e em transporte, escolhendo um modal diferente para fazer que o produto produzido chegue mais rápido [ao consumidor]."

Não é o único desafio enfrentado pela empresa. Pouco antes da E3, ela confirmou que seu sistema de Cloud Gaming, que permitirá ao consumidor jogar em nuvem, chegará ao Brasil ainda em 2021. "Há poucos meses, a gente anunciou a expansão de um segundo data center no Brasil", relembra.

"A gente está inclusive trocando agora nosso hardware no data center para garantir que tenham blades de Series X e ofereçam a melhor experiência possível para os consumidores", explica.

Bruno Motta conversou com Start sobre nuvem, lançamentos de E3 e a peça-chave no avanço global da marca: o Game Pass.

Como a falta de Xbox Series X e S no mercado afetou a estratégia do lançamento do Cloud Gaming no Brasil?

Não são assuntos correlacionados. A gente vem fazendo investimento Cloud Gaming há pelo menos três ou quatro anos no Brasil. Desde novembro do ano passado, estamos testando nossa tecnologia no Brasil e atualizando nossos data centers. Então, não é algo que começou agora, é algo planejado para o mercado. E a questão da falta de chips [para Xbox Series S e X] é mundial, ela não é só no Brasil.

Quais são as expectativas com Cloud Gaming?

A Microsoft quer alcançar 3 bilhões de jogadores no mundo. Cada um tem a sua preferência. Console é e vai continuar sendo nossa fortaleza. A gente também vem fazendo investimentos consistentes no mundo de PC. E quem quer jogar em trânsito, em algum lugar que não tem console, teremos a oferta de Cloud Gaming chegando em qualquer lugar. O consumidor já espera entretenimento multiplataforma. Então a gente encara como ofertas adicionais e complementares.

Isso explica a ênfase no Game Pass durante os anúncios da E3? Vários jogos foram reforçados com a mensagem de que estariam disponíveis para Game Pass já no lançamento.

Ele é estratégico para Xbox. Olhando o futuro de gaming, a gente sabe que o consumidor já espera entretenimento multiplataforma e acesso aos jogos onde quer que ele esteja. E o Game Pass é fundamental no mundo todo, mas especialmente no Brasil. Os dados já mostram: somos o quarto maior mercado em total de jogadores, mas o 15o em termos de receita.Isso significa que o brasileiro gosta de jogar muito, mas com um valor que realmente caiba no bolso.

Por falar em especificidade do público brasileiro: como a duração prolongada da pandemia de Covid-19 e do isolamento social no Brasil impactou o mercado? A gente sabe que, no mundo todo, houve um aumento no consumo de jogos. Aqui houve mais?

Apesar de cada região ter tido um período de isolamento mais forte em momentos diferentes, a gente não viu no Brasil um padrão de consumo diferente de outros lugares. Em maio, soltamos uma comparação da quantidade de amizades sendo feitas dentro da Xbox Network.Foram 23 milhões de novas amizades. Mostra o tamanho, o poder, a escala que gaming tem como um todo e um papel muito forte de conectar as pessoas.

E como foram as vendas de Xbox Series S e X, lançados durante essa pandemia, em novembro?

Nós não compartilhamos esse número. A quantidade de jogadores ativos e de engajamento são os indicadores que realmente importam para a Microsoft. O que eu posso te dizer é que a gente ultrapassou a barreira de 100 milhões de jogadores ativos por mês [globalmente]. Em janeiro deste ano, chegamos a 18 milhões de assinantes do Game Pass [globalmente].

Como você avalia o rol de lançamentos anunciados na E3?

O número é fantástico: 30 novos jogos, dos quais 27 vão estar no Game Pass. O que eu chamo atenção é que, falando de Xbox Game Studios, a gente vai ter praticamente um jogo novo first party por mês pelos próximos seis meses. Então Halo Infinite, com o anúncio de multiplayer free to play, pela primeira vez na história; Forza Horizon 5, acontecendo no México, num ponto super legal para a nossa região, em 9 de novembro; Age of Empires 4, chegando para PC 28 de outubro; Psychonauts 2 chegando agora 25 de agosto; e Sea of Thieves, com a expansão de A Pirate’s Life no collab com a Disney. Sem contar as novas franquias que a gente anunciou com um pouco mais de prazo: Starfield, Redfall e Contraband, chegando de 2022 pra frente.