Jogamos (?): Matrix Awakens é mais peça publicitária do Unreal que do filme
Divulgado com enorme expectativa durante a premiação The Game Awards, na madrugada desta sexta (10), Matrix Awakens vai frustrar os fãs da franquia de filmes - e também os de games em geral.
A "experiência" nada mais é do que uma peça promocional do motor Unreal, utilizado em diversos jogos. Há pouco o que fazer e nada é revelado sobre Matrix Ressurrections, o quarto filme da série, previsto para estrear no Brasil em 22 de dezembro.
O início é promissor: Keanu Reeves começa um dos monólogos típicos de seu personagem, Neo, questionando o que é a realidade. Quem é real: Neo na versão que conhecemos do filme de 1999? Ou o atual, do novo longa-metragem? Ou ainda, talvez, o próprio ator Keanu Reeves? Todos se misturam.
Há uma quarta opção: a versão digitalizada (e rejuvenescida) de Neo/Keanu, adicionada a um carro numa perseguição em alta velocidade, dirigido por Trinity (Carrie-Anne Moss).
"O marketing disse precisávamos de uma cena de ação", ela brinca. Se o mundo atual está obcecado pelo "metaverso" (que Matrix já havia "inventado" 22 anos atrás), resta à franquia outro "meta" mais prosaico: a metalinguagem. Eles sabem que são uma peça publicitária. (Afinal, o que é real?)
Keanu sai de cena, e uma nova personagem, no banco de trás, finalmente permite que o jogador assuma o controle. É com ela que vamos atirar nos carros em perseguição.
Praticamente não é preciso mirar - afinal, tudo isso é só uma desculpa para mostrar Unreal em ação. A própria Trinity diz que a cena parece "unreal", ou irreal, em português. Outra piscadinha para o público.
Quem é essa nova personagem? O que ela deseja? Não sabemos. Só sabemos que ela está na Matrix para ser "treinada". Uma pena que o treino de tiro termine tão rápido (e tão fácil), passando para a experiência final: um passeio por uma enorme cidade gerada pelo Unreal.
Para os desenvolvedores de jogos ou fãs que gostam de saber dos bastidores, esse trecho é até revelador. Você pode habilitar ou desabilitar todas as camadas de gráficos que tornam as construções 3D do Unreal tão realistas. A luz, os polígonos, a resolução. Você pode mudar tudo. Para usar uma mitologia no cânone de Matrix, você é o "Arquiteto".
Mas não há mais nada para se fazer. Como a nova personagem, você pode andar, dirigir um carro ou voar para explorar essa cidade fictícia. Alguns pontos no mapa indicam meras placas que exaltam ainda mais as qualidades do Unreal.
E... é só isso.
Curiosamente, a peça publicitária do Unreal acaba provando o inverso: um jogo não significa muita coisa se a única preocupação é com os gráficos e não com a jogabilidade. É hora de desplugar da Matrix.
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