No The Game Awards deste ano, os estúdios se estapearam para ver quem conseguiria fazer o anúncio mais hypado. Ainda que grandes produções tenham sido o foco do público e da premiação, um jogo chamou a atenção por sua premissa despretensiosa: Rumbleverse, o novo battle royale da Iron Galaxy.
Pensou em battle royale, pensou em Fortnite, PUBG, Free Fire, e por aí vai. O gênero, muito explorado por quase todos os grandes estúdios, ganhou reimaginações ao longo dos anos, virando sinônimo de território livre para testar armas, skins e, claro, fomentar um cenário competitivo.
Rumbleverse parece que chegou para tirar sarro (de um jeito bom) de tudo isso:. Ele sequer tem armas. É um battle royale de luta, em que os adversários precisam estar BEM perto um do outro para causar dano com socos, voadoras e combos especiais. Snipers do Warzone? Não aqui.
Pancadaria divertida
À primeira vista, Rumbleverse lembra uma mistura de Brawhalla com Fortnite. Gráficos coloridos, personagens personalizáveis com skins que vão desde uma cabeça de gato até coturnos pretos e dancinhas.
Na versão beta a que START teve acesso, uma grande parte do vestuário estava desbloqueada, deixando a experiência bem divertida. A cada partida, mudei o estilo do meu personagem, para testar se por um acaso os corpos maiores causavam mais dano (não causam).
Quando os 40 jogadores caem no ringue (a "área jogável"), é cada um por si. Como de costume nos battle royales, o mapa vai diminuindo com o tempo, obrigando os adversários a se encontrarem para a treta.
Como é um jogo de luta, as "armas" principais são justamente os punhos e os pés. Lembrando minhas experiências nos arcades dos anos 90, cheguei na galera apertando todos os botões para ver o que dava certo. Surpreendentemente, minha curva de aprendizado foi muito mais rápida do que naquelas máquinas gigantes (que tinham bem menos botões do que um teclado).
Itens de cura e armas brancas, como bastão de beisebol, aparecem pelo mapa. Se você elimina um adversário que segurava uma arma, ela é dropada para você. Habilidades especiais, como voadoras, estão espalhadas como "livros" que o jogador pode "ler" e aprender. Por vezes, comecei a dançar sem querer enquanto tentava aprender os novos combos. Acontece.
Passe de Batalha e desafios
Outra característica bem comum nos battle royales são os Passe de Batalha. Na versão beta de Rumbleverse, não tivemos acesso aos níveis e itens desbloqueáveis, mas quando o jogo chegar em fevereiro, a função já estará disponível. Desafios na aba de tarefas ajudarão os jogadores a subirem de nível.
E, claro, não podia faltar a moeda própria. As Brawlla Bills, como serão chamadas, ainda não tiveram seus preços divulgados. Mas, pelo que deu para explorar no beta, serão utilizadas de forma similar ao Fortnite, para adquirir o Passe e trajes na loja de itens.
A treta vale a pena
Ainda que a versão beta não estivesse finalizada, já deu para ter um gostinho da diversão que é Rumbleverse. Sim, é um gênero batido, mas ele traz outros ares justamente quando ninguém aguentava mais novos lançamentos de battle royales.
Talvez ele não concorra diretamente com os games cheios de armamentos, mas garante, sem dúvidas, jogatinas divertidas. A experiência me lembrou aqueles instantes em que, nos jogos FPS, eu saía atacando os inimigos só com faquinha para dar uma emoção. Rumbleverse é exatamente esse momento, mas todo mundo com roupas coloridas correndo atrás do outro para tentar encaixar um soco no momento certo.
Se Brawhalla e Fortnite tivessem um filho, ele seria o Rumbleverse. E seria o filho prodígio da família.
Rumbleverse será um jogo gratuito para Xbox One, Xbox Series X|S, PS4, PS5 e PC (via Epic Games Store). Seu lançamento está previsto para 8 de fevereiro de 2022, com cross-play e cross-gen, e os jogadores que se interessarem podem se inscrever para o acesso antecipado no site oficial.
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