Pepita diz que recebeu ameaça de morte após defender gamer trans
A cantora Pepita recebeu um ataque em massa de jogadores de Free Fire na noite de ontem (20), após defender a influencer Marcella Pantaleão que também sofreu ataque transfóbico de dois influencers de Free Fire, Buxexa e Racha.
A Garena e o Fluxo - organização que Buxexa representava - demitiram os dois gamers após provocarem o campeão brasileiro de Free Fire Bruno "Nobru" por causa de um comentário que ele havia feito nas redes de Marcella Pantaleão: "O Nobru comentou a foto da ruiva lá, botando coraçãozinho no olho, quando fui ver era uma ruiva de três pernas. Ave Maria".
Racha, que também estava na live, comentou: "Eu vi (risos). Minha mulher me mostrou e disse "Nobru comentou nesta foto aqui, mas essa mulher é um homem, ele não sabe não?".
Pepita gravou Stories no Instagram relatando o ocorrido. Pouco depois, também postou prints das ofensas que recebeu por ter se posicionado.
Em seguida, desabafou sobre a constante luta contra os ataques contra figuras da cena LGBTQIA+. Segundo a cantora, as moderações das redes sociais deveriam tomar um posicionamento e restringir esse tipo de atitude.
Estou extremamente esgotada! Hoje pela primeira vez me peguei perguntando se realmente vale a pena essa luta ou se estou dando murro em ponta de faca. O que leva pessoas a te atacarem nas redes sociais por um posicionamento que você teve? Até ameaçada de morte já fui hoje
Pepita, cantora e influenciadora LGBTQIA+
Em seguida, a cantora afirmou: "Está tudo tão tóxico aqui ou é impressão minha? Cadê os administradores dessas redes sociais que não está vendo CRIMINOSOS escondidos atrás de fakes para atacar e ameaçar os outros? TRANSFOBIA É CRIME SIM e NINGUÉM merece sair impune. Chega de brincadeiras que matam VIDAS! CHEGA", desabafou.
Durante a transmissão da 25ª edição da Parada do Orgulho LGBTQIA+, Pepita cravou: " Você já me perguntou se eu aceito você na minha rede social? Então por que você acha o direito de optar na minha vida? O dia que eu precisar de alguma opinião, com certeza não vai ser a sua", finalizou a artista.
A reação da comunidade e do Nobru
Marcella Pantaleão recebeu apoio de outros nomes da comunidade LGBTQIA+ como a ex-BBB e ex-No Limite 2021, Ariadna Arantes, a drag Bianca Della Fancy e a influencer Gabriela Loran. Todas se posicionaram contra a atitude que a comunidade gamer faz com gays e trans dentro e fora dos jogos.
No mesmo dia que atingiu 11 milhões de seguidores no Instagram, Nobru postou o comunicado da Fluxo nos stories e, decepcionado, contou para os fãs, enquanto chorava, sobre o quanto ficou triste com a demissão. Também disse ser responsável pela atitude dos amigos:
Os fãs mandaram energia positiva ao fundador do Fluxo:
"eu sou um menino do bem , só quero fazer o meu e conquistar o mundo." - nobru , você não tem culpa de nada meu amor te amo @nobru pic.twitter.com/wtCbOv7gGm
-- lohaine (@its_mynobru) June 20, 2021
Como evitar ser transfóbico(a) no Free Fire e em outros jogos?
Transfobia se combate com informação. Pessoas transgênero enfrentam uma constante luta para viver sua identidade, principalmente no Brasil, o país recorde que mais mata trans. Nos últimos nove anos, o Brasil matou ao menos 868 travestis e transexuais. A melhor forma de evitar ser banido, perder a conta do jogo por transfobia, machismo, racismo etc, é respeitar.
Seja qual for o gênero, cor, raça, orientação sexual e como a pessoa se identifica dentro ou fora dos jogos: atacar não é a melhor solução. Não entender como tratar ou lidar com algo que não conhece não é errado, mas atacar, fazer piada de forma preconceituosa, sim.
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