Review: Pokémon Brilliant Diamond é 'respiro' antes da revolução de Arceus
Existem algumas poucas certezas nessa vida: a morte, os impostos... e o remake de jogos antigos de Pokémon. É assim desde 2003, quando Pokémon FireRed e LeafGreen foram lançados para o Game Boy Advance. Agora, a tradição chega ao Nintendo Switch com Brilliant Diamond e Shining Pearl, reimaginando a quarta geração da série.
Confira abaixo os primeiros 10 minutos de gameplay de Pokémon Brilliant Diamond. A review continua logo depois:
Esses remakes chegam em um ponto de virada na franquia. Olhando o histórico recente no próprio Switch, dá para notar que a fórmula tem passado por várias experimentações. Let?s Go Eevee e Let's Go Pikachu, por exemplo, mesclavam a estrutura dos primeiros jogos com mecânicas de Pokémon Go. Já os títulos da oitava geração, Sword e Shield, mudaram drasticamente a exploração pelo mapa e introduziram as transformações Dynamax e Gigantamax, que fazem das batalhas uma rinha de monstros gigantes bem mais caótica e imprevisível.
Então, que novidade maluca os remakes de Diamond e Pearl poderiam trazer para revirar as bases da série? A resposta não poderia ser mais genial: absolutamente nenhuma! A maior surpresa de Brillant Diamond e Shining Pearl é seu esforço para não surpreender. O retorno ao continente de Sinnoh é também uma estadia prolongada em uma aconchegante zona de conforto.
Talvez um dos motivos seja o fato de que esses jogos não foram desenvolvidos pela Game Freak, mas sim pela ILCA, estúdio japonês fundado em 2010 e responsável pelo aplicativo Pokémon HOME. Eles foram extremamente fieis e respeitosos aos jogos originais do Nintendo DS. Isso pode ser percebido imediatamente na direção de arte, que abre mão dos personagens mais detalhados de Sword e Shield para recriar, em 3D, a estética dos bonequinhos cabeçudos dos RPGs antigos.
A abordagem conservadora não impediu melhorias pontuais. Embora superficialmente pareçam os mesmos jogos de 2006, os remakes receberam ajustes que dinamizam a experiência. Assim como em games mais recentes, os pontos de XP das batalhas são compartilhados com todos os monstros da equipe. A exploração geral foi muito facilitada com um aplicativo do Pokétch dedicado apenas ao uso de HMs.
A maior mudança, porém, é o Grand Underground. Essa área subterrânea já existia nos jogos originais, mas foi atualizada com esconderijos temáticos onde pokémons de vários tipos podem ser capturados. Geralmente, eles são mais fortes do que os membros da sua equipe (especialmente na primeira metade do jogo). Toda essa área é opcional e pode ser ignorada por quem preferir uma jornada mais próxima da original, mas é uma alternativa interessante, especialmente para prolongar a diversão após a conclusão da história principal.
O respeito da ILCA pelos jogos originais é tamanho que ficamos com a sensação de que foi perdida a oportunidade de criar uma versão definitiva dos jogos da quarta geração. Não há nada parecido com a riqueza de conteúdo vista em remakes anteriores, especialmente em Heart Gold e Soul Silver. Os personagens e histórias exclusivos de Pokémon Platinum não foram adaptados. Faltou polimento em alguns aspectos - não podemos usar a tela de toque para controlar os menus e batalhas, por exemplo, o que é injustificável.
Algumas pessoas poderão considerar frustrante jogar os relançamentos se não há grandes surpresas e novidades. No entanto, o sentimento que eu tive de reviver a experiência quase intocada desses jogos foi reconfortante. Foi como um retorno às bases; uma pausa para respirar e curtir despretensiosamente antes de partir para o que provavelmente será a maior reformulação dos jogos da série: Pokémon Legends: Arceus, previsto para 28 de janeiro.
Ao melhorar sutilmente pontos que hoje seriam irritantes, e ainda asism preservar a essência da nossa nostalgia, Brilliant Diamond e Shining Pearl chegam como um abraço quentinho, que nos remete diretamente a tempos mais simples - talvez exatamente o que precisamos em tempos tão difíceis e pesados na nossa vida aqui fora.
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