Exatos 25 anos atrás, o primeiro Gran Turismo chegava para PlayStation com um pacote irresistível. Gráficos muito bons (para a época), carros "de verdade", jogabilidade voltada para o realismo e o bom e velho sistema de progressão, que envolvia ganhar dinheiro, melhorar o carro atual, ganhar mais dinheiro, comprar um carro mais potente e assim por diante.
De lá para cá, a série colecionou enormes acertos, como Gran Turismo 4, alguns erros, como Gran Turismo Sport. De qualquer forma, acabou virando sinônimo de game de corrida, a ponto de ter sua logomarca estampada em autódromos e carros de competição reais.
Agora é a vez de Gran Turismo 7, marcado para 4 de março em versões para PlayStation 4 e PlayStation 5. START assisitiu a um conteúdo exclusivo sobre o jogo e também participou de uma sessão de perguntas e respostas com o criador da série, Kazunori Yamauchi.
E, pelo o que foi visto, o novo game tem tudo para retomar os dias de glória.
Homenagem ao passado
Gran Turismo 7 não esconde em nenhum momento que busca um retorno às origens. Fãs mais antigos notarão isso assim que entrarem no game. Saem de cena os menus insossos, vistos a partir de Gran Turismo 5, e volta o tradicional mapa, no qual os jogadores selecionam todas as atividades disponíveis por meio de ícones.
Há locais para comprar novos carros, para instalar aprimoramentos nos que você já possui e até mesmo um café, onde você pode acompanhar sua progressão e aprender mais sobre a história de modelos icônicos.
A ideia ao trazer esse conteúdo mais aprofundado, segundo Yamauchi, é resgatar uma cultura automotiva que se perdeu ao longo do tempo.
"Além de um game, Gran Turismo sempre foi uma espécie de enciclopédia sobre carros. Essa característica está bem presente no novo jogo, por mais que seja mais difícil tratar sobre a cultura automotiva nos dias de hoje", comenta o produtor.
Outro ponto que o game pretende retomar é o senso de progressão. Prepare-se para começar o game com um carro mais simples e ir aprimorando sua garagem conforme se dá bem nas corridas e acumula prêmios em dinheiro.
Sobe o som e acelera!
Além de modos mais tradicionais, como as provas para tirar carteira de motorista, missões específicas, campeonatos e corridas isoladas, Gran Turismo 7 também terá um modo que lembra games como Out Run.
Nessa modalidade, a meta é ouvir músicas até o fim. Você começa com um determinado número de batidas restantes e, conforme pilota pela pista, esse número vai diminuindo, mas é restabelecido ao passar por checkpoints.
Segundo Yamauchi, esse modo visa entreter um público mais casual ou, ainda, servir como forma de relaxar após corridas mais tensas.
A música também é protagonista de outro modo, uma espécie de replay musical. Aqui, o jogo gera automaticamente ângulos de câmeras de forma a combinar a imagem mostrada com o áudio.
O motor voltou a rugir
Motivo extra para apurar os ouvidos: o ronco abafado dos motores, que vinham sendo criticados nos últimos anos por não transmitirem a sensação de se pilotar um veículo realmente poderoso, recebeu um cuidado especial em GT7.
A equipe de produção analisou todos os elementos presentes na pista e que emitem algum tipo de som - não só carros, mas também itens do cenário.
"A partir daí, também levamos em conta os tipos de materiais que cercam essa fonte de som, para definir se as ondas sonoras serão absorvidas ou refletidas", explica Yamauchi. Esse nível de sofisticação deverá ser curtido ainda mais por quem jogar usando fones de ouvido.
Ainda segundo o produtor, esse nível de atenção aos detalhes acaba sendo uma marca da série, que nunca teve medo de inovar.
"Originalmente, Gran Turismo foi um game muito experimental. Passados 25 anos, ele continua com essa característica. Isso porque toda a equipe original continua trabalhando no game. E colocar ideias inovadoras em prática só foi possível porque a série ganhou o coração e o apoio dos fãs", diz.
Esperto na garagem, aventureiro na pista
Quem está mais interessado na parte mais pura da experiência provavelmente não irá se decepcionar. Serão 400 carros no lançamento, entre modelos atuais, antigos e lendários. Obviamente, a previsão é que esse catálogo cresça com novas atualizações e conteúdos adicionais.
Os carros podem ser personalizados tanto em termos visuais quanto mecânicos, com a instalação dos mais variados recursos.
Apesar de ser uma função tradicionalmente "cabeçuda", que rende mais para quem tem conhecimento técnico, Yamauchi garante que mesmo os leigos poderão aproveitar o sistema.
"Novos jogadores ou quem não tem familiaridade com conceitos técnicos encontram opções predefinidas, que permitem experimentar essa customização e obter melhorias de desempenho. Além disso, teremos materiais de referência para ajudar quem está começando e quer aprender mais", comenta.
Serão 34 pistas diferentes, entre circuitos reais e fictícios. Elas podem ter configurações diferentes, o que resulta em um total de 90 traçados distintos. Ao todo, são mais de 100 eventos de corrida e variações como disputa contra o relógio e provas de drift.
Boa parte dessas pistas terão clima dinâmico e sistema de passagem de tempo, com direito a um céu noturno que imita com perfeição o céu da região em que estão localizadas. Mas isso será melhor aproveitado em circuitos com corridas de longa duração, como Le Mans.
Mais FPS ou luz mais realista?
Quando perguntado sobre qual foi o maior desafio na hora de desenvolver o game, Yamauchi afirma, sem titubear, que foi criar versões diferentes para PlayStation 4 e PlayStation 5. Porém, ele fez questão de tranquilizar quem pensa que, por haver uma versão para o console antigo, o título chegará "capado" ao PS5.
Gran Turismo sempre foi referência em termos gráficos e com Gran Turismo 7 isso não será diferente. Yamauchi ressalta que poder usar Ray Tracing no jogo é um sonho antigo.
"Ray Tracing em tempo real era algo que demandava computadores enormes lá no começo, em 1997. Esse é, talvez, o principal elemento que sempre quisemos usar, mas só conseguimos agora", resume.
Ainda assim, haverá limitações. Os jogadores terão que escolher entre um modo que privilegia a performance, com taxas mais elevadas de quadros por segundo, ou usar a tecnologia de iluminação. A boa notícia é que, mesmo com o Ray Tracing desligado, GT7 se mostra capaz de agradar (e muito!) os olhos dos jogadores.
Sobre a inteligência artificial nas corridas contra o computador, Yamauchi diz que houve aprimoramentos, mas é bom não esperar milagres.
"Há muitas coisas envolvidas na programação de uma inteligência artificial. Em Gran Turismo Sport, a IA do game podia pilotar de forma mais agressiva, com movimentos mais parecidos com os dos humanos. Mas, nessa área, ainda há muito a se evoluir", afirma.
Ou seja: quem quiser um desafio de verdade e mais realista encontrará isso no modo online do game, que tende a aproveitar bastante do que foi visto em Gran Turismo Sport.
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