Pokémon Legends Arceus: 5 mudanças radicais na franquia que aprovamos
O anúncio de Pokémon Legends: Arceus foi a grande surpresa reservada para a celebração do aniversário de 25 anos de Pokémon. Desenvolvido pela própria Game Freak, que chegou até a terceirizar a produção dos remakes de Diamond e Pearl, o jogo apresentava desde o seu trailer inicial uma proposta que parecia muito diferente das convenções da série.
O que vimos ali prometia uma grande liberdade de exploração pelos habitats naturais dos pokémon, assim como novas formas de capturar e batalhar com os monstrinhos. Tudo com uma ambientação inspirada pelo Japão feudal, revelando detalhes do passado do continente de Sinnoh, uma das regiões mais interessantes e importantes da mitologia da franquia.
Tantas promessas levantaram também muitas dúvidas sobre como tudo isso se daria na prática e que impacto o novo jogo poderia ter na futura nona geração. Especialmente porque a Game Freak costuma ser bem conservadora na hora de mexer na série.
O que Pokémon Legends: Arceus muda na fórmula clássica? E essas mudanças são de fato positivas? Aqui vai uma lista de 5 novidades muito significativas:
1) A influência dos jogos de mundo aberto
Quando batemos o olho em Arceus, a comparação imediata é com The Legend of Zelda: Breath of the Wild. Mas a verdade é que o jogo faz um sopão com muitas contribuições da indústria japonesa para o gênero de mundo aberto, como Monster Hunter e Phantom Pain.
Em vez de progredir da sua cidade natal por rotas e cavernas que ligam todos os pontos importantes do continente, agora você viaja sempre partindo de uma base central (a vila Jubilife) para áreas específicas do mapa. Essas áreas, que são limitadas e não se conectam entre si, devem ser exploradas para preencher sua pokédex e realizar missões para os moradores da vila.
As vantagens e desvantagens disso são as tradicionais desse estilo de jogabilidade. O formato enaltece um sentimento de liberdade e exploração não-linear, mas, ao mesmo tempo, escancara rapidamente a pouca variedade de possibilidades e missões. Quase todas envolvem capturar um pokémon específico ou juntar uma certa quantidade de ingredientes.
2) Capturando como um ninja
Chama atenção logo de cara a mudança na mecânica de captura dos monstros. Agora você pode evitar a batalha, simplesmente arremessando uma pokébola enquanto o pokémon desejado está de bobeira pelo cenário.
O ideal é que o alvo esteja distraído, alheio à sua presença, o que traz à dinâmica elementos marcantes de jogos de furtividade (stealth). A grama alta, que antes representava área de risco, agora é o esconderijo mais seguro para se aproximar do alvo. Outros itens, como alimentos e bombas de fumaça, aumentam as chances de sucesso.
Se tudo isso falhar (ou se você só estiver sem paciência) a boa e velha batalha pra enfraquecer o bicho segue sendo uma opção. E, por falar em batalhas, elas também passaram por mudanças importantes.
3) Batalhas mais dinâmicas, porém mais simples
As batalhas são muito mais ágeis e objetivas. Todas as ações foram facilitadas pelo novo menu. Os combates, embora ainda funcionem em turnos, fluem em um ritmo muito mais objetivo.
Há dois novos estilos para executar os ataques, Strong e Agile, que consistem basicamente em sacrificar velocidade por mais poder ofensivo ou vice-versa.
Mas não espere de Arceus toda a complexidade de opções que se acumularam pelas 8 gerações da série principal. O número de golpes foi bastante reduzido, as habilidades (abilities) ficaram de fora, não há a opção de fazer seu pokémon carregar um item, entre outros detalhes.
Todas elas são estratégias comuns no cenário competitivo dos jogos da série principal. Competição definitivamente não é o foco aqui.
4) O jogo é outro nas lutas contra os chefes
Pra quebrar um pouco a ideia de que o treinador pokémon é um tirano que fica tranquilão mandando seus amigos pra rinha, quem bate de frente e assume o risco mas lutas contra os chefes do jogo é o seu personagem.
Esses chefes são os chamados Noble Pokémon, que misteriosamente entraram em um transe e passaram a agir de modo muito violento.
As lutas são divididas em duas etapas: a primeira funciona como um jogo de ação em tempo real, onde você se esquiva dos golpes e vai atingindo o bicho arremessando itens para tranquilizá-lo. De tempos em tempos, surge uma brecha para enviar seus próprios pokémon para ajudar, que é a etapa onde a luta se desenrola como um combate normal por turnos.
Esses confrontos são o clímax de Arceus, tanto pela intensidade da ação toda quanto pela importância na história do jogo, dividindo bem os capítulos de cada área.
5) A expansão das histórias do mundo de Pokémon
Para além das mecânicas, Arceus abre novas possibilidades também para nos aprofundarmos nas histórias do mundo de Pokémon a na forma como elas são contadas.
É muito interessante a decisão de focar no passado da região de Sinnoh, a mais importante para a compreensão das origens daquele mundo. Basta dizer que é na figura de Arceus que temos um mito da criação do universo e, posteriormente, do tempo e do espaço (Dialga e Palkia, respectivamente).
Isso permite que o jogo faça alguns comentários sobre conflitos religiosos e nossa relação com o desconhecido, o que adiciona camadas não só à história vista em Diamond e Pearl, mas também à mitologia geral da série.
Não é absurdo supor que o mesmo pode ser feito com outros continentes no futuro. O próprio nome abre a possibilidade de que poderemos ver outras versões de Pokémon Legends, cada uma focando em um lendário diferente.
Pokémon Legends: Arceus é uma bem-vinda releitura na estrutura da série, ainda que limitada pelas particularidades da própria proposta. É como um ensaio, um experimento com as possibilidades da fórmula, que tem potencial para ser o início de uma nova série e também deixar suas marcas na inevitável nona geração.
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