Funcionários da Activision Blizzard publicam carta aberta contra assédio
Após a Activision Blizzard ser processada por racismo e assédio a mulheres e homens no trabalho, a empresa disparou um comunicado oficial, assinado pela executiva Frances Townsend (do departamento que atende mulheres na empresa), apontando que as acusações são falsas. O comunicado diz que os casos são "antigos e distorcidos", além de ferir a "cultura" da empresa.
Segundo o Kotaku, mais de mil funcionários e ex-funcionários da Activision Blizzard assinaram uma carta aberta criticando a resposta pública da empresa como "abominável e ofensiva a tudo que a empresa deveria representar".
Confira abaixo trechos do abaixo-assinado:
"Acreditamos que essas declarações [em relação ao processo] prejudicaram nossa busca por igualdade dentro e fora de nossa indústria. Categorizar as alegações como 'distorcidas e, em muitos casos, falsas' cria uma atmosfera empresarial que desacredita as vítimas. Também coloca dúvidas sobre a capacidade das empresas responsabilizarem os agressores por suas ações e promoverem um ambiente seguro para possíveis vítimas no futuro. Essas declarações deixam claro que a liderança não está colocando nossos valores em primeiro lugar.
Os executivos da nossa empresa alegaram que ações serão tomadas para nos proteger, mas [?] com as respostas oficiais preocupantes que tivemos, não confiamos mais que nossos líderes colocarão a segurança dos funcionários acima de seus próprios interesses."
A carta encerra pedindo declarações oficiais e a renúncia de Townsend do cargo de executiva da rede de funcionários da Activision Blizzard King (ABK) que atende mulheres.
Resposta de Chris Metzen, cocriador de Diablo
Recentemente Chris Metzen, ex-presidente e cocriador de Diablo na Blizzard, lançou em seu Twitter sua declaração sobre o processo do estado da Califórnia contra a Activision Blizzard.
"Nós falhamos e eu sinto muito. Para todas vocês na Blizzard - aquelas que eu conheço e as que eu nunca encontrei - ofereço as mais profundas desculpas pelo papel que cumpri em uma cultura que abrigou assédio, desigualdade e indiferença."
"Não há desculpa. Nós falhamos com muitas pessoas quando elas precisavam de nós, pois tínhamos o privilégio de não notar, não engajar e não criar o espaço necessário para as colegas que precisavam de nós como líderes. Queria que meu pedido de desculpas pudesse fazer alguma diferença. Não faz."
Chris ainda admite que alguns de seus funcionários foram prejudicados por sua omissão em não perguntar e ouvir o que houve com seus subordinados.
"Nós temos que estar presentes o suficiente e dispostos a PERGUNTAR quais são as experiências delas no dia a dia - e então fazer tudo que pudermos para apoiá-las com o respeito, dignidade e oportunidades que elas merecem."
"Mais do que fazer a escolha consciente de agir dessa maneira, nós precisamos consistentemente e cuidadosamente moldar este comportamento a todos ao nosso redor, cobrar responsabilidades (e estar pronto para assumir responsabilidades) e ouvir a todas as etapas do jogo."
Vale lembrar que o processo, divulgado há cerca de uma semana, revela vários casos de racismo e assédio sexual de que as mulheres da empresa foram vítimas e as chefias estavam cientes, mas que não fizeram nada para resolver.
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